novembro 04, 2020

Somos Apenas Amigos


Decidi adicionar esse livro as minhas leituras depois dele ter aparecido tantas vezes pelo meu Amazon, só de olhar a capa e ler o nome eu já sabia que era daquele tipo romance agua com açúcar que eu amo, isso deve explicar porque o li em apenas 2 dias. 

Somos Apenas Amigos. 

Olivia Mendes, o tipo garota desajeitada e extrovertida que não tem noção do tamanho da sua beleza e prefere ser a amiga do que ter um lugar de destaque, uma escritora de romances com um pequeno numero fieis de leitores, nem tão conhecida ao ponto de ser parada na rua por conta de fãs enlouquecidos, mas nem tão desconhecida ao ponto de não poder viajar para vários lugares do mundo e trabalhar por conta em seus livros. Até então tudo normal, mas o outro lado dessa história nos leva a um mundo completamente diferente, cheio de paparazzi, glamour, fama a nível estratosférico e fãs completamente enlouquecidas, esse outro mundo é o de Ethan Carter, um jovem, inteligente, sarado e talentoso astro do rock. Eles se conhecem em um hotel pouco antes de um grande show e a conexão entre eles é muito forte, logo ficam amigos, alias é somente isso que eles pensam que querem ser. 

O que eu achei?

Ah gente! Não tem como falar de um livro adolescente que cita musicas de Shawn Mendes usando palavras muito trabalhadas né. A leitura é tão leve, animada e tranquila que pra quem gosta desse tipo de romance nem sente que o livro avança tão rápido para o final, os personagens são apaixonantes e a história é aquele gigantesco clichê do cara famoso que se apaixona pela garota que é completamente diferente e alheia ao mundo cheio de glamour que ele vive, o tipo que todo mundo diz que já está cansado mas que nunca perde a oportunidade de ler ou assistir se for o caso (tipo aquele filme 10 coisas que eu odeio em você que sempre passava na sessão da tarde e você reclamava que nunca passava outro filme e mesmo assim não perdia a chance de assistir). Pra quem busca uma leitura mais leve, é um ótimo livro de transição ou para aqueles momentos de ressaca literária que você quer ler uma coisinha simples até pegar o ritmo de novo, perfeito para desacelerar. Sem falar que eu amo a literatura Nacional exatamente por nos trazer para um contexto que conhecemos, tipo oi Aeroporto Internacional de Guarulhos, oi cidadezinha do interior de São Paulo, simplesmente amo! 

Autora: L.C. Almeida
Editora: Independente
Nota: 7

Amor precisa ser construído. Você pode olhar para uma pessoa e pensar "Nossa. Acho que daríamos certo juntos", mas não tem a ver como você amá-la de cara. Acho que o bonito do amor "para sempre" é justamente isso. Vocês se apaixonam, vão convivendo e se conhecendo, até que um dia a pessoa faz ou fala alguma coisa, aquela pequena coisa que pode parecer banal, mas que te faz se dar conta de que quer passar o resto da vida com ela. 

A Bússola de Ouro


Ganhei o box dessa trilogia no meu aniversário desse ano e terminei a leitura do primeiro livro recentemente. Nunca havia assistido ao filme e nos últimos dias também descobri que tem uma série. 

A Bússola de Ouro

Lyra Belacqua e seu daemon vivem em uma faculdade em Oxford. Um dia em um momento de travessuras, a garota fica presa em uma sala durante uma reunião muito importante, depois do que ela presencia ali e das coisas que ela fica sabendo, uma grande interrogação sobre a vida que ela conhecia até então começa a aparecer em sua cabeça. Mas, somente após o desaparecimento do seu melhor amigo é que ela começa a perceber que a sua missão é muito maior do que ela havia imaginado, a garota então embarca em uma grande aventura em busca do seu amigo e de outras crianças que haviam desaparecido assim como ele. Grandes descobertas, batalhas e aventuras a aguardam nesse processo de busca, ela é uma garota forte, inteligente e corajosa com uma grande profecia em suas mãos para ser cumprida, mesmo que ela ainda não saiba disso.

O que eu achei?

A leitura começa muito promissora, de fato a personagem é muito carismática, inteligente e divertida. Porém, em algum momento mais ou menos chegando ao meio do livro a história começa a se arrastar um pouco, ainda sem apresentar muito bem o rumo que iria tomar. É um livro que exige bastante imaginação e que necessita de que o leitor se conecte muito a história para não se perder. Apesar de achar que ele tenha retomado o ritmo no final, achei que foi muito acelerado, ele vinha em um compasso linear e de repente parecia que precisava terminar rápido e um monte de acontecimentos foram jogados de uma vez. Apesar disso, a história é muito bem construída e a personagem principal é do tipo que agrada muito, por ser apenas uma criança e ainda assim ser tão inteligente e conseguir se virar sozinha em muitas situações. Acredito que a maior razão pela qual eu não tenha gostado mais da leitura foi pelo fato de que o autor passou a enfiar uma critica a igreja e a religião que até então não tinha sido tão relevante para a história e também as mudanças drásticas de rumo nos temas e nas atitudes de alguns personagens (em um momento o personagem era bom e em questão de segundos era completamente o oposto) tantas coisas que haviam acontecido que focavam na superioridade dos personagens e em questões de segundos era tudo culpa da igreja e da religião, inclusive citando de forma modificada trechos de passagens bíblicas. Achei bastante fora de contexto ao rumo que o livro tinha tomado e também me incomodou um pouco a forma como o tema foi introduzido de forma tão crua e negativa. 

PS: já li outros livros que citam a religião como algo negativo, algo que manipula as pessoas, livros que também modificam trechos bíblicos em razão do seu contexto, mas de fato, isso fazia parte e era relevante a história, ainda que criticando, mas de uma maneira mais respeitosa. 

Sobre o Autor Philip Pullman

  •  Ex professor, ensinou cursos com temas como romance vitoriano e contos populares.
  •  O seu primeiro livro, The Haunted Storm, foi publicado em 1972 e ganhou um premio para jovens escritores.
  •  Em 1995 lançou A Bússola de Ouro, o primeiro livro da série His Dark Materials.

Editora: Suma

Nota: 6

"Nós vimos coisas horríveis, não foi? E ainda vem mais, com certeza. Então acho melhor não saber o que está no futuro. Prefiro o presente"

outubro 22, 2020

A Volta do Parafuso


A Maldição da Mansão Bly já estava para estrear na Netflix quando pesquisando sobre, descobri que a história era em sua maior parte é baseada nesse livro. Então resolvi procurar para ler e vi que era bem curtinho, ao iniciar a leitura percebi que era bem confuso também, é um livro antigo e geralmente quando é assim traz palavras e conceitos que são bem diferentes do que estamos acostumados, mas eu fui até o final e devo dizer que não achei tão esplendido como a série.

A Volta do Parafuso 

Uma jovem é contratada para ser educadora de duas crianças, Flora de 8 anos e Miles de dez anos. As condições impostas pelo contratante (o tio das crianças) era de que a jovem deveria morar na mansão onde vivem as crianças e que ela nunca deveria incomoda-lo com qualquer tipo de assunto, tudo seria de total responsabilidade dela. Ao conhecer as crianças, ela se depara com uma garotinha educada e encantadora; e um garotinho educado e misterioso. Após receber uma carta do colégio interno de Miles dizendo que ele não seria aceito novamente na instituição, a jovem começa a nutrir desconfianças e buscar explicações para tal atitude por parte da escola, afinal o que um garoto tão aparentemente bom teria feito de tão ruim. Além disso, as coisas passam a ficar um pouco estranhas na mansão, ela começa a se deparar com aparições e descobre que são de dois ex funcionários que já tinham morrido e cresce a preocupação em manter as crianças longe desse tipo de visão.

O que eu achei?

Antes de ler o livro eu já havia assistido ao filme Os Órfãos (antes da estreia da série), então eu já tinha em mente uma premissa da história e de seus personagens, mas entre os dois existem algumas diferenças e devo admitir que não gostei muito de nenhum. O livro é bem curtinho, pouco mais de cem páginas, uma leitura que teria tudo para ser rápida, mas acredito que devido a algumas divergências na tradução, senti ela bastante confusa. Desde o inicio são criadas várias expectativas para a história, muitas questões são levantadas na mente do leitor e cresce a esperança de que até o ponto final muita coisa será explicada, mas não foi isso o que aconteceu, várias vezes me encontrei com as palavras: "mas isso será explicado depois" ou "será entendido depois" e em sua maioria para mim não houve explicação alguma. Talvez eu não tenha entendido mesmo como dar a volta no parafuso, mas por ser um livro com final aberto acredito que é permitido qualquer tipo de interpretação, a minha é que está tudo apenas na mente da educadora (espero que isso não seja interpretado como spoiler, pois é a minha visão e já encontrei muitas outras diferentes) Enfim, recentemente também foi lançada a série na Netflix que é baseada em sua maior parte nesse livro, ela sim explicou tudo e preencheu perfeitamente toda a premissa do livro, esse é um dos poucos casos em que acho alguma das adaptações melhor do que o próprio livro. 

A Maldição da Mansão Bly

Absolutamente esplêndida. Depois do sucesso que foi A Maldição da Residência Hill confesso que fiquei com um pouco de medo por esperar essa série, a "segunda temporada" das séries quase nunca são tão boas quanto a primeira, mas não me senti nem um pouco decepcionada. Acredito que muitos esperavam por uma história de terror assustadora e que talvez acreditam que nesse quesito a série não teria cumprido o seu papel, mas ela foi tão perfeitamente produzida que não tem como dizer que tenha deixado a desejar, todos os espaços foram preenchidos e foi entregue uma história maravilhosa e muito mais completa que o próprio livro. Se você espera por um terror cheio de sustos, essa realmente não é a melhor opção, a série está mais ligada a um terror psicológico e como já foi apresentada antes na verdade, ela se trata de uma história de amor (ou várias). Ela apresenta vários temas que realmente mexe com o psicológico de qualquer um; o medo do que acontece após a morte, o medo do esquecimento; a dor da perda; relacionamento abusivo; entre outros. A série preenche muitas das lacunas deixadas pelo livro, apesar de não ser apenas baseada nessa obra, a volta do parafuso é o tema central da série, nela podemos conhecer melhor a personagem da educadora, as crianças, o tio e outros personagens que vivem na mansão em histórias paralelas. Se você gosta de uma trama fechada, terror, drama, suspense, recomendo muito assistir.

Editora: Landmark
Nota: 6

outubro 19, 2020

A Arte da Guerra


Antes de ler eu achava que o livro era um relato de guerra e que as coisas aprendidas serviam para o mundo dos negócios, já que ele é muito citado nesse meio. No decorrer da leitura eu percebi que era literalmente um manual de guerra que dava instruções de como agir e pensar, para de fato vencer a guerra, é claro que é possível aprender muitas coisas aplicáveis ao mundo corporativo, mas não é algo que é explicito durante a leitura, você precisa refletir um pouco para encontrar a sua aplicabilidade, talvez por essa impressão que muitas pessoas dizem que não encontram nele o porque de ser tão recomendado para a area. Mas, se levar em consideração que é preciso você conhecer a si mesmo (como general); conhecer as outras pessoas (o inimigo) conhecer a situação em que precisa agir (o campo de batalha) saber o momento e a maneira certa de agir (a estratégia) você será capaz de vencer qualquer dificuldade ou problema da vida (a guerra). Então, além de ser usado como metáfora para aprendizados nas empresas e nos negócios, é um livro que pode ser usado para ensinamentos em muitas outras situações. 

Por ser um livro curto de leitura rápida, não temos muito o que discorrer sobre ele, recomendo muito a leitura, mas que seja feita de mente aberta sem esperar que literalmente estejam escritas as palavras: empresa, ambiente de trabalho, gerente, equipe e etc.


Sobre o Autor:

Sun Tzu foi um general, estrategista e filósofo chinês, principal nome relacionado a escola militar de filosofia chinesa. É mais conhecido por seu tratado militar, A Arte da Guerra, composto por 13 capítulos de estratégias militares.

Alguns historiadores entram em divergência quanto a sua existência, pois tradicionalmente Sun Tzu vivera no período das primaveras e outonos da China (722 a.C. - 481 a.C.) como general do Rei Hu Lu.  Mas, alguns historiadores mais recentes que admitem a sua existência datam o seu trabalho, A Arte da Guerra, do Período dos Reinos Combatentes (476 a.C. - 221 a. C.) baseado nas descrições de guerra do livro e pela semelhança do texto com o outros trabalhos feitos no inicio do período dos Reinos Combatentes.

Editora: Nova Fronteira
Nota: 7

"Se a batalha tem grande possibilidade de resultar em vitória, deve-se lutar, ainda que o soberano o  proíba; se a batalha prometer algo diferente da vitória, não se deve lutar, ainda que o soberano o exija."

outubro 05, 2020

Cinco Linguagens do Amor para Solteiros


Você sabe qual é a sua linguagem de amor? Aliás você sabe quais são as cinco linguagens do amor?

O autor descreve como 5 linguagens do amor as formas de lidar com as pessoas dentro de seus relacionamentos. Todos podem conversar através das cinco, mas apenas uma lhe fará sentir-se mais amado. São elas: 1) Palavras de afirmação; 2) Presentes; 3) Atos de serviço; 4) Tempo de qualidade; 5) Toque físico. 
O livro trás diversos exemplos de como relacionamentos foram transformados após descobrir e focar na linguagem de amor principal de cada um. Filhos que melhoraram seu relacionamento com os pais, namorados que descobriram como amadurecer seu relacionamento, pais que aprenderam a lidar melhor com seus filhos. 

O que eu achei? 

O livro é bastante explicativo, nos ajuda a perceber como melhorar nossos relacionamentos com os outros e entender que as vezes a outra pessoa tem uma forma diferente de receber amor, tudo melhora quando você aprende a comunicar melhor a linguagem de cada um. É uma leitura bem curta e leve, abre os nossos olhos também sobre a importância de cuidar da forma certa de cada tipo de relacionamento, descobrindo a maneira como a pessoa se sente mais amada, sendo através de elogios, presentes, passando tempo juntos, abraços ou fazendo algo útil para facilitar a vida dela. O escritor possui embasamento cristão e seu livro é focado para esse público, apesar de trazer em seu nome "para solteiros" ele trata de relacionamentos no geral, não apenas o romântico. 

Sobre o Autor Gary Chapman
  • Ele é pastor, conselheiro matrimonial e escritor.
  • Estudou teologia e antropologia.
  • Já escreveu mais de 30 livros.
  • Em seu portfólio possui temas sobre casamentos, filhos, perdão, ambiente de trabalho e as obras mais conhecidas que trazem como tema as 5 linguagens do amor.

Editora: Mundo Cristão
Nota: 7

"Sucesso é fazer o máximo de quem você é com o que você tem"

setembro 17, 2020

Anne de Avonlea


Estou pensando seriamente em postar resenhar em conjunto, com dois ou mais livros quando for uma série. Acho que fica um tanto cansativo ir contando aos poucos porque as vezes realmente não acontece muita coisa significativa em um livro que faz parte do "meio" de uma série. Acho que os mais empolgantes são o primeiro e o ultimo, mas é aquela história né, as vezes o que vale mais é a jornada.

Anne de Avonlea

Anne está mais crescida e madura, já não se mete mais em tantas confusões como antes, mas continua uma moça decidida, determinada e de temperamento forte. Ela começa a dar aulas na escola de Avonlea e  sente que seu dever está além do que simplesmente lecionar, Anne acredita que tem um dever moral para com aquelas crianças e se empenha ao máximo para deixar lições que elas poderão usar em suas vidas. Além das atividades de seu trabalho na escola, Anne ainda tem muitas tarefas juntamente com Marilla em Greengables, devido a problemas familiares, elas estão cuidando de duas crianças pequenas e muito diferentes entre si. Anne continua empenhada em trazer melhorias para quem mora na região e em uma de suas caminhadas ela acaba conhecendo uma nova alma gêmea, a senhorita Lavendar e com isso, descobre uma antiga história de amor.

O que eu achei?

A história é um pouco arrastada, diferente do primeiro livro onde Anne era criança e vivia empenhada em arrumar confusão, nesse ela já esta mais velha e com mais responsabilidades, sua imaginação já não é mais tão fantasiosa, mas ainda assim é uma parte dela que é muito viva. Anne precisa lidar com mais responsabilidades já que agora tem um trabalho como professora, precisa ajudar Marilla na fazenda e ainda ajudar a cuidar de duas crianças. A vida em Avonlea segue normalmente como no primeiro livro, fofocas, pequenas confusões, projetos para melhoria da cidade, novos moradores, etc. Mais no final do livro podemos conhecer o ritmo que a história vai tomar no terceiro livro, algumas novas mudanças acontecem para Anne. Apensar de um pouco mais lenta, é uma leitura tranquila, acompanhando mais dois anos da vida dela e esperando o que vai acontecer na próxima fase. 

Editora: Ciranda Cultural.

Nota: 7

"Só quem não está mais vivo é que está livre de surpresas"

setembro 15, 2020

Uma História Meio Que Engraçada


Desde 2014, a Associação Brasileira de Psiquiatria – ABP, em parceria com o Conselho Federal de Medicina – CFM, organiza nacionalmente o Setembro Amarelo®. O dia 10 deste mês é, oficialmente, o Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio, mas a campanha acontece durante todo o ano. São registrados cerca de 12 mil suicídios todos os anos no Brasil e mais de 01 milhão no mundo. 
Trata-se de uma triste realidade, que registra cada vez mais casos, principalmente entre os jovens. Cerca de 96,8% dos casos de suicídio estavam relacionados a transtornos mentais. Em primeiro lugar está a depressão, seguida do transtorno bipolar e abuso de substâncias.

Com o objetivo de prevenir e reduzir estes números a campanha Setembro Amarelo® cresceu e hoje conquistamos o Brasil inteiro. Para isso, o apoio das nossas federadas, núcleos, associados e de toda a sociedade é fundamental. (Fonte: Site Oficial Setembro Amarelo)


Com isso, não poderíamos deixar de escolher uma leitura que mencione esse assunto.


Uma História Meio Que Engraçada.


Craig Gilner acredita que o seu futuro depende da sua entrada na melhor escola de Manhattan, ele estuda todos os dias para isso, é tudo o que ele mais quer na vida. Mas, quando finalmente a resposta positiva chega e ele finalmente consegue estar no ensino médio de uma das melhores escolas e mais concorridas, ele fica deslocado e perdido, apesar de ter sido suficiente para entrar, ele não se sente suficiente para permanecer. Além disso, ele tem 15 anos e muitas coisas estão acontecendo ao seu redor, muitos questionamentos sobre si mesmo e os outros, aos poucos ele vai perdendo a vontade de comer e o seu melhor momento é sozinho trancado em um banheiro escuro. Com total apoio de sua família, Craig então resolve procurar ajuda.


O que eu achei?


Uma história meio que engraçada na verdade nos traz uma história muito seria. É um livro que fala sobre depressão e através do ponto de vista do personagem principal podemos conhecer como é o pensamento de uma pessoa que passa por essa doença, como ela se sente nas situações cotidianas da vida e o quanto algo simples (aos olhos das pessoas de fora) pode se tornar tão devastador, como o "simples" ato de comer. Apesar de tratar de um tema delicado, a leitura é tranquila e as vezes realmente engraçada, gosto de como o autor criou um personagem corajoso apesar de ser muito jovem e que antes de qualquer atitude, por ele mesmo, decidiu procurar ajuda e também como no final ele teve uma escolha "feliz". Para quem busca um livro que trate o tema com mais profundidade, talvez essa não seja a melhor leitura, a doença de fato pode ser a mesma, mas pode parecer diferente da perspectiva de um adolescente e as coisas que ele julga como prioridade em sua vida. Sinto ser extremamente difícil escrever essa resenha, infelizmente o que é apresentado no livro não é o que de fato acontece na realidade, muitas vezes as pessoas que sofrem por essa doença  não tem apoio familiar e não tem condições de buscar ajuda, sentem-se cada vez mais sozinhas e rodeadas de gatilhos ou tentáculos que as puxam cada vez mais fundo e não é culpa delas, jamais. 


Sobre o Autor Ned Vizzini:

  •  Escritor de 4 livros de literatura juvenil
  •  Sofria de depressão e passou cinco dias no hospital psiquiátrico e desse momento de sua vida que tirou a inspiração para escrever o seu livro Uma História Meio Que Engraçada.
  •  Em 2010 seu livro Uma História  Meio Que Engraçada virou um filme com o nome: Se Enlouquecer, não se Apaixone.


Editora: Leya

Nota: 8


Os problemas surgem quando as pessoas elogiam você. Porque isso quer dizer que elas esperam que você continue daquele jeito.


O CVV – Centro de Valorização da Vida realiza apoio emocional e prevenção do suicídio, atendendo voluntária e gratuitamente todas as pessoas que querem e precisam conversar, sob total sigilo por telefone, email e chat 24 horas todos os dias.

Centro de Valorização da Vida

Ligue 188

setembro 07, 2020

Passagem da Chuva

Recebi o ebook diretamente do autor e confesso que amei essa nova experiencia de leitura, geralmente eu não leio poesias porque acredito que para elas é preciso ter uma certa maturidade. Poesia transmite grande profundidade nas palavras e despertam vários sentimentos que falam ao coração de quem as lê e ainda mais sobre quem as escreveu. 
Em Passagem da Chuva é possível encontrar diversas poesias com temas sobre o cotidiano, os sentimentos humanos e a vida. A escrita do autor nos traz uma leitura reflexiva e ainda assim, leve e agradável.

Autor: Fernando Henrique Franco de Aquino
Editora: Edição Independente
Nota: 8

Saio de onde venho.
Vou para onde estou.
Fico onde vou.
Quero o que não sou.
Sou o que posso.
Posso ser o que sou.
(Ideias - pág.42)

agosto 03, 2020

Anne de Green Gables

Assisti a série da Netflix e simplesmente não aceitei o fato de que acabava ali, eu não tinha suportado aquela menina um tanto que irritante e chatinha para nada. Quando ela tinha amadurecido a série foi cancelada e realmente não achei certo, então busquei os livros para saber o que acontece depois. E aqui estou eu fazendo a minha primeira resenha dessa longa série de livros (por sinal eu tinha prometido para mim mesma que não entraria em outra série de livros tão grande, eu ainda nem terminei Desventuras em Série) mesmo assim, admito que foi uma ótima escolha ter esses livros na minha estante. 

Anne de Green Gables

Os irmãos Marilla e Matthew decidiram adotar um garoto para os ajudar no trabalho da fazenda de Green Gables. Aparentemente depois de um mal entendido, eles acabaram por receber Anne, uma garota pequena, muito ruiva, sardenta e muito falante. A principio Marilla não queria ficar com ela, pois sua necessidade realmente era ter um garoto, mas depois de conhecer a história daquela pequena criança que já tinha passado por tantas situações, ela decidiu dar uma chance a menina. Matthew a queria desde o primeiro momento em que a conheceu, na viagem de volta da cidade, onde a menina não parou de falar por um segundo e demonstrar a sua satisfação por ir morar em Green Gables. Anne precisa se acostumar com sua nova vida, afinal agora ela não morava mais em um orfanato e tinha uma família, ela havia prometido a si mesma que seria a sua melhor versão para agradar os irmãos Cuthbert. Ela tinha um talento natural para atrair confusão, pois vivia em seu mundo de imaginação e ainda não havia aprendido a controlar todas as palavras que saiam de sua boca, foi um desafio enorme para Marilla e Matthew criar uma criança e ensinar tudo o que ela precisaria saber para ser uma pessoa boa e ter uma vida digna, mas Anne nunca os decepcionou.

O que eu achei?

O primeiro livro é absolutamente tudo o que passa na série, claro que com algumas diferenças em algumas situações ou no tempo em que as coisas aconteciam, mas nada que mudasse de fato a história contida no livro. Realmente é uma leitura muito agradável, acho que se eu não conhecesse nada da história de Anne eu o teria lido mais rápido, provavelmente isso irá acontecer na sequencia já que eu não sei mais o que vai acontecer e sinto que vai ser mais romântico pois Anne já esta crescida. É um livro bem leve e nos ensina muitas coisas, principalmente como dar mais valor as coisas que temos na vida e por mais que as coisas não aconteçam como desejamos, não devemos desanimar e sim persistir. Acredito que será uma ótima experiencia acompanha a vida de uma personagem desde o seu inicio e acompanhar cada evolução, a escrita é muito romântica e criativa. Geralmente gosto de ler os livros primeiro antes de assistir a sua adaptação, porque assim tenho espaço para imaginar os personagens como eu quero e confesso que como assisti a série da Netflix primeiro eu já tinha adotado aquelas fisionomias para os personagens, então não gastei muito a minha imaginação ao ler o livro, mas devo dizer que a interpretação na série é idêntica a cada personagem que se apresenta no livro, não tenho o que dizer que por exemplo a Anne deveria ser mais assim ou menos assim, achei a personagem do livro a mesma que a da série, nós sabemos que as vezes é difícil um personagem ser na adaptação como é no livro, as vezes falta alguma coisa, mas eu realmente achei que não faltou. Enfim, não vejo a hora de saber o que irá acontecer com a Anne agora, estou ansiosa pelos próximos livros. 

Sobre a autora Lucy Maud Montgomey:

* Ela morou a maior parte da infância com os seus avós, ela cresceu sozinha e isso contribuiu para que ela tivesse muito tempo para imaginar e criar as suas histórias.
* Anne de Green Gables foi o primeiro livro publicado pela autora em 1908.
* A fazenda Green Gables realmente existe e está localizada em Cavendish no centro da Ilha do Principe Eduardo no leste do Canadá.
* A autora sofreu vários períodos de depressão em sua vida e encontrava na escrita o seu maior consolo.
* Em sua vida a autora publicou 20 romances, mais de 500 contos, uma autobiografia e um livro de poemas.

Editora: Ciranda Cultural
Nota: 8

"De nada serve amar as coisas se você vai ter que se separar delas, não é mesmo?"

julho 22, 2020

A Irmandade Perdida

Comprei esse livro na Bienal do Livro, foi um dos meus últimos achados e ainda bem que agora ele faz parte da minhas estante.

A Irmandade Perdida

Diana é uma professora renomada em Oxford, seu assunto preferido é pesquisar e falar sobre as amazonas, mas quase sempre é discriminada por outros colegas de trabalho, sendo alvo de piadas e comentários maldosos. Provavelmente seu fascínio pelas amazonas começou na infância, durante o período em que conviveu com a sua vó que lhe contava histórias sobre mulheres fortes e também lhe ensinava como ser uma. Certo dia Diana foi surpreendida com uma proposta de trabalho que poderia mudar a sua vida e a sua carreira, apesar de ficar em duvida se deveria aceitar, ela decidiu que era a hora de embarcar nessa nova jornada. Acreditando que estava sendo enviada para estudar as amazonas e descobrir a verdade por trás desse mito, ela acabou descobrindo coisas totalmente inesperadas durante a sua viagem, encontrou amigos no caminho e muito inimigos também, afinal o mundo está cheio de homens preocupados com dinheiro, fama e poder. Pessoas que não se importam com o passado e nem com a história, apenas querem aquilo que é capaz de beneficiar a elas mesmas. Em sua jornada Diana descobre a verdade sobre a sua vó, a verdade sobre as amazonas e trás de volta após três mil anos a verdade sobre um tesouro que a muito tempo permanecia guardado e protegido. 

O que eu achei?

 Apesar de ser um pouco extenso, esse livro não traz uma leitura cansativa, por ser dividido entre passado e presente, o leitor acaba conhecendo duas histórias de uma forma dinâmica e simples, podendo ler várias páginas em pouco tempo. Além de conhecer a personagem Diana e embarcar com ela em sua aventura, o leitor viaja mais de mil anos atrás para conhecer um grupo de mulheres que enfrentaram inúmeras adversidades para enfim encontrarem o seu caminho e serem livres em uma sociedade onde elas dominam e não precisam de homens para nada. É um livro de romance, mistérios,  aventura, mitologia grega e também acima de todos esses temas, é um livro que enaltece o poder feminino, encoraja as mulheres a lutarem por aquilo que elas sempre quiseram, liberdade. E assim como no passado onde mulheres enfrentaram homens e adversidades com lanças e flechas, no presente elas continuam sendo fortes e determinadas a lutar por seu espaço em uma sociedade que muitas vezes quer lhe impor papéis que acham que lhe cabe simplesmente por ser mulher. Com certeza é um livro encorajador e que nos faz refletir bastante as situações e regras que ainda temos em nossa sociedade nos dias atuais, o quanto ainda precisamos aprender e crescer. 
Geralmente compro o livro pelo titulo, pelo autor(a) que já conheço ou pela capa e depois simplesmente deixo a história me surpreender e confesso que esse me surpreendeu bastante e estou feliz com a escolha de trazer esse livro para a minha estante. 

Sobre as Amazonas

Existem diversas teorias quanto a origem do nome Amazonas: "guerreiras", "sem seio" ou a forma jônica (região da antiga Jônia, hoje na Turquia) para a palavra ha-mazan que significa "lutando junto". As Amazonas teria vivido na Cítia (região habitada na antiguidade por um grupo de povos iranianos) e teriam se mudado para Temiscira (região do rio Termodonte, atual Terme, norte da Turquia). Li alguns textos em sites variados que falam sobre as amazonas e realmente existem diversas versões sobre o surgimento desse mito, entre tantas lendas ao longo da história. Mas existem alguns dados que encontrei em comum em todos os textos, os reuni e irei colocar aqui em tópicos:
  • Algumas versões dizia que nenhum homem podia viver na comunidade Amazona, ou se relacionar com elas, mas uma vez por ano, por vontade delas visitavam a tribo vizinha para criar relações e poder manter a sua raça.
  • As crianças do sexo feminino eram criadas por elas e treinadas para plantar, caçar e as artes da guerra. E algumas versões dizem que as crianças do sexo masculino eram mortas ou após o primeiro ano de vida, eram enviadas para serem criados por seus pais.
  • Existem também versões que mencionam que elas removiam o seu seio direito para evitar que ele as atrapalhassem no momento de manusear o arco e atirar as flechas (algumas versões contradiz isso)
Li muitos textos e artigo sobre o tema das Amazonas, mas para não extender muito o post, irei colocar alguns links aqui para quem desejar saber mais:


Também vou deixar o link de um livro que fala mais sobre o tema das Amazonas:

Sobre a autora Anne Fortier:
  • Nasceu e cresceu na Dinamarca e atualmente mora no Canadá
  • Começou a escrever aos 11 anos e aos 13 apresentou o seu primeiro manuscrito em uma editora.
  • Em 2010 lançou o livro Julieta que foi sucesso em mais de 30 países.
  • Ela possui doutorado em "história das ideias" (uma area de pesquisa em história que estuda a expressão, preservação e mudança das ideias humanas ao longo do tempo)
Editora: Arqueiro
Nota: 9

"Aqueles capazes de abrir mão da liberdade essencial para obter uma pequena segurança temporária não merecem nem liberdade nem segurança"

junho 29, 2020

Do Mil ao Milhão

Ganhei esse livro no inicio do ano, ultimamente tenho me interessado muito por esses temas que envolve dinheiro e investimentos, temos muito o que aprender. Agora, ainda mais do que antes, já que vivemos com tantas incertezas quanto ao futuro, situação de trabalho, aposentadoria, etc.

Do Mil ao Milhão (sem cortar o cafezinho)

Thiago Nigro nos ensina em três pilares como chegar ao primeiro Milhão de uma maneira bem prática. O livro é dividido em três partes bem explicativas que nos ensinam a gastar bem, investir melhor e a ganhar mais. Na primeira parte aprendemos a importância de anotar nossos gastos, dividir o que é essencial daquilo que não é, pensar no futuro e agir da melhor maneira com o nosso dinheiro agora para ter mais dinheiro no futuro, partindo para a próxima parte que nos ensina a como investir melhor, nela é explicado detalhadamente quais são os tipos de investimentos e como eles funcionam, tudo muito bem explicado para que o leitor consiga avaliar qual o melhor investimento de acordo com os seus planos e por fim a ultima parte ensina a como ganhar mais, fazendo uma mudança de mindset e pensando sempre como aquilo que você busca irá impactar sua vida, não apenas ter dinheiro e sim saber o que fazer com ele.

O que eu achei?

É um livro bastante completo, muito bem explicado e detalhado, gosto de livros que são dividido em etapas porque aborda melhor os assuntos e é mais prático para acompanhar a leitura com calma. Acredito que seja um livro simples que é capaz de ajudar qualquer pessoa que busque pelo tema, mas a parte de como investir melhor é um pouco mais complexa, o tema é muito bem explicado, só que talvez é tratado muito diretamente e para quem não tem tanto conhecimento no assunto pode acabar se tornando mais complicado para entender. A leitura é muito válida para quem está buscando se encontrar nesse mundo da educação financeira que agora (ainda bem) ouvimos tanto falar, realmente é um assunto que faz muita falta e de extrema importância porque leva as pessoas a refletirem mais sobre como gastam o seu dinheiro e pensar mais no futuro.

Autor: Thiago Nigro
Notas sobre o autor:

  • Formou-se em Relações Internacionais pela ESPM
  • Obteve 5 certificações profissionais na area de investimentos em apenas 1 ano.
  • Foi sócio e proprietário do escritório M. Nigro Investimentos e somou aproximadamente 5 mil clientes e R$ 2 bilhões de patrimônio.
  • Criou o Canal O Primo Rico
  • Reuniu em seu projeto de lives mais de 62 mil pessoas acordadas antes do amanhecer para aprender sobre investimentos e educação financeira.
Editora: Harper Collins
Nota: 8

Quase ninguém prestou atenção ao que era ensinado, mas eu fiquei vidrado quando foi feita uma projeção de juros compostos. Como poderia um investimento de 10 mil reais hoje se transformar em 10 milhões de reais no futuro se você investisse bem seu capital?
Esses números ativaram uma paixão e vontade de aprender, que mexeu com a minha ambição, meu cérebro, meus sonhos e com tudo que era possível.


junho 14, 2020

Queria que você estivesse aqui

É a segunda vez que li esse livro, como já fazia anos eu não lembrava mais do que acontecia nele, apenas lembrava que eu havia me emocionado com a leitura. Lendo agora pela segunda vez eu também gostei, mas não mexeu comigo como antes. É como eu já falei aqui algumas vezes, as vezes o livro te escolhe, talvez naquele outro momento da primeira leitura eu era outra pessoa e estava passando por outra fase, por isso ele deve ter me tocado tanto. Enfim, vamos ao que interessa.

Queria que você estivesse aqui.

No dia do seu aniversário de 30 anos, Daniel é deixado pela namorada em sua própria festa. Sua amiga Marta lhe dá um presente muito especial, um CD de uma cantora onde todas as musicas falam direto ao coração de Daniel, na verdade parece uma biografia da vida dele em forma de música. Então, ele se interessa pela cantora e começa a pesquisar sobre ela, afinal quem teria uma vida tão igual a dele e passado pelas mesmas coisas para compor letras tão únicas para, só poderia ser sua alma gêmea. Ele então decide fazer uma viagem a Paris para encontra-la e de uma vez por todas conhecer a pessoa por trás daquelas canções. Daniel não imaginava que essa seria uma viagem que iria mudar completamente sua vida além de fazer com que ele se conhecesse melhor.

O que eu achei??

Gente! No começo do livro e em muitas partes ao longo da leitura, eu só conseguia lembrar de um outro personagem, o Ted Mosby da série How I Met Your Mother. Daniel também é arquiteto e desde quando era mais jovem nunca teve "sorte" em relacionamentos e por isso sempre foi muito inseguro, esses são os pontos mais fortes da semelhança entre os dois. A leitura é leve e bem rapidinha, ao mesmo tempo que o personagem está tentando conhecer a cantora que compos musicas sobre a sua vida, ele esta desvendando um mistério de um livro que encontrou em um café, trocando emails com a suposta dona mas que ainda não havia revelado a sua identidade, ainda no meio disso tudo, ele precisa lidar com várias outras situações em uma cidade completamente nova para ele e começa a conhecer melhor a si mesmo. Como faz muitos anos desde a primeira vez que li esse livro, muitas coisas mudaram na minha vida e dessa vez a minha percepção dele foi bem diferente, dessa vez apesar de encontrar uma história animada no meio da leitura, o começo e o fim foram bem fracos.  Enfim, esperava superar a minha própria expectativa da primeira leitura, mas não foi o caso.

Autor: Francesc Miralles
Notas sobre o autor: 

  • Formado em filologia alemã. 
  • Vive em Barcelona. 
  • Escreve artigos sobre psicologia e espiritualidade para revistas. 
  • Publicou vários livros juvenis e de viagens. 
  • É o autor de Amor em minúscula.

Editora: Record
Nota: 6

"Somos apenas duas almas nadando em um aquário ano após ano. Fazendo a mesma velha rota. E o que encontramos? Nossos medos de sempre."

maio 20, 2020

Primeiro Amor

Esse livro eu comprei na Bienal de 2018, quase dois anos depois e ele finalmente saiu da prateleira na minha estante onde eu deixo os livros que ainda não li. A partir de agora vou parar de tentar me justificar o porque de eu ter demorado tanto para ler, é aquela velha história, de repente o livro nos escolhe.

Primeiro Amor.

Axi Moore é o tipo de garota certinha, sempre estudiosa, fazendo tudo a maneira correta, mas ela tem um plano para fugir da sua cidadezinha e viver uma grande aventura. Depois de alguns grandes problemas familiares, trabalhar bastante como babá e economizar cada centavo, ela apenas precisou decidir que a hora havia chegado, ela arrumou as suas coisas e recrutou o seu melhor amigo Robinson para ir com ela, eles se conheceram no hospital enquanto passavam por um intenso tratamento de câncer. Ele por sua vez já estava a algum tempo sem frequentar a escola, não tinha muito contato com a sua família, e não tinha muito o que deixar para trás. Então, apenas marcaram a hora da partida e pegaram a estrada. No caminho conheceram muitos lugares, conheceram mais um ao outro, conheceram o amor e viveram muitas experiências incríveis. Mas não contavam que o destino reservava outro caminho para eles, uma rota que não tinha como desviar.

O que eu achei?

Sim, eu gosto de clichês, gosto muito. Não sei como descrever a sensação quando o casal do livro esta se encaminhando para o primeiro beijo e finalmente ficam juntos, ou quando o escritor fica gerando expectativas e parece que vai acontecer, mas ainda não acontece, eu gosto. Gosto de torcer para tudo dar certo e o casal poder ficar juntos de uma vez, gosto quando posso ler que o amor deles venceu todas as dificuldades que precisaram enfrentar, eu gosto de tudo isso. E esse livro é desse tipo, mal posso mencionar quantas vezes já me imaginei em uma Road Trip como Axi e Robinson, como deve ser divertido conhecer tantos lugar e viver tantas experiencias novas, você se prende a história dos dois e quando nota as páginas estão acabando e você está como a Axi que sabe que o tempo está acabando, mas não quer que acabe nunca.
O livro começa animado, divertido, cheio de novidades, afinal é uma viagem e tudo pode acontecer, a história é leve e bonita (tirando os crimes que eles cometem, é claro) eles são tão jovens e tem tanta coisa ainda que poderiam fazer juntos, mas a vida infelizmente é pré determinada e precisa seguir o seu próprio roteiro, então a viagem deles precisou terminar. Eu gostei muito do livro, principalmente porque fazia muito tempo que eu não lia um em que eu me emocionasse ao ponto de chorar, ainda mais sabendo que foi baseado em fatos da vida do autor.  Enfim, quem gosta de romances clichês, eu recomendo a leitura.

Autor: James Patterson (e Emily Raymond)
Editora: Novo Conceito
Nota: 9,5

"Quando a música acabou, tudo ficou em silêncio. Por um momento, senti como se a cidade toda houvesse se calado e respirado fundo. Como todo mundo, em todo lugar, a cidade estava pensando na vida e em como ela é a coisa mais feliz e mais triste, mais maravilhosa e mais aterradora e mais preciosa"

A Mágica da Arrumação

Marie Kondo gosta de organizar as coisas desde criança, ela sempre se interessava por revistas sobre casa e decoração e buscava maneiras de arrumar o seu quarto e a sua casa, incluindo também as coisas dos seus familiares. Assim, com tanto tempo de experiencia e analise, Marie criou um método único para organizar as casas, escritórios e porque não a vida das pessoas. 

O que eu achei?

O livro é curto e bem explicativo, nele encontramos passo a passo do método criado por ela e as referências que ela teve ao longo dos anos observando os seus clientes quanto a organização. Muitas pessoas simplesmente admitiam que não conseguiam organizar sua casa, mas quando aplicavam as dicas elas acabavam se surpreendendo com o quanto de coisas estavam acumulando e que tornava a bagunça cada vez maior. Acumulo de roupas e objetos que muitas vezes não eram mais usados e que só estavam tomando espaço no ambiente, coisas pelas quais deveriam analisar e agradecer pelo momento em que a tiveram e depois descartar. Acredito que é um livro que ajuda não só na organização como também na conscientização quanto ao consumismo, as vezes compramos coisas de que não precisamos para alimentar uma situação de momento ou agradar as pessoas, mas devemos apenas ter coisas com as quais nos identificamos e realmente nos sentimos felizes.  A leitura é bem rápida e vale muito, me senti inspirada para uma organização e fico feliz em dizer que ultimamente tenho descartado mais coisas do que adquirido e isso tem me feito mais feliz, pois tenho ficado com mais dinheiro disponível para fazer coisas que eu realmente gosto, como viajar. Existem muitos outros livros ou conteúdos nesse sentido, ensinando muitas outras técnicas, eu apenas digo que vale a leituras, as vezes é esse o método que melhor vai se encaixar com o que você precisa.

Escritora: Marie Kondo 
Editora: Sextante
Nota: 8


maio 13, 2020

Uma Casa no Fundo de um Lago

Adquiri esse livro por ter lido Caixa de Pássaros, não ficou muito tempo parado na estante, por ter poucas páginas, é um bom livro para ler depois de um livro difícil (post anterior) 
Mas, acho fui pega no meu engano de que menos páginas seria mais leve.

Uma Casa no Fundo de um Lago.

Amelia e James, dois desconhecidos dizendo sim. Eles foram fazer um passeio de canoa por um lago, era o primeiro encontro, uma situação diferente, ambos tinham muitas coisas para descobrir e a descoberta foi além de tudo o que poderiam ter imaginado, eles descobriram um lago desconhecido, silencioso e inexplorado, ao observar ao redor eles se depararam com algo ainda mais surpreendente, havia uma casa, no fundo do lago. Então, os jovens decidiram entrar no lago e explorar a casa, cada vez ficando mais surpresos com o que encontravam, eles sabiam que iriam precisar de equipamentos se quisessem seguir o plano de conhecer tudo o que aquela casa era, então fizeram um plano e uma promessa: nunca perguntar como ou por quê.

O que eu achei?

Comecei a leitura com uma expectativa errada, pensava que talvez que a casa fosse assombrada por antigos moradores, esperava um suspense onde tivesse alguém dentro da casa esperando dois jovens desavisados para desvendar o mistério e viver uma aventura, mas não era nada disso, ou era. 
A verdade é que esse livro é uma metáfora sobre relacionamentos, por isso que se você não ler com a perspectiva correta é bem fácil dizer que não entendeu. São dois jovens desconhecidos dizendo sim,  para um primeiro encontro, para uma aventura, para novas descobertas. A novidade (a casa) era algo importante para os dois, um lugar só deles, onde eles poderiam se conhecer melhor e explorar as possibilidades, mesmo sentindo medo do desconhecido, mesmo sem ter a certeza de que seria seguro entrar, eles foram mesmo assim, uma tentativa de enxergar no escuro. A leitura é rápida e tranquila, você nem percebe o tanto de páginas que já passou quando os personagens adentram a casa cada vez explorando mais longe, você quer logo descobrir o que acontece, quer conhecer todos os como e por quê e talvez eles não são revelados, o final aberto do livro pode incomodar mas também pode ser muito explicativo, acredito que cada um possa ter a sua própria interpretação. 

Autor: Josh Malerman
Editora: Intrinseca
Nota: 7

Outros sentimentos, forças externas, medos. Esses eram os inimigos de uma coisa boa. Eram os problemas que as pessoas enfrentavam. Medos.

maio 12, 2020

O Símbolo Perdido

Esse livro por si só já havia se tornado um mistério pra mim, ele não é meu. Tenho ele emprestado já a muitos anos, ainda bem que está na família e a pessoa sabe que ele vai voltar, acredito que ele já está a uns dez anos comigo e em todo esse tempo não tinha conseguido ler. A primeira vez que tentei, mal cheguei a página cinquenta e não sei explicar o porque, então foi o primeiro livro que "abandonei" (geralmente sempre tento dar uma chance e ir até o final, as vezes depois vale a pena) foi o que aconteceu com esse livro, agora depois de termina-lo percebo que talvez eu não tinha conseguido ler inteiro antes porque não estava de alguma forma preparada para a história que estaria ali.
 O Símbolo Perdido

Robert Langdon estava em um de seus dias habituais, levando a sua rotina a risca, mas uma ligação mudou isso completamente, um pedido que transforma não somente o seu dia como provavelmente a sua vida inteira. Uma ligação, um favor, um pedido de socorro, manter o segredo, salvar o mundo inteiro, tudo isso em uma noite. O professor é forçado a usar os seus conhecimentos para desvendar um código escondido em um objeto maçônico, para então revelar um mapa que indicaria um lugar onde está escondido Os Antigos Mistérios. A pessoa responsável por causar todos os acontecimentos daquela noite, estava se preparando para isso a muitos anos, ela se julgava apta e merecedora de deter o poder que estava escondido por trás de todos aqueles símbolos secretos, objetos e lugares. Mas, a verdade é que ninguém realmente está preparado para ascender em um nível tão elevado. 

O que eu achei?

Quando terminei de ler esse livro me senti aliviada, não sei explicar o quanto essa leitura foi complicada pra mim, geralmente um livro como esse de quase 500 páginas, com a história que ele guarda, eu o teria lido em uma semana, talvez duas. Mas não, eu demorei um mês. E não é como se a história não ficasse martelando na minha cabeça, eu pensava nela sim, eu queria saber o que ia acontecer depois, mas mesmo assim, eu não conseguia ler mais do que algumas páginas por dia e sabia que se começasse a ler outra coisa, eu não voltaria para esse tão cedo (sei porque já aconteceu antes).
Dessa vez, minha meta era ler até o fim. 
Esse é um livro longo, cheio de palavras e símbolos que podem ser desconhecidos para muitas pessoas, o que deixa a leitura um pouco mais difícil. Livros como esse que tem muitos acontecimentos em um curto espaço de tempo (todos em uma mesma noite, por exemplo) me deixam com a sensação de ser mais demorado, parece que o personagem corre mas não sai do lugar, e até a metade do livro é isso o que acontece, então talvez explique porque tive tanta dificuldade para conseguir chegar ao final. Mas, ainda bem que me forcei a isso porque durante a leitura você tenta desvendar os códigos junto com o personagem, eu realmente me peguei no Google pesquisando sobre um quadro de um pintor que eu sinceramente nunca sequer tinha ouvido falar e até consegui encaixar as letras, os símbolos, os números, mas é claro que não fizeram muito sentido pra mim, não tenho a bagagem necessária para interpreta-los. A leitura vale a pena, apesar de ser arrastada, pra mim o resultado foi surpreendente, apesar de encontrar muitas criticas ao autor, mencionando que dentre as suas obras essa seria a mais fraca, não achei, mas é o primeiro livro que leio desse escritor. Livros como esse que abordam temas ligados a coisas reais são complicados para ler e também complicados para falar sobre, são muitas camadas e temas que podem ser abordados em uma discussão, deixo aqui o que geralmente falo sobre os livros, se você não gostou na primeira leitura, tente outra vez, talvez em um outro momento sua percepção será outra.

Autor: Dan Brown
Editora: Sextante
Nota: 7

"O conhecimento é uma ferramenta e, como todas as ferramentas, seu impacto está nas mãos do usuário."

abril 08, 2020

O Presente

Esse livro eu comprei em uma feirinha de livros no shopping, fiquei surpresa de encontrar um livro da Cecelia Ahern dentro do preço que geralmente costumo pagar nos livros, então sem pensar duas vezes o trouxe pra casa.

O presente

Uma manhã de natal, não há momento melhor para estar com a família, curtir seus filhos e abrir presentes que estão em baixo de uma enorme arvore. Tudo seria perfeito se não fosse o garoto do peru atrapalhar. Esse garoto merece mesmo uma lição, então enquanto ele aguarda a sua mãe ir busca-lo na delegacia, ele acaba por ouvir a história mais maluca que um garoto de 14 anos poderia ouvir. Lou é um homem de negócios, está sempre correndo para estar em dois lugares ao mesmo tempo, ele encontra tempo para tudo, menos para estar com a sua família.  Depois de fazer uma boa ação e ajudar um morador de rua, Lou começa a enxergar melhor como são de verdade as pessoas do seu trabalho e como as pessoas de sua família precisam mais dele em casa. Seria bom ele perceber as coisas logo porque não é realmente possível estar em dois lugares ao mesmo tempo, e de certa forma em algum momento, não estará mais em lugar nenhum.

O que eu achei?

As histórias de Cecelia Ahern sempre me surpreendem, o meu filme favorito da vida foi baseado em uma das obras dela. Sempre que leio os seus livros encontro um pouco de magia, de certa forma como alguma coisa extraordinária misturada a realidade, fico surpresa, encantada e emocionada. Nesse livro, tudo já se passa em uma época cheia de magia e mudanças, afinal é natal. Mas, precisou de um pouco mais para fazer o personagem realmente entender a importância da sua família e tudo bem por mim, se depois tudo tivesse uma explicação mais real. De fato, a história de Lou pode nos trazer uma grande lição, a importância dos momentos em família e do presente (viver o agora) sem sair desesperadamente correndo atrás do futuro.
 Achei a história um pouco confusa, muitas partes que simplesmente foram introduzidas parecendo que haveria um desfecho depois, mas não teve. Muitas explicações poderiam ter sido dadas e o fim do personagem apesar de ter sido o mesmo, poderia ter aprendido algo melhor do que simplesmente estar mais uma vez correndo para ir a algum lugar. Até para escrever sobre esse livro fica um pouco confuso. Enfim, esperava um desfecho melhor para as duas histórias, esse é o primeiro livro da autora que eu simplesmente não fiquei animada ou emocionada ao terminar.

Autora: Cecelia Ahern
Editora: Novo Conceito
Nota: 6

"É o tempo, o que nunca temos em quantidade suficiente... O tempo não pode ser dado. Mas pode ser compartilhado."

abril 06, 2020

Garotas como nós

Lembro que fiquei empolgada com a sinopse desse livro, coloquei na lista de leitura e depois de algum tempo ganhei o livro. Isso faz quase 1 ano e só peguei para ler realmente agora.

Garotas como nós.

Kay é a estrela do time de futebol da escola, popular e o centro do seu grupinho de amigas. Mas, depois de uma noite onde um corpo é encontrado no lago, a sua vida muda mais uma vez. Após o ocorrido ela recebe um e-mail com um link para um site, esse que a obriga fazer coisas contra as suas amigas, ela fica sem escolhas. Para não ser acusada de assassinado Kay precisa correr contra o tempo para descobrir quem cometeu os crimes no colégio.


O que eu achei?

Como tenho passado bastante tempo em casa devido a situação que estamos vivendo no mundo, eu tenho tido muito tempo para ler, talvez essa seja a razão que eu estou lendo os livros muito rápido, não sei se necessariamente é porque o livro é muito bom. Esse livro realmente tem elementos que conseguem prender a atenção, um livro que começa com uma morte geralmente causa isso, você começa a se perguntar: quem será que matou? Será que ela se matou? Porque?. E pronto a sua atenção já esta voltada para a história. O problema acontece quando a forma como o livro é divulgada não é a mesma do tema central da história, sim tem mortes, sim tem um mistério do porque e quem causou tudo isso, mas o livro não se preocupa em desenvolver isso. Ele acaba se voltando mais para a vida particular de uma aluna e de seus problemas amorosos (que sim podem ter sido o que causou a morte) mas que no geral não fica bem estruturado. O todo não foi tão ruim, mas pecou muito nos detalhes, coisas que nesses livros de mistério e suspense precisam estar bem amarrados. Eu não imaginava do desfecho no final, porque apesar da razão da personagem fazer sentindo, o que foi passado durante a narrativa não fazia muito. Com quase quatrocentas páginas, o livro entregou o que poderia ter sido apresentado em duzentas, focou muito em problemas secundários da trama em vez de construir melhor a razão principal da história.
O livro foi divulgado como certo para pessoas que gostam de PLL ou Elite e etc. Mas, com exceção de alguns elementos como um grupo de amigas com segredos (PLL) e se passar em uma escola de alto nível (Elite) não tem mais nada em comum.

Ps: Acredito que teve um erro grave na revisão desse livro, pois durante a leitura continha palavras sem algumas das letras ou palavras grudadas. No primeiro momento, pensei: Ok pode acontecer. Só que depois o erro foi repetitivo e me incomodou bastante.

Autora: Dane Mele
Editora: Universo dos Livros
Nota: 6


abril 02, 2020

Almas Insones

Mais uma parceria incrível do Instagram, a autora me enviou o livro e eu só tenho que dizer o quanto devemos dar mais valor aos escritores nacionais e a literatura nacional. Leitura profunda e que de certa forma se encaixa exatamente com a vida de qualquer um, seja pelo histórico de perdas e dores, seja pela depressão. A lição que esse livro trás é a mais linda.

Almas Insones.

Katrina é um nome forte, mas isso não significa que a pessoa que o possui seja tão forte assim, assim como muitos outros nomes. O livro é um dialogo entre duas pessoas que lutam para conviver juntas, apesar de todas as suas dores do passado, a insistência de dever morar na mesma casa e ter que existir sabendo que mesmo que a vontade de se excluir do mundo lá fora seja imensa, ainda é preciso sair e viver. É um amor diferente, que precisa existir, mas que nem sempre temos tempo pra ele. Porque é mais fácil não querer e não sentir, não enfrentar e deixar tudo como é. Mas sorte ainda de quem se escuta, sorte de quem ainda não se perdeu tanto ao ponto de perder a si mesmo.

O que eu achei?

Comecei a leitura relutante, sabia que seria um livro rápido porque é curto, mas eu não esperava a intensidade que ele teria. É como dizem quantidade não é qualidade.
Não sei como continuar sem dar spoiler à obra, mas tudo se resume em amor próprio, dar valor ao seu próprio espaço, se cuidar e se preparar para se dar uma nova chance de enfrentar a vida que acontece fora da nossa "casa" (fora de nós mesmos) sabendo dos riscos e dores que estamos sujeitos a passar e as coisas que temos que enfrentar. Por mais que tentamos ficar longe das coisas para evitar a dor, perdemos muito tempo por não nos dar a oportunidade de viver, mesmo com todos os riscos.
Antes de escrever sobre o livro procurei algumas resenhas para tentar ver como as outras pessoas enxergaram o livro, e acho que alguns não entenderam a profundidade do que está escrito, talvez ainda não se deram a oportunidade. É um livro sensível, realista e profundo.

Escritora: J. Brandão
Editora: Independente
Nota: 10

Somos promissoras e ao mesmo tempo não somos. Talvez, esse seja o real problema. Talvez, não saibamos quem somos. Nem o que estamos fazendo aqui. Talvez, por isso sejamos iguais.
...
Amamos com intensidade porque sabemos que a vida acaba. Valorizamos relações e pessoas porque não as teremos para sempre. Mas se as tivéssemos por tanto tempo e sem chance de perda é provável que nos cansaríamos delas. E não as preservaríamos próximas com tanta intensidade.

abril 01, 2020

Agora e Para Sempre, Lara Jean.

Como já mencionei anteriormente, acho que eu tinha um certo medo de encerrar essa trilogia, eu já tinha o e-book há muito tempo, antes mesmo do primeiro filme ser lançado e simplesmente não conseguia ler, acho que estava comigo de terminar de um jeito inesperado ou que toda minha animação com os dois primeiros livros fosse jogada fora com uma reviravolta no terceiro livro. Principalmente não ter o fim que eu esperava entre Peter e Lara Jean.

Agora e Para Sempre, Lara Jean.

O relacionamento entre Kavinsky e Lara Jean continua funcionando bem, mas outras coisas na vida dela estão mudando e bem rapidamente. Eles tinham o plano de quando terminar o ensino médio irem para a mesma faculdade, é claro que Lara Jean se inscreveu em várias, mas era aquela que ela queria, perto de casa, perto de Peter. Mas é claro que mais uma vez ela teria que fazer uma escolha, teria que pensar no seu futuro, teria que se abrir mais para as oportunidades e para toda a novidade que estava acontecendo, no ultimo ano da escola, na escolha da faculdade, nas mudanças familiares dela e de Peter e no futuro dos dois.

O que eu achei?

6 dias, o total de dias que passei lendo essa trilogia, gosto desse romance adolescente cheio de duvidas, incertezas, escolhas difíceis que aparentemente custam a vida inteira, mas que ainda é jovem e dá tempo de concertar. Mesmo com medo de ler o ultimo livro, fico aliviada em dizer que chegou ao final e não me decepcionei.
Sabe aquela situação em que o livro parece ter muitas páginas para contar os detalhes e quando chega ao final fica meio corrido, tipo: então aconteceu isso aqui e pronto, fim. Isso aconteceu na leitura, uma briga intensa e depois simplesmente tudo bem, ok. E foi isso o que me deixou preocupada, faltando poucas páginas, uma grande briga, não daria para reconciliar em tão pouco tempo, assim fiquei com mais medo de saber de verdade o que aconteceu depois. Mas, fiquei aliviada. Dentro do contexto deles, das coisas que viveram, de como funcionavam no relacionamento e os personagens que eles que eram, jovens e ainda cheios de coisas para viver. O final foi bem resolvido.
Gostei muito de como Lara Jean se manteve ao longo dos três livros, ela foi o tempo inteiro ela mesma, mesmo sabendo das dificuldades que teria por não se comportar como a maioria das outras adolescentes, as vezes muito insegura e com medos desnecessários, sonhadora e um pouco cheia de fantasias demais, mas sempre agindo conforme o que ela achava que era certo ou bom para ela mesma, sem dar muito ouvidos ao que os outros achavam que ela deveria fazer, ou quem ela deveria ser para agradar. As vezes levando o que falavam em consideração, mas sem ceder.
Leitura leve, animada, empolgante e que causa vontades de comer cookies de gotas de chocolates e quem sabe tentar as habilidades criativas em fazer um scrapbook.

Autora: Jenny Han
Editora: Intrínseca
Nota: 9

Ás vezes, eu queria que a gente tivesse se conhecido com vinte e sete anos. Vinte e sete parece uma boa idade para conhecer a pessoa com quem você vai passar o resto da vida. Aos vinte e sete, você ainda é jovem, mas com sorte está a caminho de ser quem você quer ser. 
Mas depois eu penso que não, eu não abriria mão de doze, treze, dezesseis, dezessete anos de vida com Peter por nada nesse mundo. Meu primeiro beijo, meu primeiro namorado de mentira, meu primeiro namorado de verdade. O primeiro garoto que comprou uma joia para mim. Stormy dizia que era o momento mais monumental de todos. Ela me disse que é assim que um garoto permite que você saiba que você é dele. Acho que conosco foi ao contrário. Foi como eu soube que ele era meu. 

março 27, 2020

Krystallo: Jornada Para Além das Fronteiras

Da sequência de parcerias incríveis que o Instagram me trouxe, apresento-lhes mais uma de um ator Nacional, e antes de tudo só preciso dizer que fico muito feliz por ter tantas pessoas com esse dom incrível de escrever. E agradeço ao auto por confiar o seu livro à minha leitura, mesmo depois de admitir não ser o meu gênero literário favorito.

Krystallo: Jornada Para Além das Fronteiras.

Depois da chamada Grande Guerra, dois poderosos países travam uma nova guerra sem fim pelo poder, mas o que os cidadãos de cada lugar não imaginam é que existem mais coisas no mundo além de Opus e Econ. Após filmar um atentado a uma torre importante de Econ, Tomé Stalmer tem o seu celular roubado por uma garota desconhecida, ele tenta recuperar o seu aparelho, mas acaba mudando a sua vida de uma forma que ele jamais poderia imaginar. 
Gray Frost moradora de Opus está em um dia um pouco diferente do normal, afinal é o seu aniversário e ela tem muitas pessoas importantes e especiais por perto para compartilhar e comemorar esse momento, tudo para ser um dia perfeito, mas ao caminhar para voltar para casa ela acaba sendo surpreendida por um carro escuro e sendo sequestrada. 
Tomé Stalmer e Gray Frost, dois desconhecidos que mesmo sem querer, serão peças fundamentais para salvar os seus países.

O que eu achei?

Mesmo que não seja mais o meu primeiro livro do gênero ainda é um pouco dificil para mim ler fantasia, mas aos poucos tem ganhado um espaço maior na minha estante. Esse livro em especial foi uma grande surpresa, depois que termino a leitura, antes mesmo de escrever sobre, eu fico pensando no livro e tudo o que foi possível aprender com ele. De inicio, achei que seria um livro muito longo, afinal são quase 400 páginas, mas ao fim quando você se relembra de tudo o que aconteceu durante a leitura, percebe que é exatamente o suficiente, não é daquele tipo de livro que tem muitas páginas mas é cheio de enrolação e detalhes desnecessários, Krystallo é cheio de conteúdo. Afinal, um livro de fantasia que mistura tecnologia avançada, magia, piratas, politica e vários outros temas, com certeza merece destaque, sempre que eu leio algo desse tipo fico imaginando como o autor precisa ter criatividade para criar todo um mundo novo do zero cheio de personagens e criaturas que dão vida a história, tudo isso sem perder a conexão das coisas e prender a atenção do leitor. A leitura é muito clara e objetiva, tudo é explicado sem detalhes exagerados e mesmo que existam muitas camadas na história, cenários ou personagens, o autor consegue organizar de maneira em que é impossível o leitor se perder. Esse livro tem uma história poderosa assim como os Krystallos e eu fiquei muito feliz em conhecê-la. Gostaria de descrever mais sobre a minha experiência de leitura mais eu teria que entrar em mais detalhes sobre o livro e eu prefiro que cada um faça a sua própria jornada e tenha sua própria experiência.

Autor: Raphael Fraemam
Editora: Edição Independente
Nota: 8

"Quantas guerras já começaram por conta de um homem estúpido que acredita ter mais poder do que realmente tem?"




Obs: As notas que atribuo aos livros que leio não é exatamente em analise ao livro em si, não é para atribuir se ele é bom ou ruim, pois eu não tenho capacidade para julgar isso.
As notas são mais para o meu controle próprio, são relacionadas ao meu estilo de leitura e ao quanto me envolvo com alguma história ou não. 
Deixo publica apenas por consulta.