dezembro 31, 2017

A possessão do Sr. Cave

 Ultimo livro do ano, mais um naquele esquema peguei o livro, o titulo interessou, nada de sinopse, vamos lá.

A história já começa bem envolvente, mas demorou um pouco para que eu ficasse com o livro o dia todo na cabeça, fazendo com que eu quisesse ler logo para saber logo o fim, ver o que acontece com cada personagem e tudo mais. Mas, esse livro apesar de ter uma história bastante interessante, faz você querer ler devagar e com cuidado.

A Possessão do Sr. Cave.

O livro começa com uma tragédia, faz você repensar se quer realmente continuar lendo, ao mesmo tempo, assim como o Sr Cave, você quer entender o porque daquilo ter acontecido, então continua a ler, até o fim. O livro aborda vários temas, bullying, super proteção dos pais, amizades "erradas", assassinato, suicídio, e por isso deve ser lido com calma para não se perder, é uma mistura de drama, romance, suspense e terror, talvez.
O livro é como se fosse uma carta escrita por Terence Cave para a sua filha Bryony, onde ele explica tudo o que aconteceu para que ele tomasse as atitudes que tomou e ter feito todas aquelas coisas que ele se viu obrigado a fazer. Sr. Cave um simples colecionador de antiguidades, ninguém esperaria que ele possuia uma história tão cheia de dramas e sofrimento. Nem ele mesmo, em algumas partes do livro nos pegamos refletindo com ele como tudo poderia ter sido diferente, mas não tem jeito, as coisas são como devem ser, já estava escrito.

O que eu achei?

Em certa parte, o livro parece uma bagunça que não tem a ver com nada, mas acredito que o escritor queria nos ajudar a conhecer um pedacinho a mais de cada personagem. Gostaria de entrar em detalhes e contar mais sobre o livro, mas ficaria escrevendo páginas e páginas, até ser um outro livro.  Não sou do tipo de pessoa que acredita nisso que os mortos ficam aqui incomodando os vivos ou tem o poder de agir "no mundo dos vivos". Mas, a forma como a história é contada no livro nos faz entender um lado que talvez não iriamos prestar atenção, as vezes iriamos só ficar com pena do pobre garotinho que se matou para ter destaque entre os amigos, mas nunca iriamos conhecer a história ao fundo, ver que tinha algo crescendo dentro dele desde quando ele era apenas um bebê. Como diz a frase antes de começar a história do livro: "Se há alguma coisa que desejamos mudar na criança, deveríamos antes examiná-la, para ver se não se trata de algo que seria melhor mudarmos em nós mesmos". (Carl Gustav Jung). O livro nos mostra que o que acontece em nossas vidas são resultado de nossas escolhas, as vezes queremos que determinado fato seja diferente, mas ele por si só não muda sozinho, somos nós que precisamos mudar.

Livro: A possessão do Sr. Cave
Escritor(a): Matt Haig
Editora: Record

... Estude a história e você verá que não há nada de racional nesse mundo. Todas as civilizações, das mais antigas até a nossa, buscaram explicações para a existência humana. Deuses entraram e saíram de cena, em nome de crenças e ideologias campos de batalha se encharcaram de sangue, e continuamos prisioneiros dessa mesma e misteriosa vida... (página 161)

novembro 22, 2017

Desventuras em série: Serraria Baixo - Astral

Mais uma vez tive que arrumar as malas, pois os órfãos Baudelaire foram enviados a outro tutor. Lembram da tia Josephine? Coitada, já é passado. Mas, as desventuras das crianças ainda não acabou, mesmo sendo inteligentes, dessa vez eles terão que encontrar novas habilidades para lidar com o problema da vez.

Serraria Baixo - Astral

Na verdade o nome da serraria é Alto Astral, mas lendo sobre, podemos concordar com o titulo. Nada do que acontece ali é realmente Alto Astral. Dessa vez, o tutor das crianças é o dono da serraria, elas são obrigadas a trabalhar e não recebem nenhum conforto ou alimentação adequadas. Estão com saudade dos pais e de sua casa confortável e cheia de livros, mas de com o acordo com o que o tutor impôs a elas, teriam que trabalhar duro para permanecer na serraria até que Violet atingisse a maioridade e pudesse usar sua fortuna, enquanto isso ele asseguraria que o conde Olaf ficaria longe deles. Mas, sabemos como são os adultos nesses livros, ainda bem que as crianças são mais inteligentes. Violet e Sunny precisam descobrir rapidamente como livrar o seu irmão Klaus de um problemão, ainda bem que elas são espertas. Infelizmente (ou felizmente, realmente não da pra saber) o tutor (que eu não sei nem como é de aparência e nem o seu nome) das crianças não quer mais ficar com elas, depois de tudo o que aconteceu na serraria. E então, iremos para o próximo livro.

O que eu achei?

Até agora é o livro mais pesado que li dessa série, realmente os acidentes que acontecem na serraria é de dar medo, ainda mais porque envolve crianças tão pequenas. Dessa vez, Violet e Klaus tiveram que trocar um pouco de lugar e passar por aquilo "o que será que o meu irmão/irmã faria?" e foi muito interessante, além de provar como realmente são crianças espertas e inteligentes. As atitudes dos adultos não foi tão absurda, a não ser por Phil (duvido que exista alguém tão positivo) e Charles (duvido que exista alguém tão obediente). E preciso falar do conde Olaf que pela primeira vez soube encontrar um disfarce mais ou menos convincente, ou melhor, soube esperar a hora certa para agir, mesmo que tenha falhado mais uma vez, ele terá que se superar para conseguir enganar as crianças. Não é um livro longo, a leitura é leve e um pouco mais devagar que o anterior, não são muitas coisas que acontecem ao mesmo tempo, mas é diferente no aspecto citado anteriormente, é um pouco mais pesado na forma como acontecem os acidentes e como eles são relatados. Com certeza, quero começar logo o próximo, ainda espero alguma coisa boa para essas crianças (mesmo sabendo que não devia).

Livro: Desventuras em série/ Serraria Baixo- Astral
Escritor: Lemony Snicket
Editora: Seguinte (Companhia das Letras)

Para Beatrice- 
Meu amor voou como uma borboleta
Até a morte pousar como um morcego.

novembro 14, 2017

Como dizer adeus em Robô

Sim, mais um livro que escolhi apenas pelo titulo e pela capa. Mas, o que mais me chamou atenção foi o titulo, descobri que era um romance pouco antes de começar a ler. Achei que seria mais um daquele tipo que eu amo ler, que mexe comigo, me faz chorar e ficar com ele direto na cabeça. Não tenho muita introdução para ele, então vamos ao que interessa.

Como dizer adeus em Robô

O livro tem como personagem principal Beatrice, por conta do trabalho do seu pai, um professor em universidade, a menina estava sempre mudando de cidade, mudando de casa e consequentemente de escola também. Depois da ultima mudança, muitas coisas ficaram diferentes em sua vida, sua mãe acabou afastando-se dela e ficando completamente estranha em casa, Beatrice não ligava muito, achava que sua mãe estava apenas doente, apesar de sentir saudades do relacionamento que tinha com a mãe antes, ela era apenas uma garota robô, não possuía sentimentos. Em seu primeiro dia de aula na nova escola em Baltimore, Beatrice conheceu Jonah, um garoto estranho que sofria preconceito por parte de seus colegas, o chamavam de Garoto Fantasma, simplesmente pela sua aparência pálida e desbotada, e também principalmente pelo seu jeito de não querer contato com as pessoas e não fazer amigos. O que quase ninguém sabia era como ele sofria por um problema familiar, o qual tinham apenas conhecimento de uma parte, a morte do seu irmão gêmeo. Jonah mudara muito depois desse episódio em sua vida. De uma forma inusitada Jonah começou a se aproximar de Beatrice e assim iniciou uma bela amizade. Uma grande descoberta da vida de Jonah fez com que os dois se aproximassem ainda mais, mesmo que já possuíssem muitas coisas em comum: como gostar de ouvir todos os dias o programa de rádio Nigh Light Show, querer entrar na faculdade de artes, não gostar dos padrões do ultimo ano de escola; como baile de formatura, entre outros. Essa amizade foi crescendo e todo o drama familiar ao redor deles também, tanto na família dele como na dela. E é isso tudo o que podemos acompanhar no livro, e ficamos sempre torcendo para que eles comecem logo o romance que parece inevitável.

O que eu achei?

É um livro pequeno, você começa a ler e não quer parar. Ao mesmo tempo que várias situações são jogadas conforme os meses do ano vão passando, aos poucos todas elas começam a se juntar e fazer sentido a história. Confesso que tive medo por ter lido tão rápido e ter me envolvido tanto com a história, geralmente quando leio muito rápido um livro e ele é muito empolgante quando chega ao final é decepcionante (não por ter chego ao fim, mas sim por não ser bom mesmo o final). E ele foi um livro que foi decepcionante por ter acabado, eu acompanharia a história de Beatrice no primeiro ano de faculdade também, e continuaria por mais umas 200 páginas, esperando e procurando por toda parte, como ela. Eu gostaria que tivesse acontecido aquele final clichê que ficamos sempre esperando, mas as vezes aquilo o que aconteceu, foi melhor e mais bonito (é meio vago, mas se ler o livro irá entender). O livro tem uma leitura leve e rápida, você chega a metade sem perceber. É uma história recheada de realidade e de temas diferentes que nos fazem refletir muito na vida.

Livro: Como dizer adeus em Robô
Escritor(a): Natalie Standiford
Editora: Galera Record

...Nós fazíamos um par estranho, uma rainha esfarrapada e um fantasma, mas o parque de diversões do píer nos recebeu de braços abertos... (pág 251)


novembro 07, 2017

Desventuras em série: O lago das sanguessugas


Depois de passar um tempo em Derry, arrumei as malas e fui para o Lago Lacrimoso, afinal eu precisava continuar acompanhando a triste vida dos Baudelaire. É o livro 3/13 e ainda tenho esperanças de que tudo vai ficar bem para eles, mas como o próprio Snicket está sempre nos avisando em seus livros, se eu realmente espero algum final feliz, deveria ler outra coisa. Mas, a curiosidade não me deixa ir, então acompanhei mais essa aventura dos jovens órfãos (palavra que aqui significa: irmãos Baudelaire). É uma pena que a tia Josephine não poderá corrigir esse texto antes que eu o poste, mas  por outro lado será melhor, evita que ela veja tantos erros gramaticais.
(Depois dessa introdução, me sinto o própio Lemony Snicket, desculpe quero dizer o próprio)

O Lago das Sanguessugas

O livro continua acompanhando a jornada dos irmãos Baudelaire até a casa de um novo tutor. Dessa vez é a casa da tia Josephine, uma viúva que mora em uma colina as margens do Lago Lacrimoso, e perdeu seu marido para as sanguessugas que vivem no lago. Ela tem medo de absolutamente tudo, a maioria de seus medos são irracionais, coisas como não atender ao telefone porque pode levar um choque, não cozinhar os alimentos por medo de acender o fogão e incendiar a casa, entre outros. Os irmãos são bem tratados novamente (como na casa do Tio Monty) só que as manias e medos da tia Josephine as vezes passam dos limites. Um exemplo disso é quando os irmãos tentam alerta-la para o estranho Capitão Sham, que na verdade não é quem apresenta ser, e a tia sem acreditar nas crianças, acaba sendo forçada a forjar sua morte. Mas, elas são espertas e pensam em um plano para acabar com a armadilha do capitão que queria levá-las embora e ser o novo tutor delas, por conta daquela velha história da herança deles. Será que é mais um atrás do dinheiro dos Baudelaire?

O que eu achei?
O lago das sanguessugas começa a dar ritmo a sequencia dos livros e a história dos Baudelaire, tem várias situações que acontecem simultaneamente: as crianças se acostumando com a nova tutora, a casa, a rotina que elas tiveram que acatar, a nova aventura e como reagiram a isso, desvendando o mistério e tomando decisões que crianças nessa idade não deveriam se preocupar, mas nos faz entender que em suas condições é perfeitamente aceitável que três crianças naveguem sozinhas em um barco.
As vezes esqueço que estou lendo um livro infanto-juvenil e fico inconformada com algumas coisas, como por exemplo, no livro os Baudelaire são infinitamente mais responsáveis e mais espertos do que os adultos, não estou dizendo que crianças são inferiores, realmente existem aquelas que são bem mais espertas do que muitos adultos, mas o livro traz situações que são extremamente absurdas em relação as atitudes tomadas por um adulto. Mas, admiro muito a forma como o escritor aborda isso, trazendo uma espécie de ensinamento para o jovem leitor que está acompanhando a sua história (um exemplo do que quero dizer aqui está na página 55 do livro, onde Lemony explica que as pessoas podem não ser quem dizem ser, apenas por ter e apresentar um cartão onde está escrito tal coisa, qualquer um pode ter cartões pessoais com as informações que bem entender, um dentista pode ter um cartão dizendo que é um jogador de futebol, o que de fato não é verdade. As crianças no livro entenderam isso de primeira quando desconfiaram do capitão Sham, e a tia Josephine que é adulta e responsável por elas acreditou facilmente em tal mentira).
Acredito que já mencionei antes, mas gosto muito da maneira como o escritor/narrador também faz parte da história no livro e estou ansiosa para descobrir qual é a sua ligação com ela, já que ele se mostra sempre observando os irmãos Baudelaire em suas desventuras. É uma leitura rápida e nem um pouco cansativa e termina nos deixando com vontade de ler o próximo.

Livro: O Lago das Sanguessugas (Desventuras em série)
Escritor(a): Lemony Snicket
Editora: Seguinte (Companhia das Letras)

Para Beatrice - Preferiria que você estivesse viva e com saúde.

outubro 31, 2017

Tag: Na Minha Estante


1) O livro que está lendo no momento
Desventuras em Série: O lago das sanguessugas.

2) Ultimo livro que leu
It A Coisa

3) Escritor e Escritora favoritos
Nicholas Sparks e Cecelia Ahern

4) Uma história de amor
P.S. Eu te amo (Cecelia Ahern)

5) Um livro motivador
Uma longa jornada (Nicholas Sparks)

6) Um livro que te fez chorar
A maioria do Nicholas Sparks me faz chorar. Como eu era antes de você, a culpa é das estrelas e beleza perdida. ( Sim, são muitos, não sei como escolher apenas um)

7) Um livro que poderia ter um final melhor
Com certeza caixa de pássaros

8) Um livro que te decepcionou
Loney

9) Primeiro livro que leu na vida
O segredo da bolsa amarela (acho que é isso)

10) Livros físicos ou e-books?
Leio os dois, mas prefiro físicos.

11) Já comprou um livro apenas pela capa?
Sim, geralmente faço isso.

12) Um livro que todo mundo gosta, menos você.
50 tons de cinza

13) Um escritor(a) que você descobriu recentemente
Harlan Coben

14) Um livro que você não tenha conseguido terminar
O simbolo perdido do Dan Brown

15) Um livro que você já leu mais de uma vez
A escolha (Nicholas Sparks)

16)  Um livro com um personagem parecido com você
Felizes para sempre da Nora Roberts, me identifico com a Parker por ter essa coisa de querer tudo do meu jeito, administrar, planejar, cuidar (só queria ser rica como ela também kkk)

17) Um livro que te surpreendeu
Seis anos depois do autor Harlan Coben.

18) Um livro que não leria novamente
Eu estou pensando em acabar com tudo

19) Um livro que te deixou com medo
Caixa de pássaros e It A Coisa.

20) Um livro que você não conseguiu parar de ler até terminar
São vários que li sem parar até que terminasse, não sei como escolher apenas um.

outubro 24, 2017

IT A Coisa

AQUI TODOS FLUTUAM. E VOCÊ VAI FLUTUAR TAMBÉM!!

Sinceramente, não sei nem por onde começar.
Eu gosto muito de livros de terror e suspense, sou muito de fases, uma época só lia livros assim, outra época só livros de romance (que ainda são meus preferidos) e agora acho que estou na melhor fase, leio um pouco de tudo! Os livros de suspense/terror que eu já tinha lido na vida eram infanto juvenil, ou seja, um sustinho bem de leve né.
IT A Coisa é o meu primeiro livro de terror, com um nível de medo considerável, e também é o primeiro livro do Stephen King que leio, sem mencionar que com mais de mil páginas é o maior livro que já li. Então vamos lá...

Sobre o livro.

A história se passa em Derry, no Maine, onde aproximadamente a cada 27 anos A Coisa desperta para se alimentar, ela gosta particularmente de crianças. O começo do livro nos apresenta os 2 primeiros personagens, os irmãos George e Bill Denbrough. Em um dia de tempestade, A Coisa está acordada e quer se alimentar, George sai para brincar na chuva com o barquinho que o irmão tinha feito para ele, até que o mesmo é levado pela correnteza para um bueiro, e lá o menino então conhece o palhaço Pennywise (uma das muitas formas como A Coisa se apresenta). George morre nesse dia e se inicia uma sequência de desaparecimentos de crianças na cidade. Aos poucos o autor vai inserindo e apresentando cada personagem como parte da história, conhecemos então: Richie Tozier (o cara engraçadão); Stan Uris (o cara judeu); Mike Hanlon (o cara que liga todo mundo); Eddie Kaspbrak (o cara da bombinha de asma); Ben Hanscom (o cara gordinho super inteligente) e Beverly Marsh (a garota que o grupo precisava). Todos eles juntamente com Bill (o cara que quer destruir a coisa que matou o seu irmão e todos respeitam) formam o Losers Club (clube dos otários/ clube dos perdedores). Eles criam uma sede para o grupo e durante as férias de verão se reúnem para tentar descobrir o que é A Coisa e onde ela vive, todos tem suas histórias e experiências para compartilhar e além da interferência da Coisa em suas vidas, eles também tem que lidar com Henry Bowers, um valentão que realmente bota medo e não tem dó de bater ou ferir. A Coisa se apresenta a eles de formas diferentes, caracterizando-se sempre do maior medo deles, coisas estranhas e assustadoras acontecem, balões voadores, monstros, sangue saindo do ralo, vozes, pássaros gigantes, pessoas mortas e muitas outras situações que causam medo nas crianças, mas apesar de tudo a amizade deles é forte e não se abala. O livro divide-se em duas partes, uma que conta a vida deles quando criança e como enfrentaram A Coisa da primeira vez, e a outra parte é quando eles já estão adultos e voltam a Derry para enfrentar A Coisa novamente.

O que eu achei?

Não gosto de dar spoilers sobre o livro, é claro que tem muito mais a se dizer, afinal mil páginas tem muita história e muito detalhe. Mas com o que mencionei acima sobre o livro vou descrever minhas impressões sobre ele. Como disse no inicio do post, foi o primeiro livro do Stephen King que eu li na vida, provavelmente lerei outros já que gostei bastante da forma como ele escreve, e apesar de dar muitos detalhes em sua história, são totalmente necessários para compor todo o contexto e fazer o leitor envolver-se no enredo, logo não fica uma leitura cansativa e pesada, apesar de ser um livro muito extenso, é daquele tipo que quase não da pra parar de ler.
Eu sou aquele tipo de pessoa que gosta de filmes de terror e nunca teve problemas para dormir depois, com o livro também não foi difícil dormir, mas admito que por duas noite tive pesadelos (coisa que raramente acontece). Então só posso concluir que o autor fez um bom trabalho, a ponto de conseguir mexer com uma pessoa que não se impressiona facilmente. O final do livro foi bem completo, mas com o contexto inicial e tudo o que se passou durante a história, ele poderia ter sido melhor desenvolvido (principalmente a parte em que eles enfrentam A Coisa pela segunda vez). Mas, mesmo assim, foi um final considerável e não estragou em nada a história no seu contexto geral. Apesar dos palavrões e das partes beeem pesadas, eu gostei muito da leitura.

Livro: It A Coisa
Escritor(a): Stephen King
Editora: Suma

... Vá embora e tente continuar a sorrir. Ouça um pouco de rock and roll no rádio e vá em direção a toda vida que existe com toda a coragem que você consegue reunir e toda a crença que tem. . Seja verdadeiro, seja corajoso, enfrente. Todo o resto é escuridão. (ultimas páginas)

setembro 04, 2017

Desventuras em série / A sala dos répteis

Desde criança eu tento ler esses livros, mas até o momento só possuía os 2 primeiros, recentemente que alguém muito incrível  me deu de presente o box. Então finalmente posso ler a continuação da história dos irmãos Baudelaire. Acho que se você chegou aqui é porque tem a certeza de que realmente quer continuar a saber sobre essa história triste, então posso te dizer que não vou te deixar na mão, mas sempre é tempo de desistir e ir ler uma história diferente, uma história que seja feliz, agora se quer mesmo continuar, então vamos lá.

A sala dos répteis

Depois de tudo que os irmãos Baudelaire passaram na casa do conde Olaf, eles foram enviados para um novo lar e foi assim que conheceram o maravilhoso tio tio Monty. ( não foi um erro meu, se você ler o livro irá entender). As crianças acharam que finalmente conseguiriam ter um pouco de paz e tranquilidade, elas estavam realmente empolgadas com o seu novo tutor e tudo o que ele lhes ensinava, afinal quanto mais perigoso parecer, mais as crianças vão se interessar, afinal na idade de descobrir o mundo, crianças gostam mesmo de aventuras. Eu digo tudo isso porque o tio Monty é um membro da sociedade herpetológica, ou seja, ele tem uma sala cheia de répteis em sua casa, e ele conhece cada um deles, além de ter uma enorme biblioteca também, coisas que encantaram muito as crianças. Elas mal podiam acreditar, coitadinhas, que em breve suas vidas iriam mudar de novo. E porque? Apenas lhes digo um nome: conde Olaf. Agora se vocês quiserem saber o resto, devem mesmo ir ler o livro, ou ver a série. 

Livro: A sala dos répteis (Desventuras em série)
Escritor(a): Lemony Snicket
Editora: Seguinte (Companhia das Letras)
Para Beatrice - Meu amor por você viverá para sempre. 
Você não teve a mesma sorte.

setembro 03, 2017

Desventuras em série / Mau Começo

Olááá pessoas! Apesar de parecer, eu não sumi. Estava esse tempo sem postar porque acreditava que seria capaz de ler os 13 livros de desventuras em série bem rapidinho e fazer um post só dessa maravilha, mas eu não sou capaz de ler tão rápido e também ficaria um post gigantesco, afinal é uma história bem longa. E também os irmãos Baudelaire merecem uma sequência né? Seria uma falta de respeito eles passarem tantas dificuldades e de uma forma insensível e impensada juntar a história deles como se fosse uma coisinha simples de nada.
Peço licença ao senhor Lemony Snicket, mas precisarei usar suas palavras, se você gosta de histórias felizes, sobre crianças felizes que vivem suas vidas de criança sem nenhuma preocupação, procure outra coisa para ler, nesse blog mesmo existem outros livros com histórias mais felizes, menos complicadas e que vão te fazer sentir melhor. Mas, se você prefere mesmo conhecer a história dos irmãos Baudelaire, fique aqui mesmo, só não reclame depois, você foi avisado.

Mau começo

É o primeiro livro da sequencia  que conta a história dos irmãos Baudelaire, escrito por Lemony Snicket (pseudônimo de Daniel Handler).  O livro começa com um dia normal na vida dos irmãos, eles estão na praia, cada um fazendo a atividade que mais lhe agrada: lendo, mordendo, inventando. Até que uma figura surge na praia deserta trazendo aos irmãos a noticia que mudaria suas vidas para sempre. Violet, Sunny e Klaus são obrigados a mudar para a casa de um completo estranho, esse que diz ser conhecido de seus pais, mas que os irmãos nunca tinham visto. O livro conta como foram os dias que as crianças passaram na casa desse tutor, o conde Olaf, e como descobriram seus planos para tomar deles aquilo que lhes eram de direito. Ainda bem que os irmãos são crianças inteligentes, porque eles precisarão usar suas forças e habilidades para continuar fugindo dos problemas que vão surgir em suas vidas. O melhor desses livros é que o narrador faz parte da história, de certa forma parece que ele está próximo das crianças, observando tudo o que está acontecendo e contando tudo para nós, isso definitivamente torna tudo mais empolgante de ler.

Então, a história dos irmãos Baudelaire não acaba ai, está apenas começando, mas os livros são tão rapidinhos de ler que apenas isso dá como um bom resumo do que aconteceu de inicio, o resto iremos saber nos próximos posts, espero que continuem lendo!

Ps: Se você tem Netflix, você deve saber que lá tem a série desses livros, até o momento ela apresentou até o livro 4. Devo dizer que indico muito essa série, achei bem fiel aos livros e aos personagens, vale a pena ver também.

Livro: Mau Começo (Desventuras em série)
Escritor(a): Lemony Snicket
Editora: Seguinte (Companhia das Letras)
Para Beatrice - querida, adorada, morta. 

agosto 06, 2017

Caixa de pássaros

Esse livro estava na minha lista há algum tempo, mas eu não tinha muita curiosidade. Não sabia do que se tratava e apesar de gostar muito de suspense e temas assim, eu me prendo mais a livros de romance. Mas, durante essa semana, essa curiosidade bateu, e foi forte. Li em dois dias, e acredito que isso é um fator indicativo de que é um bom livro, um livro que te prende, te faz querer chegar logo ao fim para saber o que acontece, ou o que aconteceu, mas quando chega lá não foi exatamente o que eu esperava.

No livro, Malorie a personagem central da história, enfrenta diversas dificuldades em um mundo novo, com duas crianças pequenas. Tudo começou com uma dessas noticias virais na internet, um surto estava fazendo com que as pessoas enlouquecessem e por conta disso acabavam matando outras ou a si mesmas. No inicio pareciam casos isolados, mas aos poucos foi tomando uma grande proporção, Malorie passou de cética para precavida, começou também a cobrir as janelas e proteger os olhos quando saia na rua. Por quê? Essa epidemia era provocada por algo que as pessoas viam, essa coisa, pessoa, animal, objeto, ou sei lá o que, estava solta lá fora e o contato visual fazia as pessoas serem tomadas por uma especie de surto psicótico. Malorie sai de casa em busca de ajuda e acaba sendo acolhida em uma casa com diversas pessoas diferentes, esquemas de sobrevivência e convívio são montados e eles conseguem viver bem por algum tempo, até o problema chegar até eles. Então, a personagem se vê sozinha com a responsabilidade de criar duas crianças e ensiná-las a não enxergar, até o momento em que isso fica insustentável e ela cria coragem para sair dessa casa e buscar ajuda em um novo local seguro. A maior parte do livro se passa durante o caminho até esse novo lugar, e é contado em dois momentos simultaneamente. Cria-se uma grande expectativa em saber o que é, ou quem é esse ser que está causando tudo isso, mas quando chegamos ao final...

Bom, não vou dar spoiler da história assim, apenas vou dizer que também sou uma leitora do tipo que gosta de finais abertos, mas não tanto, quando o escritor gera tanta expectativa em mostrar o foco do problema e depois não revela, deixa um pouco a desejar. Já li outros livros com finais assim e foram perfeitos, mas esse talvez por essa razão não gostei tanto do final, mas não posso dizer que é uma  história ruim, pelo contrário, ela te prende até você querer entrar no livro e saber o que de fato aconteceu, ou o que aconteceria depois.

Livro: Caixa de pássaros
Escritor(a): Josh Malerman
Editora: Intrínseca
O HOMEM É A CRIATURA QUE ELE TEME 
"...A frase, a frase de Gary, apenas oito palavras, a acompanhou desde a noite em que a leu no porão. E não é verdade? Quando ela ouvia um galho se quebrar por meio dos amplificadores que foi buscar com ajuda de Victor, quando ouvia passos no gramado, do que tinha mais medo? De um animal? De uma criatura? Ou de um homem?..." - pág 160.

julho 31, 2017

O Fantasma da Ópera

Logo de inicio me sinto na obrigação de avisar que essa será uma resenha longa, porque sinceramente essa história é o meu amorzinho da vida. Mas, para ajudar quem não gosta de ler muita coisa, vou tentar dividir esse post em subtítulos, assim você pode ler a parte que mais lhe interessar. Assisti ao filme pela primeira vez em 2005 e desde então me apaixonei pela história, pelas músicas, e por cada detalhe, mas foi recentemente que adquiri o livro e agora ele é o meu favorito da estante, comprei o bilíngue em francês e português, porque né, livro de capa dura e lindo assim, não podia deixar passar.

Pelo fato de ser uma história de muitos anos, já existiram inúmeras versões, para a televisão, o teatro, e também musical. Ainda não tive a oportunidade de ir em um musical dessa obra, quem sabe um dia. Por enquanto, alimento minha paixão com esse livro maravilhoso e com o filme que já vi mais de vinte vezes e não me canso jamais.

O Livro.

É uma obra tão maravilhosa que foi publicada pela primeira vez em forma de livro em 1910, e hoje mesmo depois de mais de 100 anos, ainda é muito conhecida pelo mundo todo.
Escrito por Gaston Leroux, com uma incrível combinação de romance e suspense, o livro conta a história de uma figura misteriosa que vive no subterrâneo do teatro de Paris. O autor narra a história como uma investigação, onde ele esta em busca de testemunhas que sejam capazes de atestar a existência do fantasma, pessoas que o viram ou que tiveram algum tipo de contato com ele. A leitura fica um pouco cansativa por conta da linguagem utilizada, exemplo: " ...vós podeis vos retirar..." ou "... o que vos força a voltar...". Não estamos mais tão acostumados com esse uso, mas isso não interfere de forma alguma na compreensão do romance.  Aos poucos a história vai ganhando forma e podemos conhecer mais sobre esse ser misterioso, o porque ele se esconde do dia, porque causa tanto medo nas pessoas. E conhecemos outros personagens principais também, como: o visconde Raoul de Chagny, amigo de infância da mocinha que acaba se apaixonando por ela quando se reencontram em uma das apresentações no teatro, ele é um jovem mimado que no livro fica choramingando o tempo inteiro e só é capaz de tomar alguma atitude racional quando recebe a ajuda do Persa (outro personagem) e Christine Daaé a tal da mocinha, aprendiz do Anjo da Música, que passa a maior parte do livro iludindo os dois e essas coisas (Estou tentando ser imparcial, mas de fato meu personagem preferido é o fantasma, afinal sem ele, seria apenas mais um casalzinho sem emoção)



O Filme.

Lançado em 2004, o filme baseado na obra de Gaston Leroux é dirigido por Joel Schumacher e produzido por Andrew Lloyd Webber, ele é no formato de musical com aproximadamente duas horas e meia, que contam brevemente os detalhes que estão no livro. Como o Fantasma da Ópera, o ator escocês Gerard Butler (esse ai da foto ao lado do DVD, ele é uma das grandes razões por eu gostar tanto desse filme) como Christine Daaé Emmy Rossum e como Raoul de Chagny o ator Patrick Wilson. Achei uma obra maravilhosa desde as músicas, o figurino, o cenário, o elenco (claro que quem não gosta do tipo musical, vai achar super chato, porque de fato cantam mesmo o tempo inteiro). Enfim, depois de tanto tempo conseguiram reunir o melhor do livro e do musical, houveram muitas criticas é claro, mas o filme teve 3 indicações ao Oscar, o de melhor direção de arte, o de melhor direção de fotografia e o de melhor música.

Preciso falar sobre Érik.

Agora vamos tratar do personagem principal, Érik, o fantasma da ópera. Ele é um gênio como já mencionei, mora no subterrâneo do teatro que é cheio de passagens e portas secretas, onde com certeza só ele conhece, só ele sabe como abrir e como fechar as portas, e o faz na hora e da maneira como bem entende. Rejeitado  pelos pais na infância, por conta de sua deformação no rosto, sua primeira peça de roupa foi uma máscara que ele usa para tentar esconder aquilo que mais assusta, e também para tentar parecer mais apresentável diante das pessoas, isso se ele por alguma razão chegue a ficar frente a frente com alguém, porque na realidade o seu lugar, onde fica realmente a vontade é na escuridão e sozinho. Ele é incrível em tudo o que faz, é um mágico habilidoso, um artista singular, um arquiteto avançado para a época, possui uma voz envolvente e afinada, um mestre na música, ele realmente desenvolveu vários dons durante o tempo que passou sozinho, escondendo-se das pessoas. E então ele se apaixona por Christine, e se aproxima dela através da musica, como um professor. Até o momento em que ele descobre que ela está apaixonada por outro e trava uma guerra contra eles, sequestra a moça e mostra a ela como é a sua vida solitária. Assistindo ao filme, ou lendo ao livro, é difícil não se apaixonar por Érik, apesar de ser um personagem terrível, ficamos o tempo todo com uma mistura de sentimentos. Sentimos a dor dele por amar tanto alguém e saber que nunca será correspondido, a dor por ter sido sempre rejeitado, um destino que ele não pôde escolher, simplesmente teve que aprender a conviver. Vamos do medo a compaixão, é uma história muito intensa, onde podemos conhecer a que ponto uma pessoa é capaz de chegar se não for amada de verdade. Ele se mostra ruim o tempo todo, mas eu vejo como uma forma de defesa, afinal o mundo por si só já é muito cruel e ainda mais com aqueles que são diferentes. Por fim, Érik queria apenas que por um momento na sua vida, um único momento,  alguém fosse capaz de o tratar como um ser humano, que tivesse compaixão dele, e fosse capaz de beijá-lo ou chorar com ele, sentindo sua dor por ser quem ele era.

Livro: O Fantasma da Ópera.
Escritor(a): Gaston Leroux
Ano: 1910
Editora: Landmark
"... Ó, daroga, eu senti as lágrimas dela correndo sobre a minha fronte! A minha fronte! A minha fronte! Elas eram quentes... eram doces! Espalharam-se por toda a minha máscara, as lágrimas dela! Elas se misturavam com as minhas lágrimas, em meus olhos!... elas corriam até a minha boca... Ah, as lágrimas dela, em cima de mim! Escute, daroga, escute o que eu fiz... Arranquei a minha máscara para não perder nenhuma de suas lágrimas... E ela não fugiu!... E ela não morreu! Ela continuou viva, chorando... sobre mim... ao meu lado... Nós choramos juntos! Deus do céu! Vós me destes toda a felicidade do mundo!..." pág 445 (livro bilíngue francês/português)


... And do I dream again?
For now, I find
The phantom of the opera is there
Inside my mind...

junho 29, 2017

Eu estou pensando em acabar com tudo

Geralmente quando termino de ler algum livro, mesmo que eu não o tenha entendido, procuro escrever primeiramente as minhas impressões e somente depois buscar outras resenhas para tirar mais ou menos conclusões melhores sobre o que eu li, ou saber se existe algum outro angulo da história que eu não tenha absorvido. Esse livro é uma exceção. Assim como o li em apenas um dia, no instante em que cheguei ao ponto final, corri para o tio Googs para tentar entender um pouco do que havia acabado de ler, mal tive tempo de refletir ou pensar sobre, realmente ficou uma enorme confusão na minha cabeça. Mas foi bom, porque realmente tudo o que senti, a maioria dos que leram também sentiram. É um livro curto, escrito exatamente para te prender do inicio ao fim, cheio de questões que realmente nos faz refletir. E chegamos aqui a velha história, não vi a sinopse nem nada, apenas pelo titulo resolvi ler. Mais uma vez fui surpreendida, a principio parecia que o rumo da história era realmente o que eu havia pensado, mas por fim era algo muito mais profundo e que estava sendo mostrado desde o inicio.

O livro é contado pela perspectiva de uma garota que namora um cara chamado Jake, eles estão em uma viagem de carro rumo a fazenda dos pais dele, é a primeira vez que ela vai lá. Então começam vários questionamentos na cabeça dela: se o relacionamento deles é real, se vai ser algo duradouro, como saber que quer uma determinada pessoa pelo resto da sua vida? Como saber se vai conseguir conviver com suas manias e seu jeito? Durante o tempo inteiro observamos várias vezes em que simplesmente a personagem quer acabar com tudo, mas acaba deixando para depois, porque a realidade do que vai acabar de verdade não é apenas um relacionamento, é muito mais que isso. O livro passa por dois momentos, um da viagem e outro com uma conversa entre duas pessoas, após um corpo ter sido encontrado. É um terror psicológico que te prende do inicio ao fim, meio parado de inicio e depois parece que você se perde na história, parece que deixou algo passar, que não prestou atenção, mas é aquilo, é exatamente aquilo mesmo que você está lendo. É um livro difícil de interpretar, cheio de frases com coisas ditas e não ditas, que misturam o real e o que não conseguimos entender.
Não sei como definir se é bom ou ruim, se definitivamente gostei ou não, mas é um livro muito inteligente, desde como a história é construída, até como ela termina. Como disse, li outras resenhas e cada pessoa teve uma impressão e uma interpretação diferente desse livro, esquizofrenia? solidão? depressão?. Ele realmente pode ser algo diferente, dependendo quem o lê, e é por isso que na minha opinião ele pode até se tornar genial.

Livro: Eu estou pensando em acabar com tudo.
Escritor(a): Iain Reid
Editora: Fábrica 231.
"... A memória é única cada vez que é lembrada. Não é absoluta. Histórias baseadas em fatos reais normalmente têm mais a ver com ficção do que com fatos. Tanto ficção quanto quanto memórias são relembradas e recontadas. Ambas são formas de histórias. Histórias são a forma como aprendemos. Histórias são como entendemos uns aos outros. Mas a realidade acontece apenas uma vez..." - Pág 32.

junho 27, 2017

O poder do hábito

Esse livro não contém um dos meus temas favoritos, comecei a ler porque eu tinha curiosidade com relação ao que estava escrito na capa "Por que fazemos o que fazemos na vida e nos negócios". Por ser de um tema que não chama muito a minha atenção, demorei para focar de verdade no livro e apesar de ter uma quantidade normal de páginas, parecia ter muito mais. Aos poucos, quando realmente começou a fazer sentido, reconheci o tamanho da importância do assunto que estava ali em minhas mãos.

O poder do hábito traz vários exemplos de como as rotinas estão fortemente enraizadas em nossas vidas, muitas vezes mal percebemos que ela existe, mas ela está ali. Por exemplo, você já parou pra pensar porque molha a escova de dentes e só depois coloca a pasta? ou porque coloca a pasta e somente depois molha a escova? Pode parecer meio idiota, mas o livro explica que isso pode ser sim um hábito. Quando você acorda atrasado por exemplo e pula as etapas da sua rotina da manhã, parece que demora muito mais para que você consiga se organizar durante o dia, parece que você está jogado na vida sem saber o que fazer. Se o seu hábito é tão forte que muitas vezes você pode se sentir perdido sem ele.
O livro conta diversas situações em que as pessoas precisaram mudar as suas rotinas para se adaptar a algo melhor, seja na vida pessoal ou nos negócios, ele também apresenta diversos estudos que justificam tais conclusões, foram muitos anos estudando o cérebro humano para conseguir definir como identificar os pontos que precisam ser mudados para conseguir conquistar determinado objetivo. Um dos exemplos citados no livro foi de como uma produtora conseguiu inserir uma música que a principio parecia ser um grande sucesso, mas que depois de seu lançamento nas rádios não foi bem aceita entre os ouvintes, os estudiosos descobriram que geralmente as pessoas gostam de um padrão e vão aceitar aquilo que se encaixe nele, ou seja, para que algo novo seja aceito e reconhecido, as pessoas precisam ter certa familiaridade. Assim, ao introduzir essa determinada musica no meio de duas outras que já eram do gosto popular, ela acabou se tornando conhecida e aceita, ficando no topo das músicas de grande sucesso.

Por fim, acabei gostando do livro, ele fez com que eu enxergasse coisas que talvez precisam ser mudadas na minha vida para que eu conquiste algo melhor e que talvez eu precise organizar melhor as minhas rotinas para conseguir fazer tudo o que preciso e obter resultados.

Livro: O poder do hábito.
Escritor(a): Charles Duhigg
Editora: Objetiva
...Centenas de hábitos influenciam nossos dias - eles orientam o modo como nos vestimos de manhã, como falamos com nossos filhos e adormecemos à noite; eles afetam o que comemos no almoço, como realizamos negócios e se vamos fazer exercícios ou tomar uma cerveja depois do trabalho. Cada um deles tem uma deixa diferente e oferece uma recompensa única. Alguns são simples e outros são complexos, apoiando-se em gatilhos emocionais e oferecendo prêmios neuroquímicos sutis. Porém todo hábito, por maior que seja sua complexidade, é maleável... - Pág. 348.

maio 24, 2017

A Lista

Imagem do Google 
Preciso falar novamente de um livro da Cecelia Ahern e de como a maneira que ela escreve simplesmente me conquista. Se não me engano é o 4º livro que li da autora e já deu para entender a maneira como ela vai criando aos poucos os personagens e a história para nos envolver. Todos eles surtiram o mesmo efeito em mim, e ao chegar ao final de cada livro me senti com vontade de ler mais, porém nunca ficaram lacunas não preenchidas em seus romances, nem dúvidas ou coisas que foram deixadas no ar, pelo menos não pra mim. A maneira como ela escreve pode parecer parada de inicio e um pouco cansativa, mas sempre do meio da história para o final é possível notar o quanto foi necessária aquela volta, ou todos aqueles detalhes para realmente construir a história e finalmente envolver o leitor.

Como o titulo desse post mesmo diz, não estou aqui para falar sobre a escritora, mas sim para dissertar sobre as minhas conclusões desse livro "A Lista". Como já expliquei em outro post, geralmente escolho os livros pelo titulo e imagino como seria uma história que se encaixaria nele, então raramente leio as sinopses. Comecei a ler esse livro imaginando que seria algo totalmente diferente, mas a história me surpreendeu. 

O livro conta a história de Kitty Logan uma jornalista que iniciou sua carreira totalmente apaixonada pela profissão e cheia de vontade de fazer algo que seja realmente relevante para a vida das pessoas, mas com o tempo ela acaba se perdendo e se deixa levar para o mesmo caminho de todos os outros da área, até o momento em que é obrigada a repensar seus valores e trazer de volta a sua essência. Kitty recebe a missão de escrever uma matéria para a revista de sua grande amiga Constance, o que ela não sabia é que seria mais difícil do que ela imaginava, possuía como material apenas uma lista com cem nomes de diferentes pessoas, e ela deveria encontrar o que ligava todas elas, o que seria realmente o foco da matéria. Com o prazo se esgotando e aproximando-se o dia da publicação, ela embarca em uma viagem unindo várias dessas pessoas que conseguiu contato e por fim descobre o verdadeiro tema relevante da matéria e também se redescobre como jornalista e como pessoa. 
É um livro que nos faz refletir o valor de cada pessoa, cada um tem um propósito na vida, ou um sonho, ou alguma história importante para contar e é isso o que faz de cada um especial e único. 
Eu gostei muito porque não é apenas um romance onde o foco central é o casal, o que um fez ou o outro enquanto ainda não se conheciam ou apenas sobre suas histórias de vida até esse momento, mas sim o foco está em pessoas diferentes, que viveram em épocas diferentes, em lugares diferentes e passaram por situações diferentes que moldaram cada uma delas a ser quem são, a fazer o que fazem ou pensar como pensam. 

Livro: A Lista.
Escritora: Cecelia Ahern
Editora: Novo Conceito
"...Todo individuo em qualquer parte do mundo tem uma história extraordinária para contar. Talvez pensamos que somos pessoas comuns, que nossa vida é entediante porque não estamos fazendo nada de extraordinário nem estampando as capas dos jornais, tampouco suas manchetes, nem ganhando prêmios memoráveis. Mas a verdade é que todos nós fazemos coisas fascinantes, admiráveis e das quais deveríamos sentir orgulho. Todos os dias as pessoas fazem coisas que não são comemoradas..." pág 292 (e book).

março 22, 2017

Quarteto de Noivas

Acertei na escolha quando decidi comprar o box dos livros Quarteto de Noivas, como já expliquei geralmente compro os livros pelo titulo e pela capa, ou simplesmente por ser de um autor que já gosto, porém foi a primeira vez que li algo da Nora Roberts. E espero ler mais, pois não foi uma leitura cansativa e sim bastante interessante que me envolveu completamente nesse mundo dos casamentos e até pensei em entrar nesse tipo de negócio, porque é realmente incrível demais cada detalhe que existe nos bastidores. Antes de ler eu imaginava superficialmente a história e quando vi como era na verdade, fiquei encantada.

A empresa de casamento "Votos" é dirigida por quatro amigas, cada uma delas ganha um livro individual para contar a história de suas vidas até o momento do seu grande dia, ou até o momento do famoso pedido. Cada livro nos faz conhecer particularmente cada uma e também conta detalhes de como conheceram seus respectivos amores, os seus primeiros encontros e também as dificuldades que enfrentaram para chegar ao momento do próximo grande passo de suas vidas. 
O livro Álbum de Casamento conta a história de Mackensie Elliot a fotógrafa da Votos, nele explica o inicio da empresa e da amizade das quatro garotas, além de contar com detalhes como ela desenvolveu essa paixão por fotografia e por um certo tal de Carter Maguire. 
O livro Mar de Rosas nos faz conhecer Emmaline Grant a decoradora da Votos, ela é de uma alegria contagiosa e tão romântica, não é por acaso que lida com essa parte da empresa e faz isso com muito amor, afinal, só ela consegue transformar o ambiente de uma tarde de outono para um jardim na primavera em poucos minutos. (Foi o livro que li mais rápido, talvez o que eu tenha gostado mais)
Agora chegamos ao livro Bem-Casados e foi a vez de conhecer a doceira Laurel McBane e não teve  mesmo como não se emocionar com essa história e nem deixar a vontade de comer bolo de lado, os detalhes do seu trabalho descritos no livro é tão maravilhoso, cada casamento, um bolo especial e tantos recheios que eu nem imaginaria que existisse ou pensaria que seriam bom para bolos, ela como todas as outras amigas teve que lutar para conseguir realizar os seus sonhos. 
E enfim chegamos ao Felizes para Sempre e conhecemos com mais detalhes a Parker Brown, administradora, organizadora, faz-tudo, eficiência em pessoa, sabe-tudo, inteligente e tudo mais. Queria eu ter uma vida organizada como a dela, um closet cheio de sapatos e roupas organizadas por cor, mas até mesmo para ela, a vida reservou grandes surpresas que não estavam detalhadas em sua agenda. 

Com essa dinâmica que entendi depois de quase terminar o primeiro livro: quarteto de noivas, quatro amigas, quatro livros. Eu deveria saber, mas não sabia e toda a história me surpreendeu. Gostei de conhecer as quatro amigas mas acho que o ultimo livro poderia ter sido um pouco maior, para dar tempo de contar com detalhes o que aconteceu depois (não quero das spoiler, mas eu gostaria mesmo de ter visto mais, sabe tipo detalhes de mais casamentos, se é que me entendem)

Livro: Álbum de Casamento (Quarteto de Noivas - Livro 1)
Escritor(a): Nora Roberts
Editora: Arqueiro
"...O amor assusta e, às vezes, é passageiro. Mas vale a pena correr os riscos e ficar nervosa. Até se machucar vale a pena..." pág 155.

Livro: Mar de Rosas (Quarteto de Noivas - Livro 2)
Escritor(a): Nora Roberts
Editora: Arqueiro
"... O amor pode ferrar bastante com você antes que descubra como conviver com ele..." pág 275.

Livro: Bem-casados (Quarteto de Noivas - Livro 3)
Escritor(a): Nora Roberts
Editora: Arqueiro
"... Acreditava totalmente que cada pessoa, cada coração, tinha um complemento. Um par. Alguém certo para ela. Sempre acreditara nisso..." pág 186.

Livro: Felizes para Sempre (Quarteto de Noivas - Livro 4)
Escritor(a): Nora Roberts
Editora: Arqueiro
"... Apaixonados, pensou. Na mesma frequência. Prontos para começar uma vida juntos, como um casal, como amantes, como amigos e companheiros. Para caminhar juntos tornando real o felizes para sempre. E isso, admitiu, era o que ela própria sempre quisera..." pág 255


março 21, 2017

Loney

Acredito que as estórias de cada livro tem o poder de nos atingir especificamente dependendo do dia ou da fase da vida em que estamos vivendo. Estou dizendo que talvez em algum outro momento em que vier a ler Loney novamente, eu possa ter uma nova interpretação e uma nova visão sobre ele. Mas, apesar de tentar fugir da expectativa, acabou que o livro não foi o que eu esperava. É fato que o marketing criado para ele foi errado, criando nos leitores uma expectativa enorme para uma estória que na verdade era mais amena, nos levaram para um caminho que na verdade no livro é outro completamente diferente.
O tema principal desse livro é a religião, apresentando na narrativa dois lados muito diferentes e distintos, chegando a entrar em conflito, afinal o milagre que aconteceu foi por conta da fé inabalável de uma mãe que gostaria que seu filho fosse curado, ou por outro lado aconteceu através de um ritual mistico. Loney é uma leitura lenta, onde a narrativa demora um pouco para ganhar forma e alcançar o clímax  e quando finalmente chegamos lá, parece que fica algo inacabado ou mal explicado. É perfeitamente possível entender o que acontece na vida dos dois irmãos personagens principais do livro, mas alguns dos outros personagens parecem estar meio perdidos e suas histórias são dispensáveis para compor toda a estória principal que é descrita no livro.
Enfim, eu gosto de ler, independente o que seja, acho que de qualquer forma é possível aprender alguma coisa, mas Loney decepcionou um pouco pelo tipo de estória que eu estava esperando, só devo acrescentar que a capa desse livro é maravilhosa.

Livro: Loney
Escritor(a): Andrew Michael Hurley
Editora: Intrínseca.
(Igualdade. Era risível. Aquilo não tinha nada de igualdade. Não de acordo com o que ele entendia da palavra. Somente aos olhos de Deus havia pessoas iguais. Aos olhos de Deus toda pessoa tinha a mesma oportunidade de ser recompensada com a paz eterna, mesmo os pecadores mais inveterados. Todos poderiam trilhar juntos o mesmo caminho, bastava apenas que as pessoas do Outro Mundo se arrependessem. Mas elas jamais fariam isso.) - pág 277.


março 20, 2017

O mundo do textão

Vocês já notaram isso né, eu não sei qual portal se abriu, mas que o mundo do textão invadiu o mundo online e também o mundo real, é um fato. Vou começar falando sobre como isso inspira as pessoas, parece um vírus, uma doença, seja o que for, mas que passa de uma pessoa para outra. E tudo isso começa com um texto, não um texto qualquer, um texto que esboça algum tipo de opinião, ou não né porque hoje em dia é muito incrível a capacidade que as pessoas desenvolveram de ter opinião para tudo e o prazer de discordar de alguém, pela simples razão de poder se sentir superior, ou inteligente, ou cool, ou qualquer coisa.

O processo do mundo do textão começa assim: um ser humano está aparentemente vivendo sua vida quando uma ideia lhe surge a cabeça, e não sendo o bastante apenas refletir para si mesmo sobre o assunto, esse mesmo ser humano decide expor ao mundo o que pensa e então escreve um texto, cheio de opiniões, desabafos, conclusões sem embasamento, entre outras coisas e (não esqueça dessa parte que é muito importante) posta em uma rede social (principalmente Facebook). Com isso, simplesmente assim, o portal está aberto.

Outros seres humanos que estavam apenas respirando e vivendo suas vidas, acabam lendo aquilo e seus dedos começam a coçar para debater ou expor sua opinião sobre aquilo também e então surge outro texto, depois outro, mais outro, mais um e mais outro. De repente, o assunto que começou falando sobre “amor” já está discutindo a “sociedade machista, feminista, radialista, consumista, taxista, modernista” e perde todo sentido. Parece que as pessoas simplesmente pararam de pensar, mas qual o problema de alguém escrever um textão? Nenhum. Afinal, eu estou escrevendo um agora, exatamente para questionar isso de escrever textão. Mas, o ponto que quero chegar, é que não há problema nenhum em escrever ou expor sua opinião, mas se ela não vai acrescentar em nada a vida do outro, só vai causar discórdia, discussão sem razão, e outras coisas negativas, para que afinal você vai encher as redes sociais disso? Nesse caso, nos poupe e faça um blog.




março 19, 2017

Sonhos

Os sonhos nos deixam com várias dúvidas sobre o que realmente acontece quando dormimos tão profundamente, ou não. Algumas pessoas dizem que os sonhos têm um significado especial, o que temos certeza é que alguns sonhos parecem tão reais que no momento em que acordamos é difícil saber se é a realidade ou ainda estamos sonhando.

Lembro que uma vez estava em uma aula de filosofia e o professor nos fez o seguinte questionamento: “Como vocês sabem se agora estão acordados ou se estão sonhando? ”. Boa pergunta. Eu comecei a pensar a respeito e eu sabia que mesmo que eu conseguisse chegar a uma conclusão que fosse aceitável para mim, no fundo eu ainda teria muitas dúvidas.  Então ele deu a resposta: “Nós sabemos que estamos acordados, porque estamos pensando”. Legal, ele esclareceu muito, isso que ele disse faz sentido e ao mesmo tempo não faz. 

Fiz algumas pesquisas e fiquei sabendo que sonhamos no 5º estágio do sono, onde entramos na fase do sono REM, é um estágio bem profundo do sono e pode acontecer umas 6 vezes por noite. Algumas pessoas dizem que os sonhos servem para organizar as informações que absorvemos durante o dia, outras sonham com aquilo que as incomoda (uma forma de enfrentar suas dificuldades) e outras interpretam como sinais sobre algo que ainda vai acontecer, mas de fato seja o que for é um grande mistério.

Muitas vezes, assim que acordamos nos esquecemos daquilo que sonhamos, as vezes somos capazes de lembrar por alguns minutos, mas ao longo do dia esquecemos completamente. Eu já tive vários sonhos assim, quando acordei repassei o que havia acabado de sonhar e algum tempo depois, não lembrava de nada. Mas tem uns sonhos que eu lembro, mesmo que já tenha se passado muitos dias.

O que me faz refletir muito sobre esse assunto, são três coisas em particular:

      1) Quando sonho algo que eu sei que já sonhei antes, sabe aquela sensação de Déjà vu? Algumas vezes tive esse mesmo sonho, quando acordo tenho certeza que já o tive, mas não lembro absolutamente nada sobre ele, só tenho a certeza de que já aconteceu antes. Pode ser só impressão, mas pode não ser. É algo muito estranho.

      2)  Quando sonho com pessoas desconhecidas. Já ouvi dizer que de fato já vimos essas pessoas que aparece em nossos sonhos, mas foi em fração de segundos, por isso achamos que nunca a vimos. Mas, isso não me convence muito não. Então fico naquela entre acreditar que já vi essa pessoa, mas não a reconheço em sonho e entre encontrar uma explicação para o meu cérebro me apresentar uma pessoa que nunca vi e ela ser somente fruto da minha imaginação (acho que não né, não sei)

3)  Quando sonho com algo que acontece na vida real. Já aconteceu muitas vezes comigo e eu admito que cheguei a ficar boquiaberta, durante a noite sonhei que algo havia acontecido em relação a alguém ou a alguma coisa, e quando acordei durante o dia, ou até alguns dias depois, essa coisa que sonhei acabou por acontecer de verdade. 
      Exemplo: uma vez sonhei que uma pessoa que não conversava mais comigo havia me mandando uma mensagem e quando acordei mais tarde naquele mesmo dia, a pessoa que eu havia sonhado realmente me enviou uma mensagem.               
      Parece um exemplo meio bobo, mas aconteceu de verdade e não foi apenas uma vez. Pode ser só coincidência, mas pode não ser.

É um tema bastante complexo que pode nos levar para vários outros questionamentos, só nesses levantados acima, ou o porquê sonhamos certas coisas, temos também os nossos queridos pesadelos e muitas outras dúvidas.


E vocês? O que pensam sobre esse assunto?

março 18, 2017

Um tema bom

Fiquei esperando vir a minha cabeça um tema que seja realmente bom para começar, tantos assuntos interessantes, devo começar falando sobre mim? Contar uma história? Posso falar sobre qualquer coisa, qualquer tema, qualquer assunto. Mas, resolvi não falar sobre nada e apenas escrever uma introdução, quem sabe assim essa pressão do primeiro assunto impactante e chamativo vai embora e me deixa mais livre para realmente escrever sobre o que eu quero, ou sobre o que eu gosto.

 Indiretamente posso acabar entrando em algum tema bom aqui, por exemplo, posso começar a falar que talvez algumas pessoas não funcionam bem sobre pressão, talvez eu não encontre um bom tema assim, mas com a introdução disso eu de fato comece a escreve e pare de deixar para amanhã aquilo que eu já deveria ter feito desde ontem e continuado hoje. Então, posso começar a falar como se fosse um bom tema que não devemos deixar para amanhã aquilo que devemos fazer hoje, pois o amanhã é desconhecido e é melhor saber onde estamos nos metendo. Talvez esse seja o tema, não nos intrometer na vida das pessoas.


Ou o primeiro e definitivamente tema bom, pode ser que a mente humana é uma bagunça, muitos assuntos, muitas palavras, muitos sons, gestos, rostos, pessoas, números, cores, imagens. Sorte de quem sabe organizar, ou não. Talvez ainda não seja um tema realmente bom. 

março 17, 2017

Quando tudo volta

Já perceberam como as pessoas se esquecem tão rapidamente das coisas quando é algo que não lhes interessam? Quanto ao fato de um garoto desaparecer de uma pequena cidade, todos ficam curiosos, preocupados, criam teorias, tentam ajudar a família e depois que os dias passam e o assunto vira uma sombra no passado, quem vai se lembrar do sofrimento de alguém, não é mesmo? Ainda mais quando um assunto muito banal, mas que é julgado muito interessante surge como novidade, é realmente muito estranho algo tão pequeno ter uma importância maior do que a vida de um ser humano. Mas as pessoas são assim, fingem o tempo inteiro, demonstram preocupação umas com as outras, querem saber tudo o que acontece, querem fingir ajudar, só que no fundo elas só se importam com aquilo que lhes interessa de verdade, seja o tamanho que for, seja o que for e quem for. As pessoas só se preocupam de verdade com aquilo que pode lhes trazer algum benefício, caso contrário esqueça, não tem “amigos”, colegas, bons vizinhos, não tem ninguém. E por outro lado, as pessoas também buscam incansavelmente algo em que possam acreditar, algo que faça sentindo ter esperança, sempre procuram uma saída para suas vidas paradas e cansadas. As vezes um simples pássaro, uma fé irracional em algo sem sentido, uma escolha errada ou o que for, tudo isso coloca uma cidade inteira diante de um mundo inteiro que não se importa, seja com a tristeza do outro ou com a alegria, o que vale mesmo é o pequeno grupo de pessoas que se importam de verdade, aqueles que não importa o tempo que demore, estarão em pé olhando pela janela com esperanças de alguém voltar e tudo mudar.

Livro: Quando Tudo Volta
Escritor: John Corey Whaley
Editora: Novo Conceito
(O Dr. Webb diz que a vida é cheia de complicações e confusões, e que os seres humanos costumam ter dificuldade para enfrentá-la [...] A vida, segundo ele, não precisa ser tão ruim o tempo todo. Não precisamos nos sentir tão ansiosos com tudo. Podemos simplesmente viver. Podemos nos levantar, prever que o dia terá alguns momentos  bons e alguns momentos ruins, e então aceitar esse fato. Aceitar tudo e lidar com as coisas da melhor maneira [...] Quando perguntei a ele sobre o sentido da vida, o Dr. Webb ficou calado e me disse que a vida tem um único sentido, que ela só tem o sentido que cada um de nós dá a ela.)