fevereiro 22, 2018

Dois a Dois

Vamos continuar nessa pegada do Nicholas Sparks, porque comigo é assim, começou a ler um livro dele, já pega a sequência até finalizar. Esse é o livro dele que faltava para que eu pudesse dizer que já li todos os livros que ele já escreveu (pelo menos eu acho que já li todos, depois vou pesquisar pra ter certeza). Mas, não vou ficar aqui falando de como gosto dos livros do Nicholas Sparks, vamos logo ao que interessa.

Dois a Dois.

O livro conta a história de Russ e se tivesse que dizer tudo em apenas poucas palavras diria que ele teve um ano muito difícil, um ano que com certeza mudou sua vida inteira.
A história começa com ele enfrentando problemas no seu trabalho, e com isso decide abrir sua própria empresa, uma agência de publicidade, mas o que Russ não sabia era que além das dificuldades normais de se abrir um novo negócio, ele iria também começar a passar por dificuldades em seu casamento com Vivian. Aos poucos com todos esse problemas e mais um (que tem aquele toque bem de livro do Nicholas Sparks) Russ começa a se descobrir como pessoa, aprende a lidar com diversas situações que até em pouco tempo eram inéditas em sua vida, ele se vê obrigado a lidar com a agenda de trabalho, divórcio, tarefas de casa, cuidar da filha e estar disponível para sua família, tudo de uma vez só. Mas, no meio disso tudo, Emily uma antiga amiga reaparece em sua vida e o ajuda a tornar tudo isso mais leve, uma verdadeira ajuda em meio ao caos.

O que eu achei?

É uma história um pouco diferente também daquelas que estamos acostumadas a ler do Nicholas Sparks, mas mesmo assim, é possível encontrar suas características em cada detalhe da história. Em vez de logo de inicio apresentar um casal se conhecendo, saindo, se reencontrando, o autor apresenta uma história onde podemos imaginar que seria de um casamento que passou por uma grande crise, mas que depois iria se recuperar. Afinal, na minha maneira de pensar, se chegamos ao ponto de nos casar com alguém, no minimo temos que estar dispostos a lutar por esse casamento até o fim, até quando tudo se esgotar, não tiver mais nenhuma opção, e não simplesmente descartar. Concordo com a posição do autor, onde ele apresenta que as pessoas simplesmente são assim, uma hora estão felizes e no momento seguinte elas mudam e não estão mais, ou sempre foram infelizes e não sabiam mostrar isso ao parceiro, enfim. Só acho que ele deveria ter dado um desfecho melhor a toda essa situação, afinal ele inicia a história com esse ponto chave e no final ele a muda para um outro acontecimento mais forte na vida do personagem. Sabe, faltou aquela conversa entre o casal do porque tudo chegou ao ponto em que chegou, porque ela não era feliz com ele e tudo mais. Nós chegamos a conhecer os porquês da história, mas parece que não teve essa interação dos personagens, realmente buscando suas respostas. O livro é bem construído e todas as pontas da história se unem no desfecho final, não podemos dizer que tudo fica perfeitamente bem, mas as coisas melhoram muito para o personagem principal. É com certeza um livro emocionante, apesar de eu não ter chorado (derramei algumas poucas lágrimas, mas o autor já chegou a me causar emoções mais profundas em outros livros kk) definitivamente não tem como não se emocionar quando ele vai e causa alguma dor muito profunda com um assunto tão sério na vida do personagem.  Acho que os livros também nos impactam de formas diferentes, dependendo da época de nossas vidas que os lemos, se é um tema que nos identificamos mais, vamos nos sentir mais mexidos com a história ( não chorei muito, mas a história mexeu muito comigo, em vários aspectos). É um livro com alguns temas um tanto quanto polêmicos também, que não irei comentar em detalhes.
Enfim, gostei do livro, uma leitura que começa leve e depois te prende demais e acaba de repente, ou seja, é mais um livro recheado do bom Nicholas Sparks e suas narrativas de doenças, tragédias e romances.

Livro: Dois a Dois.
Escritor: Nicholas Sparks
Editora: Arqueiro.

"...acabei me dando conta de que o cerne do verdadeiro amor é a aceitação, não o julgamento. Ser aceito inteiramente pelo outro, mesmo nos seus momentos de maior fraqueza, significa enfim alcançar a tranquilidade..." - Pág.493.

fevereiro 04, 2018

O Guardião

Nicholas Sparks já me arrancou muitas lágrimas e suspiros, eu realmente amo muito os livros que ele escreve. Levando em consideração aquela frase: "Os últimos serão os primeiros" está aqui a primeira resenha de um livro do Nicholas aqui no blog, e essa frase porque (com excessão do ultimo livro que foi lançado) eu já li todos os livros dele, mas é a primeira vez que escrevo sobre e também um livro dele que por alguma razão demorei para ter vontade de ler, mesmo com tantas indicações e elogios.

O guardião.

O livro começa com o atual acontecimento trágico na vida de Julie Barenson, a morte de seu marido Jim, o homem que a acolheu, cuidou dela e a amou incondicionalmente. Julie estava arrasada, mas o marido não partiu sem antes lhe deixar um presente na noite de natal, um cachorro, o qual ela colocou o nome de Singer. Nos anos seguintes ele foi um verdadeiro companheiro para ela, sempre estava ao seu lado, cuidando dela e a protegendo. Anos depois, quando Julie se sentiu preparada, começou a sair com outros homens, e foi assim que conheceu Richard, que se destacou entre os outros que ela já havia saído, mas futuramente ela iria descobrir que ele não era quem parecia ser.
Singer não gostava muito da ideia desses encontros, geralmente rosnava ou ficava muito agitado perto de Richard ou qualquer outro. O cão gostava apenas de Mike que sempre foi um grande amigo para Julie, o que ela não sabia é que ele sempre foi apaixonado por ela.
Richard não gosta nem um pouco de ver Mike por perto, ele quer Julie só para ele, e aos poucos vamos conhecendo quem é esse homem na verdade.

O que eu achei?

É um livro bem diferente daqueles que estou acostumada a ler do Nicholas Sparks, sempre com aquele casalzão que a gente ama e sofre junto, mas dessa vez, o tio Nick deu um toque de suspense e ação no livro, o que deixou bem mais empolgante de ler. No geral tem muito do padrão do escritor, alguém morre, um drama enorme, superação, amor, incertezas, mas então temos essa situação do sociopata e não conseguimos mais parar de ler até saber se tudo vai ficar bem.  O livro começa como os outros, aos poucos vai ganhando ritmo, o problema é que no final parece que tudo acontece de uma maneira muito rápida e então os detalhes que seriam importantes para dar aquela ênfase no drama, se perde. Vamos caminhando lentamente para a ação principal do livro e então, de repente, tudo acontece ao mesmo tempo, e ai... então! O livro acaba. Sabe fiquei meio que esperando mais, não sei o que, talvez só mais um pouquinho de história que contasse com mais detalhes o que aconteceu depois de tudo aquilo. Talvez para quem vai ler algo do Nicholas pela primeira vez, o final seja satisfatório, mas todo o drama que eu esperava (para chorar como em quase todos os livros dele) realmente não aconteceu. Mas enfim, mesmo com isso, eu gostei do livro, é uma história diferente, empolgante e reveladora.

Livro: O guardião
Escritor: Nicholas Sparks
Editora: Arqueiro.

"Não se preocupe. De onde estiver, cuidarei de você. Serei seu anjo da guarda, querida. Pode contar comigo para protegê-la."

janeiro 19, 2018

Desventuras em série: Inferno no colégio interno.

Demorei um pouco para voltar a acompanhar os orfãos Baudelaire, mas estou aqui para continuar a compartilhar com vocês mais uma parte dessa triste história. Depois da estada na serraria, os irmãos foram enviados para um colégio interno, devo dizer que não gostei nem um pouco quando tive o primeiro contato com o diretor Nero e ver que ele se acha um gênio musical, e acredito que ele não mereça nenhum aplauso depois de tantas atrocidades que cometeu às pobres crianças.

Inferno no colégio interno.

O livro continua acompanhando a história dos irmãos Baudelaire, dessa vez eles são enviados ao colégio preparatório Prufrock e esperamos mais uma vez que a vida deles melhore, mas na verdade, os absurdos começam logo quando encontram o diretor do colégio pela primeira vez, ele envia as crianças para um lugar separado das demais, apenas pelo simples fato de serem órfãos, é um barraco sujo, cheio de caranguejos e fungos, e ainda por cima, por não ter jardim de infância no colégio, a pequena Sunny é obrigada a trabalhar de secretária para o diretor.
As coisas pareceram melhorar quando  as crianças conheceram os trigêmeos Quagmire, eles rapidamente encontraram coisas em comum entre si e tornaram-se amigos. Os Quagmire ajudavam os Baudelaire a melhorar o barraco que viviam, e os ajudavam quando eles recebiam os absurdos castigos do colégio, dividindo com eles seus talheres e copos nas refeições. Os trigêmeos até ajudaram nossos queridos órfãos quando um certo instrutor de atividades físicas apareceu no colégio, um tipo muito estranho que foi logo reconhecido pelas crianças (você que acompanha os posts já deve imaginar quem era). E assim, incia-se mais uma vez uma sequencia de planos e estratégias para fugir dessa pessoa horrível que persegue os pequenos Baudelaire.

O que eu achei?
Demorei para chegar a esse ponto da história que é novo pra mim, já havia lido os dois primeiros livros a muito tempo atrás e assistido ao filme com o Jim Carrey, então até a parte da tia Josephine eu já conhecia um pouco a história. Quanto a serraria baixo astral, já havia assistido a essa parte na nova série da Netflix, mas agora essa parte do colégio interno foi totalmente nova pra mim, e sim até o momento todos os livros tem um ritmo parecido e um certo padrão de acontecimentos, mas isso não faz com que o livro fique chato ou entediante, pelo contrário. Eu com toda certeza amei esse quinto livro, tanto que eu não parei até terminar de ler, o que mais gostei foi que Lemony Snicket revela muito mais coisas sobre ele na história e sobre a tal Beatrice, e confesso que estou muito curiosa para saber qual é a história inteira deles, e sua relação com as crianças Baudelaire. Essa maneira que o escritor está totalmente envolvido com a história é completamente maravilhosa, terminei o livro já querendo começar outro, mas preciso ir com calma porque até mesmo com essa empolgação eu fui capaz de sentir muita pena das crianças, a cada livro as coisas absurdas que acontecem a elas ficam piores, estou até pensando em dar ouvidos ao que ele escreveu lá no primeiro livro e o que lembra em todos eles: " Se quiser ler sobre coisas felizes, vá ler outra coisa". Só que com certeza não irei fazer isso, já estou envolvida demais com a história dos Baudelaire e ainda mais com esse segredo sobre o conde Olaf que foi lançado mas não revelado no livro, vou ficar presa a história até acabar.

Livro: Inferno no colégio interno
Escritor(a): Lemony Snicket
Editora: Seguinte.

Para Beatrice - Você estará sempre no meu coração, na minha memória e no seu túmulo.

janeiro 16, 2018

Quem é você, Alasca?

Esse é o quarto livro do escritor John Green que leio, faziam quase quatro anos que não lia nada dele, então encontrei essa edição comemorativa de 10 anos na livraria e aqui está ele como minha primeira leitura de 2018.

"Como você vai sair desse labirinto de sofrimento?"

Quem é você, Alasca?

Cento e trinta e seis dias antes, começamos a conhecer Miles, o tipico garoto sem amigos e sem muita perspectiva do que quer na vida, ele resolve sair de casa para estudar em um colégio interno e isso marcaria o inicio da sua busca pelo seu Grande Talvez. Assim como começou esse resumo, o livro também começa assim, relatando os dias antes do fato principal e os dias depois de tal acontecimento. E sinceramente durante os dias anteriores eu já imaginava que esse grande acontecimento envolveria Alasca, como era conhecida a garota por quem Miles se apaixonou no colégio. Ela é de uma personalidade forte e marcante, mas também aparentava muito solitária e perdida, ela tinha muitos amigos e pessoas que gostavam dela, mas ainda assim, não era capaz de gostar de si mesma o bastante para se perdoar.
O livro trata de questões sobre a vida e também a morte, principalmente a morte, e o que imaginamos que acontece depois dela. Ele também retrata muito a adolescência, a época escolar, onde parece que é possível fazer tudo da forma como quer e sem consequências. Engana-se quem acha que é apenas uma história romântica, ela é muito mais profunda que isso.

"Direto e Rápido"

O que eu achei?
Eu gosto quando os livros são divididos assim entre o que aconteceu antes e o que aconteceu depois de um fato principal, ou quando eles tem flashbacks, com isso foi fácil acompanhar a história e se envolver com ela, porque antes você estava esperando para ver o que ia acontecer e depois continuaria lendo para saber o porque aquilo tinha acontecido, e acho que essa foi a explicação que encontro para ter lido o livro até o fim. Confesso que terminei o livro com a mesma sensação dos outros livros do John Green que li (com exceção de: a culpa é das estrelas, porque desse eu gosto muito) mas os outros, a mesma sensação do tipo, legal, mas falta alguma coisa. A história é boa o contexto também, mas acho que alguns detalhes fizeram com que os personagens ficassem muito superficiais, e se eu não me identifico com o personagem, ou se não consigo entender seu sofrimento, suas razões, eu simplesmente não consigo sentir a devida emoção do livro. E acredito que foi isso que faltou nesse livro para que eu gostasse mais dele, nesse e em outros do John Green que já li.

Livro: Quem é você, Alasca?
Escritor(a): John Green
Editora: Intrínseca.

"...Quando você parava de desejar que as coisas não se desfizessem, parava de sofrer quando isso acontecia..." - página 232.

dezembro 31, 2017

A possessão do Sr. Cave

 Ultimo livro do ano, mais um naquele esquema peguei o livro, o titulo interessou, nada de sinopse, vamos lá.

A história já começa bem envolvente, mas demorou um pouco para que eu ficasse com o livro o dia todo na cabeça, fazendo com que eu quisesse ler logo para saber logo o fim, ver o que acontece com cada personagem e tudo mais. Mas, esse livro apesar de ter uma história bastante interessante, faz você querer ler devagar e com cuidado.

A Possessão do Sr. Cave.

O livro começa com uma tragédia, faz você repensar se quer realmente continuar lendo, ao mesmo tempo, assim como o Sr Cave, você quer entender o porque daquilo ter acontecido, então continua a ler, até o fim. O livro aborda vários temas, bullying, super proteção dos pais, amizades "erradas", assassinato, suicídio, e por isso deve ser lido com calma para não se perder, é uma mistura de drama, romance, suspense e terror, talvez.
O livro é como se fosse uma carta escrita por Terence Cave para a sua filha Bryony, onde ele explica tudo o que aconteceu para que ele tomasse as atitudes que tomou e ter feito todas aquelas coisas que ele se viu obrigado a fazer. Sr. Cave um simples colecionador de antiguidades, ninguém esperaria que ele possuia uma história tão cheia de dramas e sofrimento. Nem ele mesmo, em algumas partes do livro nos pegamos refletindo com ele como tudo poderia ter sido diferente, mas não tem jeito, as coisas são como devem ser, já estava escrito.

O que eu achei?

Em certa parte, o livro parece uma bagunça que não tem a ver com nada, mas acredito que o escritor queria nos ajudar a conhecer um pedacinho a mais de cada personagem. Gostaria de entrar em detalhes e contar mais sobre o livro, mas ficaria escrevendo páginas e páginas, até ser um outro livro.  Não sou do tipo de pessoa que acredita nisso que os mortos ficam aqui incomodando os vivos ou tem o poder de agir "no mundo dos vivos". Mas, a forma como a história é contada no livro nos faz entender um lado que talvez não iriamos prestar atenção, as vezes iriamos só ficar com pena do pobre garotinho que se matou para ter destaque entre os amigos, mas nunca iriamos conhecer a história ao fundo, ver que tinha algo crescendo dentro dele desde quando ele era apenas um bebê. Como diz a frase antes de começar a história do livro: "Se há alguma coisa que desejamos mudar na criança, deveríamos antes examiná-la, para ver se não se trata de algo que seria melhor mudarmos em nós mesmos". (Carl Gustav Jung). O livro nos mostra que o que acontece em nossas vidas são resultado de nossas escolhas, as vezes queremos que determinado fato seja diferente, mas ele por si só não muda sozinho, somos nós que precisamos mudar.

Livro: A possessão do Sr. Cave
Escritor(a): Matt Haig
Editora: Record

... Estude a história e você verá que não há nada de racional nesse mundo. Todas as civilizações, das mais antigas até a nossa, buscaram explicações para a existência humana. Deuses entraram e saíram de cena, em nome de crenças e ideologias campos de batalha se encharcaram de sangue, e continuamos prisioneiros dessa mesma e misteriosa vida... (página 161)