maio 20, 2020

Primeiro Amor

Esse livro eu comprei na Bienal de 2018, quase dois anos depois e ele finalmente saiu da prateleira na minha estante onde eu deixo os livros que ainda não li. A partir de agora vou parar de tentar me justificar o porque de eu ter demorado tanto para ler, é aquela velha história, de repente o livro nos escolhe.

Primeiro Amor.

Axi Moore é o tipo de garota certinha, sempre estudiosa, fazendo tudo a maneira correta, mas ela tem um plano para fugir da sua cidadezinha e viver uma grande aventura. Depois de alguns grandes problemas familiares, trabalhar bastante como babá e economizar cada centavo, ela apenas precisou decidir que a hora havia chegado, ela arrumou as suas coisas e recrutou o seu melhor amigo Robinson para ir com ela, eles se conheceram no hospital enquanto passavam por um intenso tratamento de câncer. Ele por sua vez já estava a algum tempo sem frequentar a escola, não tinha muito contato com a sua família, e não tinha muito o que deixar para trás. Então, apenas marcaram a hora da partida e pegaram a estrada. No caminho conheceram muitos lugares, conheceram mais um ao outro, conheceram o amor e viveram muitas experiências incríveis. Mas não contavam que o destino reservava outro caminho para eles, uma rota que não tinha como desviar.

O que eu achei?

Sim, eu gosto de clichês, gosto muito. Não sei como descrever a sensação quando o casal do livro esta se encaminhando para o primeiro beijo e finalmente ficam juntos, ou quando o escritor fica gerando expectativas e parece que vai acontecer, mas ainda não acontece, eu gosto. Gosto de torcer para tudo dar certo e o casal poder ficar juntos de uma vez, gosto quando posso ler que o amor deles venceu todas as dificuldades que precisaram enfrentar, eu gosto de tudo isso. E esse livro é desse tipo, mal posso mencionar quantas vezes já me imaginei em uma Road Trip como Axi e Robinson, como deve ser divertido conhecer tantos lugar e viver tantas experiencias novas, você se prende a história dos dois e quando nota as páginas estão acabando e você está como a Axi que sabe que o tempo está acabando, mas não quer que acabe nunca.
O livro começa animado, divertido, cheio de novidades, afinal é uma viagem e tudo pode acontecer, a história é leve e bonita (tirando os crimes que eles cometem, é claro) eles são tão jovens e tem tanta coisa ainda que poderiam fazer juntos, mas a vida infelizmente é pré determinada e precisa seguir o seu próprio roteiro, então a viagem deles precisou terminar. Eu gostei muito do livro, principalmente porque fazia muito tempo que eu não lia um em que eu me emocionasse ao ponto de chorar, ainda mais sabendo que foi baseado em fatos da vida do autor.  Enfim, quem gosta de romances clichês, eu recomendo a leitura.

Autor: James Patterson (e Emily Raymond)
Editora: Novo Conceito
Nota: 9,5

"Quando a música acabou, tudo ficou em silêncio. Por um momento, senti como se a cidade toda houvesse se calado e respirado fundo. Como todo mundo, em todo lugar, a cidade estava pensando na vida e em como ela é a coisa mais feliz e mais triste, mais maravilhosa e mais aterradora e mais preciosa"

A Mágica da Arrumação

Marie Kondo gosta de organizar as coisas desde criança, ela sempre se interessava por revistas sobre casa e decoração e buscava maneiras de arrumar o seu quarto e a sua casa, incluindo também as coisas dos seus familiares. Assim, com tanto tempo de experiencia e analise, Marie criou um método único para organizar as casas, escritórios e porque não a vida das pessoas. 

O que eu achei?

O livro é curto e bem explicativo, nele encontramos passo a passo do método criado por ela e as referências que ela teve ao longo dos anos observando os seus clientes quanto a organização. Muitas pessoas simplesmente admitiam que não conseguiam organizar sua casa, mas quando aplicavam as dicas elas acabavam se surpreendendo com o quanto de coisas estavam acumulando e que tornava a bagunça cada vez maior. Acumulo de roupas e objetos que muitas vezes não eram mais usados e que só estavam tomando espaço no ambiente, coisas pelas quais deveriam analisar e agradecer pelo momento em que a tiveram e depois descartar. Acredito que é um livro que ajuda não só na organização como também na conscientização quanto ao consumismo, as vezes compramos coisas de que não precisamos para alimentar uma situação de momento ou agradar as pessoas, mas devemos apenas ter coisas com as quais nos identificamos e realmente nos sentimos felizes.  A leitura é bem rápida e vale muito, me senti inspirada para uma organização e fico feliz em dizer que ultimamente tenho descartado mais coisas do que adquirido e isso tem me feito mais feliz, pois tenho ficado com mais dinheiro disponível para fazer coisas que eu realmente gosto, como viajar. Existem muitos outros livros ou conteúdos nesse sentido, ensinando muitas outras técnicas, eu apenas digo que vale a leituras, as vezes é esse o método que melhor vai se encaixar com o que você precisa.

Escritora: Marie Kondo 
Editora: Sextante
Nota: 8


maio 13, 2020

Uma Casa no Fundo de um Lago

Adquiri esse livro por ter lido Caixa de Pássaros, não ficou muito tempo parado na estante, por ter poucas páginas, é um bom livro para ler depois de um livro difícil (post anterior) 
Mas, acho fui pega no meu engano de que menos páginas seria mais leve.

Uma Casa no Fundo de um Lago.

Amelia e James, dois desconhecidos dizendo sim. Eles foram fazer um passeio de canoa por um lago, era o primeiro encontro, uma situação diferente, ambos tinham muitas coisas para descobrir e a descoberta foi além de tudo o que poderiam ter imaginado, eles descobriram um lago desconhecido, silencioso e inexplorado, ao observar ao redor eles se depararam com algo ainda mais surpreendente, havia uma casa, no fundo do lago. Então, os jovens decidiram entrar no lago e explorar a casa, cada vez ficando mais surpresos com o que encontravam, eles sabiam que iriam precisar de equipamentos se quisessem seguir o plano de conhecer tudo o que aquela casa era, então fizeram um plano e uma promessa: nunca perguntar como ou por quê.

O que eu achei?

Comecei a leitura com uma expectativa errada, pensava que talvez que a casa fosse assombrada por antigos moradores, esperava um suspense onde tivesse alguém dentro da casa esperando dois jovens desavisados para desvendar o mistério e viver uma aventura, mas não era nada disso, ou era. 
A verdade é que esse livro é uma metáfora sobre relacionamentos, por isso que se você não ler com a perspectiva correta é bem fácil dizer que não entendeu. São dois jovens desconhecidos dizendo sim,  para um primeiro encontro, para uma aventura, para novas descobertas. A novidade (a casa) era algo importante para os dois, um lugar só deles, onde eles poderiam se conhecer melhor e explorar as possibilidades, mesmo sentindo medo do desconhecido, mesmo sem ter a certeza de que seria seguro entrar, eles foram mesmo assim, uma tentativa de enxergar no escuro. A leitura é rápida e tranquila, você nem percebe o tanto de páginas que já passou quando os personagens adentram a casa cada vez explorando mais longe, você quer logo descobrir o que acontece, quer conhecer todos os como e por quê e talvez eles não são revelados, o final aberto do livro pode incomodar mas também pode ser muito explicativo, acredito que cada um possa ter a sua própria interpretação. 

Autor: Josh Malerman
Editora: Intrinseca
Nota: 7

Outros sentimentos, forças externas, medos. Esses eram os inimigos de uma coisa boa. Eram os problemas que as pessoas enfrentavam. Medos.

maio 12, 2020

O Símbolo Perdido

Esse livro por si só já havia se tornado um mistério pra mim, ele não é meu. Tenho ele emprestado já a muitos anos, ainda bem que está na família e a pessoa sabe que ele vai voltar, acredito que ele já está a uns dez anos comigo e em todo esse tempo não tinha conseguido ler. A primeira vez que tentei, mal cheguei a página cinquenta e não sei explicar o porque, então foi o primeiro livro que "abandonei" (geralmente sempre tento dar uma chance e ir até o final, as vezes depois vale a pena) foi o que aconteceu com esse livro, agora depois de termina-lo percebo que talvez eu não tinha conseguido ler inteiro antes porque não estava de alguma forma preparada para a história que estaria ali.
 O Símbolo Perdido

Robert Langdon estava em um de seus dias habituais, levando a sua rotina a risca, mas uma ligação mudou isso completamente, um pedido que transforma não somente o seu dia como provavelmente a sua vida inteira. Uma ligação, um favor, um pedido de socorro, manter o segredo, salvar o mundo inteiro, tudo isso em uma noite. O professor é forçado a usar os seus conhecimentos para desvendar um código escondido em um objeto maçônico, para então revelar um mapa que indicaria um lugar onde está escondido Os Antigos Mistérios. A pessoa responsável por causar todos os acontecimentos daquela noite, estava se preparando para isso a muitos anos, ela se julgava apta e merecedora de deter o poder que estava escondido por trás de todos aqueles símbolos secretos, objetos e lugares. Mas, a verdade é que ninguém realmente está preparado para ascender em um nível tão elevado. 

O que eu achei?

Quando terminei de ler esse livro me senti aliviada, não sei explicar o quanto essa leitura foi complicada pra mim, geralmente um livro como esse de quase 500 páginas, com a história que ele guarda, eu o teria lido em uma semana, talvez duas. Mas não, eu demorei um mês. E não é como se a história não ficasse martelando na minha cabeça, eu pensava nela sim, eu queria saber o que ia acontecer depois, mas mesmo assim, eu não conseguia ler mais do que algumas páginas por dia e sabia que se começasse a ler outra coisa, eu não voltaria para esse tão cedo (sei porque já aconteceu antes).
Dessa vez, minha meta era ler até o fim. 
Esse é um livro longo, cheio de palavras e símbolos que podem ser desconhecidos para muitas pessoas, o que deixa a leitura um pouco mais difícil. Livros como esse que tem muitos acontecimentos em um curto espaço de tempo (todos em uma mesma noite, por exemplo) me deixam com a sensação de ser mais demorado, parece que o personagem corre mas não sai do lugar, e até a metade do livro é isso o que acontece, então talvez explique porque tive tanta dificuldade para conseguir chegar ao final. Mas, ainda bem que me forcei a isso porque durante a leitura você tenta desvendar os códigos junto com o personagem, eu realmente me peguei no Google pesquisando sobre um quadro de um pintor que eu sinceramente nunca sequer tinha ouvido falar e até consegui encaixar as letras, os símbolos, os números, mas é claro que não fizeram muito sentido pra mim, não tenho a bagagem necessária para interpreta-los. A leitura vale a pena, apesar de ser arrastada, pra mim o resultado foi surpreendente, apesar de encontrar muitas criticas ao autor, mencionando que dentre as suas obras essa seria a mais fraca, não achei, mas é o primeiro livro que leio desse escritor. Livros como esse que abordam temas ligados a coisas reais são complicados para ler e também complicados para falar sobre, são muitas camadas e temas que podem ser abordados em uma discussão, deixo aqui o que geralmente falo sobre os livros, se você não gostou na primeira leitura, tente outra vez, talvez em um outro momento sua percepção será outra.

Autor: Dan Brown
Editora: Sextante
Nota: 7

"O conhecimento é uma ferramenta e, como todas as ferramentas, seu impacto está nas mãos do usuário."