Um diário para recomeçar

Vi esse livro em uma promoção na Amazon e me interessei pelo titulo. Como vi que era um livro curto decidi passa-lo a frente de outros que já estavam esperando na estante, livros assim são ótimos para um período de ressaca literária porque são bem levinhos e rápidos de ler. 

Um Diário Para Recomeçar

Katie finalmente encontra o homem da sua vida, ele é tudo aquilo que ela sempre esperou: atencioso, gentil e nada se compara com a ligação que existe entre eles. Mas, de repente sem nenhuma razão aparente, ele decide terminar o relacionamento e vai embora. Algum tempo depois, Katie recebe em sua casa um diário, onde ela encontrara a explicação do porque ele a deixou. 

O que eu achei?

O livro é bem curtinho e a leitura é leve, desperta bastante a curiosidade para saber sobre o que acontecera na história retratada no diário e o impacto que ela causara na vida da personagem. Sendo assim, é uma leitura ótima para quem gosta do gênero e quer algo leve para enfrentar uma ressaca literária. Apesar do autor ser mais famoso por sua escrita de thriller policial, eu gostei muito de como ele se aventurou nesse novo gênero de romance e é o segundo livro dele que leio, logo entrara na lista algum livro dele policial para saber qual estilo do autor eu gosto mais. 

Escritor: James Patterson

Editora: Buzz

Ano: 2019

Nota: 8

O amor entre duas pessoas pode durar muito tempo quando elas amam a si mesmas e estão prontas para dar amor a outra pessoa.

O Clube P.S. Eu Te Amo

O filme do livro P.S. Eu Te Amo é o meu filme de romance favorito da vida, eu já assisti não sei quantas vezes e não me canso (ultimamente tem sido difícil assistir porque não tem em nenhum streaming, tinha saido na Amazon, mas já sumiu, alguém me ajudaaa) O livro em relação ao filme tem algumas diferenças, mas em relação ao todo, eles são bem parecidos e eu amo os dois. 

O Clube P.S. Eu Te Amo

Holly foi convidada para gravar um podcast falando sobre a sua experiência com o luto após a morte de seu marido Gerry. Na gravação ela explica como foram os primeiros meses sem a presença dele e como as cartas que ele havia deixado para ela foram um alivio em um momento tão ruim. Logo Holly começou a ser procurada por uma senhora que gostaria de saber mais detalhes sobre o que ela havia dito no podcast, o pedido da senhora era insistente e urgente. Algumas semanas depois Holly descobriu o porque, aquela senhora tinha pouco tempo de vida e o podcast lhe deu a ideia de fazer como Gerry e deixar um presente para a sua família quando ela partisse, com essa descoberta ela também conheceu outras pessoas que assim como a senhora, gostariam da ajuda de Holly para se despedir de seus entes queridos. Depois de muita dificuldade em aprender a lidar com isso, em refletir sobre o porque das cartas de Gerry, o porque daquelas pessoas estarem precisando da sua ajuda, Holly entendeu que era necessária a existência do clube P.S. Eu Te Amo.

O que eu achei?

Como já mencionei antes P.S. Eu te amo é o meu filme de romance favorito na vida, eu me identifico muito com a personagem da Holly em vários aspectos e simplesmente amo essa história (Gerard Butler também é meu ator favorito, então conta mais pontos nessa também hahaha). Geralmente eu fico com medo de continuações quando eu já acho perfeito o primeiro livro (ou filme) e me sinto aliviada em dizer que o clube P.S. Eu Te Amo não me decepcionou em nada, antes mesmo do primeiro capitulo eu já estava emocionada e na maioria dos capítulos desse livro eu chorei. O livro fala muito sobre o luto e achei muito necessária essa continuação, a vida da Holly precisava continuar, mas Gerry nunca seria esquecido. A história do clube eu achei muito incrível e muito real, existem muitas pessoas que estão naquela situação e o maior medo de cada uma é ser esquecida ou não ter tempo de se despedir de seus entes queridos, é claro que é algo muito delicado e não funcionaria para todo mundo, afinal cada um tem a sua maneira de lidar com a perda e o luto, mas essa ideia pode ser um conforto para alguém, como foi para os personagens dessa história. A leitura é fluida e em muitos momentos também é divertida, mas é um livro que fala sobre a morte e o luto, então em alguns outros momentos é melhor ter um lencinho por perto. Enfim, eu recomendo muito essa leitura, para quem gosta de um livro de romance que mexe com as emoções é o livro certo. 

GATILHOS: O livro fala sobre morte, perda e luto.

Escritora: Cecelia Ahern

Editora: Harper Collins

Ano: 2020

Nota: 10

Mire na lua, porque, mesmo se errar, vai acertar as estrelas.

Desventuras em Série 10 - O Escorregador de gelo.

Após aproximadamente 2 anos, retornei aos livros da coleção Desventuras em Série, finalmente estou chegando ao final, faltam 3 livros agora. 13 livros e praticamente também 13 anos para ler, história longa, sequencia longa. Precisava mesmo de uma pausa. 

O escorregador de gelo

Mais uma vez os órfãos Baudelaire estão no meio de uma grande fuga e mais uma vez o conde Olaf consegue atingir o seu objetivo em atrapalhar a vida das crianças. Elas são separadas, Sunny é raptada por Olaf e sua trupe, enquanto Klaus e Violet são jogados montanha abaixo com destino a morte. Ainda bem que as crianças são espertas e conseguem escapar, conhecem um novo amigo e continuam a sua investigação do que seria a ordem C.S.C.

O que eu achei?

Foi bom eu ter dado uma pausa na leitura de Desventuras em Série, fazia 2 anos que eu não pegava nenhum livro dessa sequencia, foi bom para desprender daquele looping que eu havia entrado. Já mencionei antes que esse tipo de série com muitos livros acaba por se tornar cansativa e repetitiva (senti isso nesse box e também já senti em Anne de Green Gables). Mas, acredito que com essa pausa a minha curiosidade pela história cresceu de novo e quando voltei a leitura foi melhor. Nesse decimo livro continuamos acompanhando os órfãos Baudelaire em mais uma aventura escapando do conde Olaf, mais uma vez as crianças precisam usar as suas habilidades para sair das dificuldades e o legal é que agora também descobrimos a razão de cada criança ter conseguido desenvolver uma habilidade diferente. O que move a história agora não é mais o simples problema do conde Olaf querer a fortuna das crianças, mas sim todos os mistérios que envolvem uma organização secreta.  O livro é curto, a história não é muito fluida, mas é envolvente. O autor continua fazendo parte da história com as suas explicações, mistérios e repetições. Apesar de todos os avisos, sigo tentando terminar essa leitura "desagradável". 

Escritor: Lemony Snicket

Editora: Seguinte

Ano: 2004

Nota: 6

Paris Para (-d-o-i-s-) Um

Queria ler esse livro desde a época que li Como eu Era Antes de Você. Não sabia muito bem do que se tratava, sabia que era romance, e se tem Paris no meio com toda certeza me interessa. Então em uma oportunidade passando pelo shopping naquelas feirinhas de livro, comprei e já li.

Paris para um

Esse é um livro de contos e o titulo é do primeiro conto que encontramos nele. Ele possui dez contos curtos, românticos e divertidos.

O que eu achei?

A experiência de leitura dos livros de Jojo Moyes é delicada e agradável, esse livro é um compilado de dez contos curtos onde podemos encontrar histórias animadas e românticas. A leitura flui bem e é possível terminar o livro de uma vez só, para uma época de ressaca literária ele é uma boa pedida. Os meus contos preferidos foram: Paris para um (animado); Assalto (divertido); O casaco do ano passado (emocionante) e Lua de Mel em Paris (romântico). 

Escritora: Jojo Moyes

Editora: Intrinseca

Ano: 2017

Nota: 7

A Garota do Lago

Comprei esse livro em uma promoção da Amazon, passou a frente de muitas leituras porque ultimamente estou nessa vibe de ler e assistir sobre mistério, suspense e crime.

A Garota do Lago

Becca é uma estudante de direito que está sempre focada nos estudos. Em um fim de semana antes das provas finais, ela decide ir até a casa dos pais na beira do lago em Summit Lake para focar nos livros e estudar. O que ela não sabia é que esses seriam os seus últimos dias de vida. Becca foi brutalmente assassinada dentro de casa. Os habitantes da pequena cidade criavam teorias de quem poderia ter cometido tal atrocidade, reuniam os fatos e suspeitas, mas não conseguiam chegar a nenhuma conclusão. Kelsey é uma grande reporter, mas depois de ter sofrido um grande trauma, ela estava afastada da redação, o seu chefe encontra na história de Becca uma oportunidade de trazer de volta a sua reporter e a envia para Summit Lake. Ao chegar na cidade ela começa a investigar o caso e descobre que as coisas não são superficiais como parecem, existe muito mais história por trás daquela cena de crime. 

O que eu achei?

Eu realmente gostei muito da história, é um livro fácil de ler e não é muito longo, mais uma vez tive sorte de encontrar uma leitura fluida com capítulos curtos (obrigada mais uma vez ao escritor). A Garota do Lago nos traz o mistério da morte de uma estudante que estava sozinha em casa, aos poucos conseguimos reunir pistas do que estava acontecendo na vida dela antes do fatídico dia, essa maneira de contar a história preparando o leitor para o clímax é uma experiência incrível, a cada capitulo você fica mais ansioso para descobrir quem é o assassino. Esse livro intercala cada capitulo com o que aconteceu antes do dia da morte da garota, e o que esta acontecendo depois enquanto a reporter investiga o caso para uma matéria e isso realmente facilita a leitura porque gera muita curiosidade. Eu tinha um suspeito e depois larguei ele de mão, porque outras coisas que aconteceram no meio da história tornaram quase impossível que eu tivesse razão, mas no final descobri que eu tinha e que o autor conseguiu me manipular direitinho.  Simplesmente amei o livro e a dinâmica em que a história foi apresentada, também gostei da mensagem de superação no final, como a personagem depois de investigar a história se sente preparada para enfrentar seus próprios traumas. Apesar de todas essas características que contribuem muito para facilitar a leitura, esse é um livro muito complicado por conta do tema que ele aborda e também pela violência que é apresentada, se você é sensível a assuntos como estupro recomendo que você tenha mais calma com essa leitura, porque nela tem muitos gatilhos. 

Escritor: Charlie Donlea

Editora: Faro Editorial

Ano: 2016

Nota: 9

"... e até agora fui incapaz de descobrir alguém que pudesse ter odiado Becca Eckersley. A garota não tinha inimigos. 

- O que nos conduz à única outra categoria de alguém capaz de assassiná-la.

- Que é...?

- Alguém que a amava..."

Dez coisas que aprendi sobre o Amor

 

Comprei esse livro na ultima Bienal que fui (pelo que me lembro). Quando cheguei em casa, lembrei também que já tinha lido esse livro e não havia gostado muito. Mas, eu tenho aquela de que depende do momento, as vezes você não esta sensível para entender a mensagem do livro, lembro que da primeira vez não gostei, mas dessa, ele fez mais sentido. 

Dez coisas que aprendi sobre o amor

Alice gosta de se sentir livre, sempre viajando pelo mundo, conhecendo lugares e pessoas, cada vez mais longe de casa. Ela não se sente parte de sua própria família, não é como se eles não gostassem dela, ou vice e versa, todos tiveram bons momentos, mas segredos estragam pessoas e relacionamentos. Daniel já quis se apegar a alguém, mas foi impossível, ele passa os seus dias relembrando o passado e tentando perdoar, ele gosta de ser livre, mas quer se apegar a única coisa que agora importa para ele, sua filha.

O que eu achei?

Lembrei que já tinha lido esse livro a muito tempo antes e também que não tinha gostado dele, o titulo realmente me chama a atenção, deve ter sido por isso que comprei. Dessa vez posso dizer que gostei dele, é claro que não é uma das experiências de leitura mais incríveis que já tive e nem foi muito fácil de ler, ainda bem que é curto. Mas, esse é um dos exemplos de que é preciso dar uma segunda chance, ainda não é uma das minha leituras favoritas, mas dessa vez valeu a pena. Esse livro tem muitos problemas no começo, ele simplesmente não tem sentido nenhum, é uma troca de personagens no meio das páginas, você não sabe quem é quem, ou o que, muito menos porque. Não sei se posso dizer que vale a pena, mesmo depois da metade ele não entrega uma história extraordinária, acredite em mim, teria tudo para ser, mas infelizmente foi mal construída. Tudo no livro fica subentendido (ou não) é uma sequencia de "entenda como quiser" que no geral pode não fazer muito sentido. Para tentar explicar como eu gostei do livro dessa vez, acredito que foi só porque eu estava mais aberta a poesia apresentada nas entrelinhas, eu estava mais sensível a esse tipo de história, talvez como eu já não esperava um romance normal, ou tinha muitas expectativas, foi mais fácil gostar. Achei sensacional a parte ligada a arte que o personagem entregou, construindo cores, letras e sensações através de objetos que ele encontrava pela cidade, talvez a primeira vez que li tenha sido como a Alice chegando naquele lugar que ele construiu, era só um monte de "lixo" pendurado. Mas da segunda vez que ela foi, já estava aberta a entender e interpretar. E o livro é mais ou menos isso.

Autora: Sarah Butler

Editora: Novo Conceito

Ano: 2015

Nota: 6

"Você não pode sentir saudade de alguém que nunca conheceu. Mas sinto saudade de você"

O Ano Em Que Disse Sim

Eu amo Grey's Anatomy desde o primeiro episódio, aquela musiquinha de abertura, o romance, a agitação, as salas de cirurgia, as diferentes formas que uma pessoa pode se machucar, ter doenças, morrer. Sim, é trágico, é complicado, é triste e dramático e eu amo um bom drama. Odeio hospitais, não gosto de ver sangue ao vivo, mas do Grey Sloan Memorial (Seattle Grace) vejo tranquilamente, almoçando, jantando, comendo pipoca (porque vamos combinar que a série é gigante, tem que ver enquanto se tenta viver). E foi assim que criei a vontade de ler o livro da Shonda Rhimes.

O Ano Em Que Disse Sim.

Como dançar, Ficar ao Sol e Ser a sua Própria Pessoa. Você nunca diz sim para nada, foram essas seis palavras que fizeram Shonda Rhimes modificar completamente o seu ano e com o resultado de tais mudanças, ela conseguiu mudar a sua vida inteira. Ao perceber que sua irmã tinha razão, ela realmente nunca dizia sim as coisas, vivia em sua zona de conforto e mesmo sendo uma mulher extraordinária, ela estava perdendo oportunidades, ela poderia ser muito mais e foi isso que ela descobriu ao longo desse ano cheio de desafios.

O que eu achei?

Eu amo quando encontro um livro que fala completamente o oposto de tantos outros. Esse é um livro de não ficção que realmente te motiva a querer encarar as mudanças que sua vida precisa mas que você não era capaz de reconhecer porque vivia dizendo não. Um convite para fazer algo novo, recusado por medo de não ser capaz. A necessidade de mudar a sua alimentação e fazer atividades físicas, recusado pela preguiça de dizer sim a mudança. A vontade de aprender algo novo, recusada pela desculpa de não ter tempo, entre tantas outras coisas. Shonda nos da vários exemplos de coisas que ela transformou em sua vida depois de querer de verdade sair da sua zona de conforto, ela não seguiu nenhuma receita mágica e nenhum plano milagroso como tantos livros prometem, ela não usou a "maneira certa" de fazer as coisas, uma receita pronta. Ela simplesmente decidiu dizer sim as oportunidades. O livro é curto e a leitura é bem fluida (principalmente para quem já esta acostumada a assistir as séries dela) muito divertido e engraçado, você pode ler facilmente de uma vez só. É um livro diferente de outros porque ele não diz a você um passo a passo, você mesma se desafia a ser melhor do que pode ser, não é uma competição ou uma mudança em vista de outras pessoas, é uma competição e uma mudança para com você mesma. Por exemplo, você não deve mudar o seu corpo porque as outras pessoas dizem isso a você, você deve mudar porque você mesma percebeu que precisa disso, porque VOCÊ QUER isso e decidiu dizer sim a ser mais saudável, e só. Ninguém dita as regras a você, crie a suas próprias regras, aceite os desafios, mude por VOCÊ. Seja a sua pessoa. 

Livro: O Ano Em Que Disse Sim

Autora: Shonda Rhimes

Editora: Best Seller

Ano: 2016

Nota: 9

"Comida funciona. Comida parece tão boa quando se coloca por cima de todas as coisas com as quais não se quer lidar ou não sabe como lidar. Funciona até mesmo em coisas que você reconhece como fáceis de resolver. Comida é mágica. Ela entorpece você. Comida linda e mágica faz com que sua alma morra apensa o suficiente para que não consiga pensar muito em nada além de bolo, ou além de dormir."

O Retorno

Eu sempre gosto de contar primeiro como essa leitura chegou até mim. Bom, eu amo ler os livros do tio Nick, tenho quase todos e já li todos. Como era lançamento e estava perto do Natal, era a oportunidade perfeita de pedir em um amigo secreto. Meu amorzinho me tirou e foi assim que O Retorno chegou até mim.

O Retorno 

Após a morte de seu avó, Trevor Benson precisa retornar a New Bern para cuidar da casa que herdou, é também uma oportunidade para colocar as ideias no lugar e planejar os próximos passos de sua vida. Conforme os dias vão passando e as pessoas que conhece na cidade, Trevor começa a se atentar ao que o seu avó tinha lhe falado ainda quando estava no hospital, palavras que não fizeram sentido naquele momento, mas que aos poucos iam se encaixando em sua realidade. Em New Bern ele conhece Natalie e logo sente uma atração incontrolável por ela, mas também percebe que existe algo que a impede de se envolver com ele. Em meio a tantas coisas, surge mais uma questão a ser resolvida, sua vizinha sofre um acidente no trabalho e ele descobre uma relação dela com o seu avô, com isso, ele precisa focar toda a sua atenção em ajuda-la.

O que eu achei?

Depois de perder um pouco o rumo em alguns dos últimos livros, parece que o tio Nick está voltando a "acertar" (não é bem essa a palavra, mas vamos seguir assim). Obviamente esse não é nenhum Diário de uma Paixão e nem Um Amor para Recordar, mas com certeza é uma história comovente. O livro não tem muitas páginas e a leitura é rápida e fluida, eu gosto muito do gênero e do escritor, então é muito fácil me envolver com a história. Mesmo sendo um Nicholas Sparks, a carga dramática dessa vez não é apenas por um relacionamento romântico, sim isso mesmo que você leu, a parte em que mais me emocionei não foi a dificuldade que impedia o casal de ficar junto, mas sim o drama da história paralela. Gostei da forma que o autor está tentando se reinventar e contar novas histórias, apesar de amar os livros dele havia um certo padrão que estava a ponto de se tornar cansativo, ele tentou algo diferente em Dois a Dois e No Seu Olhar, mas particularmente foram livros que eu não gostei muito e achei que perdeu a essência dele, mas em Almas Gêmeas e agora em O Retorno, acho que ele está se encontrando novamente. È muito importante que os escritores estejam abertos a novidades, eles precisam mesmo se aventurar em histórias diferentes, mas tem algumas coisas que não combinam com eles e é isso que eu quero dizer, existe uma razão para eu querer ler Nicholas Sparks, gosto do conforto de saber que quando eu procurar uma história emocionante é ali que irei encontrar, podendo ser romântica ou não, foi isso que ele conseguiu mostrar com esse livro. 

Livro: O Retorno

Autor: Nicholas Sparks

Editora: Arqueiro.

Ano: 2020

Nota: 9

"... As circunstancias mudam, as pessoas também. Os amigos ficam mais velhos, se mudam, casam e têm filhos; outros se tornam médicos, são enviados para o Afeganistão ou suas carreiras vão para o saco. Com o passar do tempo, quando se tem sorte, alguns - ou apenas uns dois - permanecem em cada uma dessas fases... Não tenho outra resposta para isso a não ser que a amizade é uma via de mão dupla. As duas pessoas precisam querer investir nela a fim de mantê-la viva."

A Mulher na Janela

Eu já sabia a algum tempo que vai lançar a adaptação desse livro na Netflix, até tinha surgido antes uma curiosidade mas nunca tinha pegado o livro pra ler. De repente uma semana antes do dia do lançamento, decidi ler o livro e simplesmente a história me pegou e só me largou quando eu cheguei no ponto final 

A Mulher na Janela

Anna vive sozinha em sua casa e tem uma rotina definida: conferir os seus e-mails, tomar uma taça de vinho, assistir um filme antigo, tomar seus remédios, bisbilhotar seus vizinhos. Ela sabe tudo sobre todos os que moram na sua rua, o que fazem, onde trabalham, as visitas que recebem, ela vê o mundo acontecendo fora da sua casa, mas não quer mais fazer parte dele. Então as coisas mudam, novos vizinhos e algo chama a atenção dela para a nova família, um jovem educado, uma mãe divertida, um pai aparentemente nervoso. Algo está diferente, algo muito errado aconteceu, mas como fazer alguém acreditar na história de uma mulher que simplesmente passa a vida observando os outros, será que ela está falando a verdade sobre o que aconteceu, Anna é uma mulher sozinha, ela tem muitos estímulos ao seu redor e uma boa imaginação para inventar coisas, será que ela inventou tudo isso. Não é paranoia se está realmente acontecendo.

O que eu achei?

Não conseguia parar de ler e quando não estava lendo estava pensando nas possibilidades do que poderia acontecer depois. O livro é curto, a leitura é rápida porque são vários capítulos curtinhos (o sonho de qualquer leitor kkk) e a história é tão envolvente que você corre o risco de ler de uma vez só, sem perceber. Foram tantas as possibilidades que passou na minha cabeça, tantas vezes que mudei de opinião e no momento do desfecho não sobrava mais nada além de surpresa, não sei se posso dizer assim, mas a única coisa que me "decepcionou" nesse livro foi que eu não me senti preparada antes de receber a tal noticia, e então ficou uma coisa extremamente absurda pra mim no momento do choque, mas depois conforme o autor explicava e me fazia relembrar os trechos lidos antes, só pude concluir que eu havia sido manipulada, desde o inicio, desconfiando de todos e nem cogitando essa possibilidade (porque mesmo explicada e fazendo sentido depois, vamos combinar que é bem absurda mesmo, estilo aquele filme A Orfã) Mesmo assim, devo confessar que gostei muito dessa experiência de leitura, não tinha lido nada ainda desse autor e realmente gostei como ele montou toda a trama, ao mesmo tempo que dava as pistas, ocultava as coisas, te deixa livre pra decidir em quem confiar, mas ao mesmo tempo te faz duvidar da sua escolha, te faz mudar de opinião e te surpreende. Mesmo sendo um suspense é um livro muito sensível que fala sobre o luto, mesmo que esteja em um momento tão arrebatador, é preciso estar atenta a vida lá fora, mesmo que o seu mundo tenha parado, lá fora da sua casa ele continua girando e as coisas acontecendo, você não pode se esconder pra sempre. 

Escritor: A.J. Finn

Editora: Arqueiro

Nota: 9

" Estava lutando pela minha vida. Isso significa que não quero morrer. E, se não quero morrer, preciso começar a viver".

A Última Carta de Amor

Vi que saiu algo sobre a adaptação desse livro e fiquei curiosa para ler. Desde que havia lido Como eu era antes de você, já tinha gostado da escrita da Jojo Moyes, mas não havia lido mais nada dela, então agora essa foi uma oportunidade. 

A última carta de amor 

Após um acidente Jennifer Stirling não consegue se lembrar de nada, não se lembra de quem ela era antes, onde morava, do que gostava, o que fazia, quem eram os seus amigos e menos ainda conseguia se lembrar de que era casada. Ela se sentia uma estranha em sua própria vida, mesmo sabendo que de alguma forma a sua memória iria voltar ela sentia que não se encaixava onde estava, ela se sentia perdida, aquela não era a sua vida. Depois de algum tempo, ela começou a investigar o seu passado, aproveitava quando estava sozinha e procurava entre as suas coisas algum indicio de quem ela tinha sido, e ela encontrou. Várias cartas apaixonadas indicavam que ela tinha sido amada por um homem que não era o seu marido, e de alguma forma mesmo ainda sem lembrar, ela sentia naquelas cartas a pessoa que ela era de verdade, e precisava descobrir quem era o autor daquelas cartas. 

O que eu achei?

Sou suspeita para falar sobre histórias de amor, eu simplesmente devoro livros de romance, esse foi mais um exemplo. O livro já não é muito grande e a leitura é leve, rápida e fluida. Por muitas vezes imaginei uma história completamente diferente, torci tanto, mas ele mostrou que a vida tem o seu próprio caminho e quem somos nós pra recusar seguir a trilha que já foi traçada. Nesse livro podemos conhecer duas histórias interligadas e um tema em comum que é abordado pela visão de personagens diferentes, apesar de não concordar com o simples "faça o que te faz feliz" (as vezes pode ser um pensamento puramente egoísta) podemos entender que as pessoas tem um motivo para tomarem certas atitudes ou decisões. Em certo momento esse livro me fez lembrar de um filme chamado "Cartas para Julieta" e eu também amo esse filme, a maneira como ele nos mostra que tempo ou distancia não interferem em nada, se foi amor, ainda é. É reconfortante saber que mesmo que ainda não somos capazes de entender o porque das coisas, elas acontecem e se encaixam exatamente da maneira como deveriam ser, mesmo que desesperadamente gostariamos que fosse de outra maneira naquele momento, as vezes simplesmente não é o momento certo, e se um dia tiver que ser, irá acontecer.

P.S. Aguardando a adaptação na Netflix dia 23 de julho.

Autora: Jojo Moyes

Editora: Intrínseca

Nota: 8

  "Certa vez uma pessoa sábia me disse que escrever é perigoso pois nem sempre podemos garantir que nossas palavras serão lidas no espirito em que foram escritas. Portanto, vou ser direta. Desculpe-me. De verdade. Perdoe-me. Se houver algum jeito de eu poder mudar o que pensa sobre mim, preciso saber."   - Mulher para Homem, por carta.

Relacionamentos

 

É um livro curto, menos de 200 páginas, mas que traz lições valiosas sobre relacionamentos, não só o romântico, como também relacionamento entre pais e filhos, amigos, etc. 

Ele é dividido em 15 partes que abordam lições diferentes que ensinam sobre a importância de ter Deus como base de seus relacionamentos e principalmente da sua vida. A principio pode parece que é algo simples, mas conforme o tempo passa não nos dedicamos mais a cada relacionamento como fazíamos no inicio, o livro mostra que temos que trabalhar isso para conservar os relacionamentos e também trabalhar em nós mesmos para melhorar nossas atitudes e pensamentos em cada situação conflitante.

Autores: Timothy Lane e Paul Tripp

Editora: Cultura Cristã

Nota: 8

Um coração transformado é a chave para relacionamentos saudáveis.

Belas Adormecidas

Finalmente eu estava pronta para um outro livro do Stephen King, escolhi esse porque acreditava que tinha menos de 500 páginas e a capa sempre me chamou atenção, mas pela quantidade de paginas percebi um tempo depois que eu estava enganada, eram mais de 800. Tive que aceitar já que a leitura estava fluindo (kkk)

Belas adormecidas

A doença da Aurora atingiu cada mulher tão rápido como fechar os olhos e era exatamente isso o que acontecia primeiro com cada infectada, ela fechava os olhos e entrava em estado de sono profundo, uma espécie de casulo começava a se formar ao redor dela, o que aconteceria? porque só atingia mulheres? será que elas acabariam acordando? Com o passar dos dias cada vez mais incertezas surgiam. Mas, havia uma única mulher que não estava sendo afetada, ela dormia e acordava normalmente, e ela aparentava ter habilidades sobrenaturais. Entre as mulheres infectadas, essa mulher misteriosa e outras que tentavam se manter acordadas, haviam homens que tentavam resolver a situação da única forma que sabiam, com violência, intolerância e destruição. Talvez a Aurora seja uma nova chance para as mulheres.

O que eu achei?

Iniciei a leitura acreditando que seria um livro rápido, não me atentei que ele possuía mais de 700 páginas, mesmo assim a leitura fluiu bem, não é atoa que King tem milhares de exemplares vendidos e já escreveu inúmeros livros, ele sabe como criar uma história que prende, desperta curiosidade e sentimentos.  É bom encontrar um livro onde você se identifica com personagens, um livro que te faz refletir e se colocar na situação que o personagem está passando. O que será que você faria? Mataria, fugiria, lutaria, tentaria se manter acordada, se entregaria? 

Belas Adormecidas traz uma grande questão: o que aconteceria se todas as mulheres do mundo dormissem? O que os homens fariam, por quanto tempo eles iriam sobreviver. O livro trata muito do papel das mulheres e dos homens na sociedade e também fala sobre a violência contra a mulher, como vivemos em um mundo injusto, perigoso e machista, mas será que se tivéssemos escolha ficaríamos do outro lado da arvore? Eu acho que não, seria uma solução relativamente muito fácil para um problema muito complexo. 

A leitura te prende no inicio, tudo o que está acontecendo te faz querer buscar respostas juntamente com os personagens mas depois, mais ou menos na metade, ele se torna um pouco cansativo com tantos detalhes. Sinceramente, não gostei muito do final, os autores se utilizaram de tantas páginas para criar um clima e uma enorme expectativa que por fim me deixou ainda esperando por mais. Com certeza um livro que vale a leitura, tem uma boa história, mas se alonga mais do que o necessário. 

Autores: Owen King e Stephen King

Editora: Suma

Nota: 8

"... Amor é uma palavra perigosa quando vem de homens. Na maioria das vezes eles não querem dizer a mesma coisa que as mulheres, quando a dizem. Às vezes, eles querem dizer que matariam por amor. Às vezes, quando eles falam, não estão querendo dizer muita coisa. O que, claro, a maioria das mulheres acaba descobrindo. Algumas com resignação, muitas com sofrimento. "

O Clube do Livro dos Homens

 

Aquele livro comédia romântica clichê que todo mundo ama ver. Fui convidada para outra LC e esse era o livro escolhido, aceitei prontamente e fiquei empolgada. Logo o grupo começou a interagir, mas ainda não fizemos a discussão sobre o livro, peguei o livro e disse a mim mesma que só leria o primeiro capitulo para saber como seria mais ou menos. E em pouco tempo depois, já tinha dado uma pausa em outro livro que estava lendo e já havia concluído essa leitura.

O Clube do Livro dos Homens

Se você descobrisse que a sua esposa esta fingindo durante a maior parte do seu relacionamento, o que você faria? Como se sentiria? Depois de uma noite que deveria ter sido muito especial, Gavin percebe algo em seu casamento, então resolve pegar as suas coisas e partir, tudo bem se afastar, mas ele realmente amava a esposa e suas filhas. Ele gostaria de consertar as coisas, mas não fazia ideia de como começar, como perdoar a esposa e perdoar a si mesmo. Ele então acaba sendo acolhido pelos amigos que lhe apresenta um club secreto, uma vez dentro, Gavin teria que cumprir as regras. 

O que eu achei?

Minha intenção era ter lido apenas um capitulo, porque a LC vai até o final do mês, mas assim que comecei a leitura percebi que ela era muito fluida, era como assistir a um filme de comédia romântica e eu realmente amo o gênero. Com mais de trezentas paginas a leitura é muito fluida, leve e divertida, para quem gosta do gênero é praticamente impossível parar. O livro é um enorme clichê, desde os personagens, o enredo e até mesmo o que esperar do final, mas vamos admitir que os clichês ganham nosso coração, amamos esse tal de O GRANDE MOMENTO, a tal da hora da virada. 

Achei muito legal nesse livro como a escritora colocou homens com uma vontade imensa de se esforçar de verdade para entender o ponto de vista feminino, mas em algumas partes senti os personagens meio fora de seus próprios papéis. No geral, fiquei muito feliz com o casal principal, como eles se adaptaram para aprender a ouvir, entender o outro e amadurecer o relacionamento. 

Autora: Lyssa Kay Adams

Editora: Arqueiro 

Nota: 8

"Os homens são uns idiotas. Ficamos reclamando que as mulheres são misteriosas e tal e que não temos como saber o que elas querem... E, com isso, destruímos relacionamentos, porque nos convencemos de que é difícil demais entender nossas parceiras. Mas o problema na verdade somos nós. Achamos que não devemos sentir coisas, chorar e nos expressar... E esperamos que as mulheres façam todo o trabalho emocional. Daí, quando elas desistem, ficamos sem entender por quê"

Anne da Ilha e de Windy Poplars

Depois que assisti a série na tv, fiquei muito empolgada para ler os livros, comprei a coleção de 7 livros para iniciar essa jornada com Anne. Mas, percebi que ler muitos livros assim pode se tornar cansativo, mesmo porque a história passa a ser um padrão. Então decidi resenhar esses dois livros juntos para ter mais sobre o que escrever.

Anne da Ilha

Anne está mais velha e em transição para uma vida com mais responsabilidades, as coisas estão mudando em Avonlea e Green Gables e surgem muitas outras situações com que ela precisa aprender a lidar. A vida já não é mais como na época da escola, seus amigos também estão crescendo e ela conhecendo muitas pessoas novas e desenvolvendo belas amizades. Anne está mais confiante de sua beleza e quase engata em um romance sério, mas descobre que seria um grande erro, seu coração já pertencia a alguem, sempre pertenceu.

Anne de Windy Poplars

Depois de passar algum tempo na faculdade, Anne vai dar aulas em Summerside e lá descobre muitas coisas sobre a vida adulta e como as pessoas lidam com as adversidades. Ela sempre com seu jeito inteligente de resolver as coisas e ajudar as pessoas, acaba fazendo diversas novas amizades e mostrando o poder que o carinho e a dedicação pode fazer pela vida das pessoas. É claro que ela se mete em muitas aventuras também, mas agora com mais idade e experiência, ela sabe lidar melhor com todas elas. Apesar da distancia, ela sempre manda diversas cartas para Gilbert e sempre o deixa informado sobre tudo. 

O que eu achei?

Estou encontrando dificuldades com a leitura desses livros com muita sequencia, geralmente a partir do quarto livro, a história passa a ficar um pouco monótona sem prender muito a atenção. Mas, eu sempre espero que melhore no próximo, afinal o motivo de eu querer ler tanto os livros da Anne é saber mais sobre o seu romance com Gilbert, eu realmente amo romance. Mesmo assim, de um modo geral sinto que quando terminar todos os livros, terá sido ótimo poder ter conhecido Anne desde que ela era uma criança até a vida adulta e todo o seu amadurecimento. Entre esses dois livros, a leitura de Anne da Ilha fluiu melhor pra mim, é o primeiro livro que mostra mais detalhes do que eu não tinha visto na série, então manteve a minha empolgação. Em Anne de Windy Poplars assumo que "li por cima" muitas partes e pulei algumas, porque eu meio que entendi a dinâmica: Anne conhece alguém problemático e que não gosta dela, a personagem mostra que ela seria uma ótima amizade e como em um passe de mágica se tornam amigos. E isso se repetiu entre diversos personagens que ela conheceu no livro, com exceção daquela que não se tornaria amiga, mas que mostraria uma lição valiosa a personagem. Windy Poplars se passa nos três anos em que Anne viveu dando aulas em Summerside, enviando todas as semanas cartas a Gilbert para lhe contar o que aconteceu em sua estadia lá. A leitura dos livros de Anne são bastante detalhadas e cheias de poesia, o que pode dificultar um pouco para um leitor que não está muito receptivo a ela, ainda mais quando se trata de uma sequencia com muitos livros. 

Personagens que mais gostei

Anne da Ilha

Minha personagem favorita nesse livro foi a Phil, apesar de saber que seria muito difícil começar ou manter uma amizade com alguém como ela, é sempre bom ter alguém animada e alto astral por perto. Além de que mesmo sendo difícil lidar com alguém sincera ao extremo, pode ser mais fácil confiar em alguém assim que você tem certeza que só lhe falara a verdade. De qualquer forma, mesmo com os dois lados da moeda, essa personagem sempre animava a leitura quando aparecia. 

Anne de Windy Poplars

Acho que não encontrei um personagem que se destacasse muito, mas fiquei muito feliz com o crescimento da Katherine, acho que foi a personagem que aproveitou mais da amizade de Anne para se desenvolver, fiquei feliz que ela deixou de ser a pessoa amarga que era para se tornar quem ela sempre almejou. 

Autora: Lucy Maud Montgomery

Editora: Ciranda Cultural

Anne da Ilha - Nota: 7

Anne de Windy Poplars: 5

Tudo que a gente sempre quis.

Um dos livros que adquiri aleatoriamente navegando pela Amazon, depois de ter ficado algum tempo na estante eu vi uma oportunidade perfeita para fazer a leitura. Esse livro representa o primeiro que li da autora e o primeiro que li participando de uma leitura coletiva, só tenho a dizer que toda a experiência de leitura foi incrível, é ótimo ter com quem conversar depois. 

Tudo que a gente sempre quis

Depois de um ótimo negócio com a venda de sua empresa de tecnologia, Nina e o seu marido conquistam uma vida financeira invejável, tornam-se membros da elite e vivem a vida da forma que sempre sonharam. Pelo menos é nisso em que Nina acreditava, até o momento em que seu filho se envolve em um escândalo na escola, devido a um trauma de seu passado, ela começa a questionar a educação que deu ao filho e o caráter dele e do marido. Prestando atenção na forma como os dois conduzem a situação, Nina percebe o grande erro que cometeu no seu casamento e na educação pouco rígida com seu filho, ele cresceu em um lar onde tinha tudo o que queria, mas não tinha limites. 

O que eu achei?

Um livro de leitura fluida e bastante envolvente, história muito real e impactante. O que mais gostei foi a forma que a autora nos deixou conhecer vários lados de uma mesma história, mostrando como o fato central impactou cada um dos personagens e a maneira como lidaram com a situação. Tudo que a gente sempre quis fala muito sobre questões na fase adolescente, o relacionamento com os pais, a necessidade de ser aceito, o impacto das ações na vida de outras pessoas, o fardo das decisões erradas, entre outros temas muito necessários.  O que me incomodou um pouco foi o final muito acelerado, estamos acompanhando a história em um ritmo e de repente a reviravolta e em seguida o fim. Apesar disso, não deixaria de recomendar o livro, gostei muita dessa minha primeira experiência lendo algo da Emily Giffin e espero ler outros livros dela em breve. 

Personagem que mais gostei. 

Meu personagem favorito nesse livro foi a Nina, apesar de desconfiar um pouco das intenções dela no inicio, achei que foi super forte em suas decisões e com certeza a que mais evoluiu em toda situação. Acredito que ela poderia ter sido mais dura como mãe, mas provavelmente ela não tinha muito o que fazer nesse sentido, então só o fato de ela se opor a qualquer atitude do filho ou do marido, já foi algo considerável. Gostei como ela se transformou e cresceu como pessoa, encontrando um foco para crescer profissionalmente e ajudar outras pessoas.

Autora: Emily Giffin

Editora: Arqueiro

Nota: 8

Ele tinha que aprender a dar valor as coisas, precisa conquistá-las. Além disso, como impor limites agora, quando praticamente não havia limites? E o mais importante de tudo: há uma diferença entre privilégio e direito adquirido.

Por trás de seus olhos

 Decidi ler esse livro após assistir ao trailer da adaptação que vai estrear na Netflix, gostei do que vi e achei que seria uma ótima oportunidade para uma leitura nova. Sabia que já havia lido algo da autora e lembrei que foi a trilogia da saga encantadas que por sinal apesar de lembrar que foi uma leitura empolgante, na verdade não gostei nada, o tipo de livro que tem um ritmo muito bom, sabe prender, mas no final não tem um bom conteúdo. 

Por trás de seus olhos

Louise trabalha alguns dias da semana como secretária, ela é mãe solteira e está a muito tempo sem se relacionar com alguém depois do divorcio. Tudo isso muda quando ela conhece um cara em um bar, ele é um homem divertido, bonito e engraçado, alguém que a faz se sentir bem e desejada, duas coisas que ela não se lembrava mais o que era. Depois de um flerte ela descobre que o homem que fez ela despertar de volta a vida é casado e ainda pior, é o seu chefe. Após alguns dias, Louise esbarra na rua com Adele, uma mulher linda, simpática e inteligente, após pouco tempo de conversa elas estabelecem uma conexão e ambas tem uma nova amiga. O que Louise jamais imaginaria é que essa mulher que virou sua amiga é a esposa do cara do bar e que ela tem mais segredos do que parece, o encontro não havia sido por acaso, Adele havia planejado tudo, ela sabe de tudo.

O que eu achei?

A autora sabe como prender o leitor, lembro disso desde que li a saga encantadas, mesmo com alguns pontos específicos que me faziam ficar com um pé atrás na história, lembro que li a trilogia em pouco tempo. Ela sabe criar uma trama que envolve e faz você pensar na história e nos personagens o dia todo enquanto não está lendo, desejando o momento de ler novamente até terminar. Devo dizer que esse livro me impactou de um jeito que mesmo após terminar de ler as ultimas linhas fiquei meia hora refletindo aquilo que tinha acabado de ler, pensando como seria possível, como eu não teria imaginado aquilo e não teria mesmo como imaginar uma coisa daquelas, me surpreendeu demais. Aquele tipo de final que você percebe que a resposta estava o tempo inteiro ali e você nunca desconfiou e nem poderia ter desconfiado porque não haveria como pensar em algo assim. E como fazia tempo que eu não lia algo desse tipo, acho que o ultimo que me lembro ter ficado com sensação parecida foi o Eu estou pensando em acabar com tudo, e ainda assim mesmo parecendo, não se aproxima dessa sensação de choque que eu fiquei ao terminar esse livro. Um final meus amigos, aquele final que te deixa sem reação nenhuma, sem chão, com vontade de recomeçar a leitura só para ter certeza, só para ver se enxerga algo que deixou passar, para tentar entender, aquele tipo de final surpreendente mas que não fica sem sentindo, tudo se encaixa perfeitamente. Sensacional, sem mais. 

A série da Netflix baseada nesse livro estreia hoje, espero muito ter o mesmo impacto que o livro e nenhuma decepção, mas agora apreensiva por estar com altas expectativas. 

Autora: Sarah Pinborough

Editora: Intrinseca

Nota: 10

Sim, a vida é bem maluca, tantos livros de meus autores favoritos e eu não coloco 10, mas esse não conseguiria ser menos. 

Não havia como voltar atrás, como desfazer o que estava feito. Um ato terrível, mas necessário. Um fim e um começo agora eternamente entrelaçados.

Não conte a ninguém

 Ganhei esse livro a algum tempo e na epoca eu tinha acabado de ler um dos livros do Harlan Coben, acabei deixando esse para depois. Recentemente estava buscando uma leitura emocionante e sabia que os livros dele não me decepcionavam nesse quesito, então resolvi ler.

Não conte a ninguém

David e Elizabeth comemoravam mais um aniversário de relacionamento, tinha tudo para ser uma noite ótima e tudo saia conforme o planejado, mas de repente eles sofreram um ataque e Elizabeth foi sequestrada e assassinada por um serial killer. Ficaram muitas perguntas sem respostas sobre esse dia e David tentou seguir a sua vida, mas depois de oito anos dois corpos são encontrados perto do local onde ocorreu o crime e ele começa receber alguns emails com mensagens estranhas e codificadas. A quantidade de perguntas sem respostas sobre o fatídico dia começam a aumentar sem controle, afinal o que de fato aconteceu? Quem estaria enviando essas mensagens agora depois de tanto tempo? E porque?

O que eu achei?

Os livros do Harlan Coben são incríveis, é muito difícil não gostar, ele tem uma escrita e um conteúdo que te prende do inicio ao fim, a cada capitulo te deixa esperando por mais. Ele é o tipo de autor que eu compro o livro sem nem pensar duas vezes, eu leria até a lista de compras dele, é claro que com muita atenção para não deixar escapar nenhum detalhe que poderia ser uma pista para solucionar um mistério ou um crime. Não conte a ninguém foi uma leitura bem rápida, menos de 300 páginas que fazem com que você queira ler tudo em um só dia e descobrir de uma vez por todas o que aconteceu naquela noite do ataque. Apesar da história toda ter sido bem amarrada e tudo ter sido explicado, achei o final um pouco corrido com uma revelação confusa sobre um dos fatos principais, mas pretendo ler novamente para ter certeza se foi má interpretação minha, ou se de fato ficou confuso. O livro é daquele tipo que você para de ler para viver um pouco e quando percebe está lavando louça pensando no livro, tomando banho pensando em quem estaria enviando aqueles emails, trabalhando pensando em quem teria cometido o crime e seguindo assim até conseguir todas as repostas. Gosto muito do estilo do autor e sempre que quero ler algo mais emocionante posso correr para os seus livros que não tem erro.  

Autor: Harlan Coben

Editora: Arqueiro 

Nota: 9

Havia a minha vida antes da tragédia. Existe a minha vida agora. As duas tem dolorosamente pouco em comum.

P.S. Eu Te Amo

Eu simplesmente amo essa história, amo o filme, já assisti infinitas vezes e não me canso. O filme foi lançado em 2007 e eu nem sabia do livro, nessa época não estava em uma fase muito leitora, além disso apenas assisti ao filme porque o meu ator favorito é o protagonista. Depois quando li fiquei aliviada por não ter tantas diferenças do filme, sabemos como é difícil um adaptação que seja boa. Então, vamos falar do livro!

P.S. Eu Te Amo

Holly e Gerry aquele típico casal romântico e perfeito, literalmente almas gêmeas. Mas, por conta de uma grave doença Gerry morre e Holly fica sem rumo na vida, afinal ela vivia em função dele e do relacionamento que tinham. Com certeza Gerry a conhecia bem e antes de morrer fez questão de escrever para ela uma lista de coisas a fazer que a ajudassem a seguir com a sua vida sem ele, Holly lia uma carta dele por mês. Com o passar dos meses, ela foi aprendendo que precisava seguir em frente, ainda tinha os seus amigos e sua família para apoia-la e ajudar nesse momento difícil e precisava enfrentar todos os seus medos para amadurecer e conseguir levar sua vida sozinha. 

O que eu achei?

Nem tenho palavras para dizer o quanto eu amo essa história, o filme, o livro, os personagens. A principio até tenho como explicar o meu amor imediato pelo filme, meu ator favorito está nele, mas depois de assistir a duas, três, quatro, dez vezes eu entendi que talvez goste tanto assim porque me identifico muito com a Holly em muitos aspectos, parece que eu sei de verdade como ela se sente, todo o medo que ela tem de estar sozinha, como ela age em determinadas situações e etc. 

P.S. Eu Te Amo é uma história que fala da superação do luto, mostra como é a vida da personagem depois do fatídico dia em que ela é obrigada a se despedir do grande amor da sua vida e depois como é preciso reaprender a estar em lugares e conversar com pessoas mesmo sentindo saudades do que já teve um dia. Holly aprende a viver de novo após a morte de Gerry e mesmo que ela sempre esteja a ponto de cair no choro a todo momento, ela cresce e entende que a vida precisa continuar. 

Acredito que por conter drama em excesso muitas pessoas podem não conseguir terminar a leitura, parar no meio ou achar chato demais, eu mesma travei em alguns momentos, achei a personagem muito desnecessária e egoísta em outros, mas é preciso ter a empatia de se atentar ao momento que ela esta passando e o direito que cada um tem de enfrentar as suas dificuldades da maneira que julgar melhor. Confesso que torci muito para ter mais romance, talvez um novo amor no meio de tudo (e a autora tentou, mas a Holly só tem olhos para o Gerry mesmo) quem sabe no próximo livro né, afinal tudo ao seu tempo e as pessoas tem o direito de escolher o que querem para suas vidas. 

P.S. Ainda amo mais o filme.

Autora: Cecelia Ahern

Editora: Novo Conceito

Nota: 9 

Mire seu salto para a lua, e se não acertá-la, aterrissará entre as estrelas.