Mais uma parceria incrível do Instagram, a autora me enviou o livro e eu só tenho que dizer o quanto devemos dar mais valor aos escritores nacionais e a literatura nacional. Leitura profunda e que de certa forma se encaixa exatamente com a vida de qualquer um, seja pelo histórico de perdas e dores, seja pela depressão. A lição que esse livro trás é a mais linda.
Almas Insones.
Katrina é um nome forte, mas isso não significa que a pessoa que o possui seja tão forte assim, assim como muitos outros nomes. O livro é um dialogo entre duas pessoas que lutam para conviver juntas, apesar de todas as suas dores do passado, a insistência de dever morar na mesma casa e ter que existir sabendo que mesmo que a vontade de se excluir do mundo lá fora seja imensa, ainda é preciso sair e viver. É um amor diferente, que precisa existir, mas que nem sempre temos tempo pra ele. Porque é mais fácil não querer e não sentir, não enfrentar e deixar tudo como é. Mas sorte ainda de quem se escuta, sorte de quem ainda não se perdeu tanto ao ponto de perder a si mesmo.
O que eu achei?
Comecei a leitura relutante, sabia que seria um livro rápido porque é curto, mas eu não esperava a intensidade que ele teria. É como dizem quantidade não é qualidade.
Não sei como continuar sem dar spoiler à obra, mas tudo se resume em amor próprio, dar valor ao seu próprio espaço, se cuidar e se preparar para se dar uma nova chance de enfrentar a vida que acontece fora da nossa "casa" (fora de nós mesmos) sabendo dos riscos e dores que estamos sujeitos a passar e as coisas que temos que enfrentar. Por mais que tentamos ficar longe das coisas para evitar a dor, perdemos muito tempo por não nos dar a oportunidade de viver, mesmo com todos os riscos.
Antes de escrever sobre o livro procurei algumas resenhas para tentar ver como as outras pessoas enxergaram o livro, e acho que alguns não entenderam a profundidade do que está escrito, talvez ainda não se deram a oportunidade. É um livro sensível, realista e profundo.
Escritora: J. Brandão
Editora: Independente
Nota: 10
Somos promissoras e ao mesmo tempo não somos. Talvez, esse seja o real problema. Talvez, não saibamos quem somos. Nem o que estamos fazendo aqui. Talvez, por isso sejamos iguais.
...
Amamos com intensidade porque sabemos que a vida acaba. Valorizamos relações e pessoas porque não as teremos para sempre. Mas se as tivéssemos por tanto tempo e sem chance de perda é provável que nos cansaríamos delas. E não as preservaríamos próximas com tanta intensidade.
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