setembro 15, 2020

Uma História Meio Que Engraçada


Desde 2014, a Associação Brasileira de Psiquiatria – ABP, em parceria com o Conselho Federal de Medicina – CFM, organiza nacionalmente o Setembro Amarelo®. O dia 10 deste mês é, oficialmente, o Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio, mas a campanha acontece durante todo o ano. São registrados cerca de 12 mil suicídios todos os anos no Brasil e mais de 01 milhão no mundo. 
Trata-se de uma triste realidade, que registra cada vez mais casos, principalmente entre os jovens. Cerca de 96,8% dos casos de suicídio estavam relacionados a transtornos mentais. Em primeiro lugar está a depressão, seguida do transtorno bipolar e abuso de substâncias.

Com o objetivo de prevenir e reduzir estes números a campanha Setembro Amarelo® cresceu e hoje conquistamos o Brasil inteiro. Para isso, o apoio das nossas federadas, núcleos, associados e de toda a sociedade é fundamental. (Fonte: Site Oficial Setembro Amarelo)


Com isso, não poderíamos deixar de escolher uma leitura que mencione esse assunto.


Uma História Meio Que Engraçada.


Craig Gilner acredita que o seu futuro depende da sua entrada na melhor escola de Manhattan, ele estuda todos os dias para isso, é tudo o que ele mais quer na vida. Mas, quando finalmente a resposta positiva chega e ele finalmente consegue estar no ensino médio de uma das melhores escolas e mais concorridas, ele fica deslocado e perdido, apesar de ter sido suficiente para entrar, ele não se sente suficiente para permanecer. Além disso, ele tem 15 anos e muitas coisas estão acontecendo ao seu redor, muitos questionamentos sobre si mesmo e os outros, aos poucos ele vai perdendo a vontade de comer e o seu melhor momento é sozinho trancado em um banheiro escuro. Com total apoio de sua família, Craig então resolve procurar ajuda.


O que eu achei?


Uma história meio que engraçada na verdade nos traz uma história muito seria. É um livro que fala sobre depressão e através do ponto de vista do personagem principal podemos conhecer como é o pensamento de uma pessoa que passa por essa doença, como ela se sente nas situações cotidianas da vida e o quanto algo simples (aos olhos das pessoas de fora) pode se tornar tão devastador, como o "simples" ato de comer. Apesar de tratar de um tema delicado, a leitura é tranquila e as vezes realmente engraçada, gosto de como o autor criou um personagem corajoso apesar de ser muito jovem e que antes de qualquer atitude, por ele mesmo, decidiu procurar ajuda e também como no final ele teve uma escolha "feliz". Para quem busca um livro que trate o tema com mais profundidade, talvez essa não seja a melhor leitura, a doença de fato pode ser a mesma, mas pode parecer diferente da perspectiva de um adolescente e as coisas que ele julga como prioridade em sua vida. Sinto ser extremamente difícil escrever essa resenha, infelizmente o que é apresentado no livro não é o que de fato acontece na realidade, muitas vezes as pessoas que sofrem por essa doença  não tem apoio familiar e não tem condições de buscar ajuda, sentem-se cada vez mais sozinhas e rodeadas de gatilhos ou tentáculos que as puxam cada vez mais fundo e não é culpa delas, jamais. 


Sobre o Autor Ned Vizzini:

  •  Escritor de 4 livros de literatura juvenil
  •  Sofria de depressão e passou cinco dias no hospital psiquiátrico e desse momento de sua vida que tirou a inspiração para escrever o seu livro Uma História Meio Que Engraçada.
  •  Em 2010 seu livro Uma História  Meio Que Engraçada virou um filme com o nome: Se Enlouquecer, não se Apaixone.


Editora: Leya

Nota: 8


Os problemas surgem quando as pessoas elogiam você. Porque isso quer dizer que elas esperam que você continue daquele jeito.


O CVV – Centro de Valorização da Vida realiza apoio emocional e prevenção do suicídio, atendendo voluntária e gratuitamente todas as pessoas que querem e precisam conversar, sob total sigilo por telefone, email e chat 24 horas todos os dias.

Centro de Valorização da Vida

Ligue 188

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