
O livro é contado pela perspectiva de uma garota que namora um cara chamado Jake, eles estão em uma viagem de carro rumo a fazenda dos pais dele, é a primeira vez que ela vai lá. Então começam vários questionamentos na cabeça dela: se o relacionamento deles é real, se vai ser algo duradouro, como saber que quer uma determinada pessoa pelo resto da sua vida? Como saber se vai conseguir conviver com suas manias e seu jeito? Durante o tempo inteiro observamos várias vezes em que simplesmente a personagem quer acabar com tudo, mas acaba deixando para depois, porque a realidade do que vai acabar de verdade não é apenas um relacionamento, é muito mais que isso. O livro passa por dois momentos, um da viagem e outro com uma conversa entre duas pessoas, após um corpo ter sido encontrado. É um terror psicológico que te prende do inicio ao fim, meio parado de inicio e depois parece que você se perde na história, parece que deixou algo passar, que não prestou atenção, mas é aquilo, é exatamente aquilo mesmo que você está lendo. É um livro difícil de interpretar, cheio de frases com coisas ditas e não ditas, que misturam o real e o que não conseguimos entender.
Não sei como definir se é bom ou ruim, se definitivamente gostei ou não, mas é um livro muito inteligente, desde como a história é construída, até como ela termina. Como disse, li outras resenhas e cada pessoa teve uma impressão e uma interpretação diferente desse livro, esquizofrenia? solidão? depressão?. Ele realmente pode ser algo diferente, dependendo quem o lê, e é por isso que na minha opinião ele pode até se tornar genial.
Livro: Eu estou pensando em acabar com tudo.
Escritor(a): Iain Reid
Editora: Fábrica 231.
"... A memória é única cada vez que é lembrada. Não é absoluta. Histórias baseadas em fatos reais normalmente têm mais a ver com ficção do que com fatos. Tanto ficção quanto quanto memórias são relembradas e recontadas. Ambas são formas de histórias. Histórias são a forma como aprendemos. Histórias são como entendemos uns aos outros. Mas a realidade acontece apenas uma vez..." - Pág 32.